segunda-feira, 30 de agosto de 2010

30 de Agosto de 2010

Pelo avanço, contra o retrocesso!
Carta à comunidade,

Caras mães, pais, alunos e alunas,
Cara comunidade,

A educação é um dos temas mais discutidos entre os candidatos aos cargos eletivos – presidente, governador, senador, deputado federal e estadual – neste ano de eleições. Principalmente a educação pública. Existem muitas opiniões, muitas ideias, muitas propostas. Mas e quem está na escola e se preocupa com a sua qualidade? Será que está sendo ouvido por aqueles que pretendem administrar ou fazer as leis do país e do Estado?
É com esta preocupação – de dar voz a quem faz, de fato, a educação – que nós, professores e professoras, funcionários e funcionárias de escola, sairemos novamente às ruas, neste 30 de agosto. Vamos paralisar as atividades
na data, para realizar mobilizações em Curitiba e, também, em vários municípios do Estado. Queremos apresentar as nossas reivindicações e mostrar que estamos atentos ao processo eleitoral. Mas asseguramos que o dia de paralisação será reposto normalmente, como ocorreu nos anos anteriores.
Para aqueles que não conhecem a história deste dia, a data é marcante para a educação do Estado, pois, há 22 anos, durante uma greve dos professores da rede estadual, o governo da época reprimiu violentamente a manifestação.
Feridos no corpo, mas não na alma, os mestres e mestras não baixaram suas cabeças. Continuaram lutando por seus direitos e por uma educação de qualidade para o povo. De lá para cá, o 30 de agosto passou a ser conhecido como ‘Dia de Luto e de Luta da Educação do Paraná’. Todos os anos, os trabalhadores e trabalhadoras
da área realizam mobilizações, para lembrar aos governos e sociedade que a educação é prioritária para a construção de um mundo mais justo.
Neste 30 de agosto, vamos lutar, sim, por melhores salários para quem atua nas escolas. Vamos lutar para que leis importantes, que garantem a continuidade de bons projetos na educação, sejam instituídas. Vamos lutar para que o número de alunos, por turma, seja menor. Vamos lutar pelo reconhecimento do trabalho do educador e da sua importância na vida do estudante da escola pública. Por tudo isso, convidamos você, para que se junte à nossa luta por uma educação pública de qualidade e por um Brasil cada vez melhor.

Direção da APP-Sindicato
Curitiba, agosto de 2010.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

O papel do professor na busca pela 'disciplina'

Fernanda Lapenda Silveira
São nítidos os desafios que a disciplina coloca hoje para toda a sociedade, principalmente para o professor, dada à importância que este possui para o combate a indisciplina.

Como já fora visto anteriormente , a disciplina é um conjunto de regras que servem para o bom andamento da aprendizagem escolar. Portanto, podemos concluir que ela é uma questão de qualidade nos relacionamentos humanos, sendo também uma questão de qualidade entre professor e aluno.

Diante de suas formas de expressão, causas e implicações, a indisciplina escolar desafia os profissionais da educação a refletir, propor e repensar as estratégias de ação pedagógica, já que a indisciplina não pode ser considerada como um fenômeno estático.

Através de minha prática profissional em escolas de educação básica percebi que a preocupação por parte dos professores com a indisciplina escolar vem aumentando cada vez mais. Compõe a fala desses professores a queixa de que a indisciplina é responsável pelo estresse entre eles e pelo insucesso muitas vezes constatado no processo de ensino-aprendizagem.

As configurações adquiridas pelas expressões de indisciplina na escola vem exigindo dos profissionais da educação um repensar sobre seu conceito, que não mais pode ser considerada como "problema de comportamento", conceito que deve ser superado. Deve-se considerar:

..] a indisciplina no contexto das condutas dos alunos, dentro ou fora da sala de aula, nas diversas atividades pedagógicas, a dimensão dos processos de socialização e relacionamentos que os alunos exercem na escola e também considerar a indisciplina contextualizada o desenvolvimento cognitivo desses alunos. (Garcia, 1999 p. 102).

A visão que se tem atualmente é da indisciplina enquanto fenômeno de aprendizagem. Desta forma, aquele aluno considerado indisciplinado não o é somente por haver rompido com regras da escola, mas porque não está desenvolvendo suas possibilidades cognitivas, atitudinais e morais. (Garcia, 2002).

Assim, a indisciplina tem que ser analisada e compreendida no contexto da relação pedagógica em que a situação emerge, pois é nesse contexto que o professor pode categorizar alguém ou algum ato como sendo indisciplinado

Portanto, a indisciplina nos dias atuais deve ser vista como um "fenômeno interativo que ocorre no contexto de sala de aula".(Amado, 2001 p.17). Dessa forma, a indisciplina escolar está intimamente ligada a tudo que diz respeito ao ensino, aos objetivos, às práticas e perspectivas que a orientam.

A indisciplina relacionada a uma interpretação do poder nos oferece um entendimento que varia de acordo com a interpretação que é dada à indisciplina em sala de aula, pois o que pode ser indisciplina para um professor pode não ser para outro (CURTO, 1998, p. 34). Em um determinado momento, este "intérprete", o professor, pode considerar um acontecimento como indisciplina, ou não, como certo ou errado, justo ou injusto, criativo ou desafiador (DELGADO e CAEIRO, 2005, p. 23). Da mesma maneira que a indisciplina pode estar relacionada à interpretação daquele que pensa deter o poder — e que muitas vezes se confunde com a autoridade —, ela pode fazer com que a noção de autoridade seja questionada.

A indisciplina vivenciada por alguns docentes pode ser a evidência de que algo está errado em sala de aula, seja pela postura de alunos que não fazem silêncio durante as aulas, seja pela não-participação deles nas atividades. A indisciplina, segundo Vasconcellos (2004, p. 95), pode ser ativa, na qual o aluno faz bagunça, ou passiva: quando o professor até consegue silêncio, mas não a interação com seus educandos. Por essa razão, vislumbra-se a necessidade de uma atitude interpretativa para a indisciplina escolar, levando-se em consideração que pensar a indisciplina enquanto acontecimento de uma aula implica pensar numa multiplicidade de aspectos, a começar pelo modo como os fatos são interpretados pelos indivíduos intervenientes — para além das diversas situações de âmbito externo ao processo (DELGADO e CAEIRO, 2005, p. 24).

Quanto à noção de um contrapoder na escola, Curto (1998, p. 29-39) aponta que o professor não é o único detentor de poder na sala de aula. Os alunos também ocupam uma posição social e desenvolvem esse atributo. Dessa forma, docentes e discentes possuem poderes e objetivos que, muitas vezes, são divergentes e podem desencadear conflitos, mas é em sala de aula que ambos os poderes se confrontam. A indisciplina escolar resultaria, segundo esse autor, do poder de contestação dos alunos, tendo-se em vista os mais variados objetivos, dentre eles, o ritmo da aula e do professor, os conteúdos programáticos, bem como o distanciamento da escola e da aula ante a realidade do aluno.

Neste ponto, a indisciplina pode estar atrelada ao professor na medida em que se fala de um relacionamento entre docente e aluno. Assim, ambos podem estar trabalhando em conjunto no entendimento do que consideram indisciplina, já que essa compreensão também está vinculada à interpretação dos sujeitos escolares. Da mesma maneira, entendemos que a indisciplina e autoridade docente podem estar conectadas de forma produtiva, fazendo com que professor e aluno construam conjuntamente o vínculo de autoridade e disciplina, entendendo que esta última pode auxiliar nesse contínuo processo de construção.

Em geral, o trabalho docente é compreendido a partir da equação "ensina-se algo, de alguma forma", preocupando-se apenas com a associação dos conteúdos específicos e métodos utilizados. Um terceiro fator deve ser acrescentado, o da dimensão ética do trabalho docente. Assim, a fórmula pedagógica seria "ensina-se algo, de alguma forma, a alguém específico", delimitando um valor humano e social a esta relação.

Grande parte dos problemas enfrentados hoje, relacionados à indisciplina evocam a questão do "para quê escola?", ideia que parece apontar na mesma direção para a qual o aluno indisciplinado nos chama. Essa questão tem de estar muito bem resolvida para os professores, profissionais privilegiados da educação, que devem ter clareza quanto a seu papel e ao valor do seu trabalho.

Neste sentido, é dever de todos da área educacional se preparar e, principalmente, se disponibilizar a atender às demandas de todo o público discente. Só assim venceremos as barreiras de comportamento, unindo finalmente o real ao ideal!


Fonte: http://www.webartigos.com/articles/21668/1/O-Desafio-da-Disciplina-na-Sala-de-Aula/pagina1.html#ixzz0xZth4hSd

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Cronograma do Itinerante 2010

SETOR SANTA FELICIDADE

Nº DE OFICINAS: 35
Nº DE PARTICIPANTES: 1212

Data da realização: 27, 28 e 29 de setembro

CE BOM PASTOR
R. Carlos Razera, 445-Vista Alegre Mercês
Fone: 3336-6335/33357682
Diretora: Deolinda Angela A. de Figueiredo

OFICINAS
Oficina 01-Ciências-25 participantes
Oficina 02-Ciências-25 participantes
Oficina 03-Educação Física-35 participantes
Oficina 04-Educação Física-35 participantes
Oficina 05*-Ensino Religioso-40 participantes
Oficina 06-LEM-27 participantes
Oficina 07-LEM-27 participantes
Oficina 08-Língua Portuguesa-40 participantes
Oficina 09-Língua Portuguesa-40 participantes
Oficina 10-Língua Portuguesa-40 participantes

*Obs: Oficina de Ensino Religioso-participarão os professores dos Setores:
Centro, Boa Vista, Santa Felicidade e Cajuru.

***Obs: Oficinas de Filosofia e Sociologia-os professores dessas oficinas participarão
no Setor Boa Vista.



CE FRANCISCO ZARDO
Av Manoel Bibas, 7149-Santa Felicidade
Fone: 3272-1121/3374-2280
Diretora: Naterci de Souza Schiavinato

OFICINAS
Oficina 01-Educação Profissional-40 participantes
Oficina 02-Educação Profissional-40 participantes
Oficina 03-Matemática-37 participantes
Oficina 04-Matemática-37 participantes
Oficina 05-Matemática-37 participantes
Oficina 06-Química-30 participantes
Oficina 07-Pedagogos-30 participantes
Oficina 08-Pedagogos-30 participantes
Oficina 09-Pedagogos-30 participantes



CE IVO ZANLORENZI
R. Eduardo Sprada, 4114-Campo Comprido
Fone: 3373-2740
Diretora: Márcia Maria Razera de Andrade

OFICINAS
Oficina 01-Biologia-30 participantes
Oficina 02-Física-25 participantes
Oficina 03-Geografia-36 participantes
Oficina 04-Geografia-36 participantes
Oficina 05-História-41 participantes
Oficina 06-História-41 participantes



CE SÃO BRAZ
Av. Ver. Toaldo Túlio, 2880-São Braz
Fone: 3372-1104
Diretora: Rosângela Maria de Castro

OFICINAS
Oficina 01-Arte-34 participantes
Oficina 02-Arte-34 participantes
Oficina 03-CBA-30 participantes



CE SEN. MANOEL ALENCAR GUIMARÃES
Av. Cândido Hartmann, 1650-Mercês
Fone: 3335-3735
Diretor: Rogério Bufrem Riva

OFICINAS
Oficina 01-Alimentação Escolar-35 participantes
Oficina 02-Manutenção-40 participantes
Oficina 03-Manutenção-40 participantes
Oficina 04-Gestão Escolar-35 participantes
Oficina 05-Gestão Escolar-35 participantes
Oficina 06-Gestão Escolar-35 participantes
Oficina 07-Operador de Multimeios-40 participantes

sábado, 21 de agosto de 2010

Dia 21/08 - Livro de Registro

O dia 21/08 (sábado) só deverá ser registrado nos Livros cujas turmas possuem aula na segunda-feira.
Afinal, a reposição/antecipação é equivalente ao dia 27/09, uma segunda-feira.


Os professores que não possuem aula na segunda-feira, e participarem da Reunião de Pais, podem descontar 2 aulas da Hora-atividade.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Eu acompanho a avaliação escolar do meu filho. E você?

Com o objetivo de chamar a atenção da comunidade escolar para uma reflexão acerca dos processos de avaliação, suas implicações e importância na aprendizagem dos alunos, a Secretaria de Estado da Educação lança a Campanha: “Eu acompanho a avaliação escolar do meu filho. E você?”.
As escolas estarão recebendo material de apoio para instrumentalizar pais e toda a comunidade escolar para saber como acompanhar a avaliação da aprendizagem do aluno, do sistema, da escola , dos professores, uma vez que a aprendizagem é fruto de múltiplos determinantes e todos devem ser avaliados.
Acreditamos que a campanha mobilizará a comunidade para participar cada vez mais efetivamente no processo educacional, contribuindo assim para o sucesso da aprendizagem.
Contamos com a sua participação!

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Participação dos pais ajuda no desempenho escolar da criança

A criança, cuja família participa de forma mais direta no cotidiano escolar, apresenta um desempenho superior em relação àquela onde os pais estão ausentes do seu processo educacional.
Ao conversarem com o filho sobre o que acontece na escola, cobrarem dele e ajudarem-no a fazer o dever de casa, falarem para não faltar à escola, tirar boas notas e ter hábito de leitura, os pais estarão contribuindo para a obtenção de notas mais altas.

Quais valores têm valor?





































terça-feira, 17 de agosto de 2010

Reunião de Pais

Dia 21 de agosto, das 13:30 às 15h é dia de Reunião de Pais!

Professores apresentarão a proposta "Eu acompanho a Avaliação do meu filho" e também questões referente ao cotidiano da Escola.

Será entregue panfleto de orientação aos pais sobre hábitos de estudar e acompanhar o filho à escola.

Os pais serão atendidos pelos professores, em sala de aula.

Os professores devem chegar às 13h.

sábado, 14 de agosto de 2010

A ética do respeito na escola

Na verdade quem está semeando o desrespeito com os educadores são, em alguns casos, os pró­­prios educadores, por não mostrarem aos seus pupilos a importância da formação in­­tegral e da aquisição das virtudes



As férias escolares estão terminando, as aulas recomeçando e o sadio desejo de aprender renasce em quase todo aluno. Para os professores mais jovens, é bem possível que o ideal de ensinar seja uma motivação que os leve a arregaçar as mangas e enfrentar os grandes desafios de educar. No caso dos mais vividos, é comum que os desgastes e experiências negativas do caminho percorrido já não lhes permitam tantas ilusões como aos mais novos, e que o novo período letivo se transforme em mais um ano que os aproxima da sonhada aposentadoria.

Tentando compreender esse atual e triste fenômeno educacional, algumas hipóteses costumam aparecer nos debates entre educadores: desorientação social acerca do papel da escola, desprestígio da profissão docente, desvalorização governamental da carreira com políticas públicas de intenções mais ideológicas do que educacionais, despreparo das famílias para educar e a consequente transferência dessa responsabilidade para a escola ou, o que é pior, para os meios de comunicação, que nem sempre são dignos desse serviço público.

Como também educador e pesquisador, gostaria de ir mais longe nesse olhar investigativo e levantar outra hipótese: será que o professor atualmente é visto pelos alunos em sala de aula como era antigamente? Sou da opinião de que a falta de prestígio do professor não é somente econômico e social, mas também ético.

Quando a escola era realmente uma escola, os pais matriculavam os filhos num centro educativo porque acreditavam que ele não só iria ensinar-lhes a “matéria”, mas formá-los integralmente para a vida. Esperavam dos professores, além do conteúdo específico da disciplina, uma contribuição ética que reforçasse o que os próprios pais transmitiam no seio familiar. Os mestres eram modelos positivos de virtudes, de valores e, portanto, pontos de referência para as escolhas dos jovens. Hoje a criança é orientada a ir à escola não mais com essa intenção, mas, na melhor das hipóteses, para adquirir apenas um conhecimento que lhe sirva para galgar melhores patamares acadêmicos e profissionais. Logo, o papel do professor se empobreceu significativamente. Ele acabou se tornando quase que uma “máquina” que deve ensinar uma série de conteúdos de forma lúdica, atraente e sem exigir esforço. Se sua aula não for tão animada quanto o computador das crianças, com o tempo o aluno ou o desprezará ou o suportará como um “alguém”.

Essa ignorância ou desprezo pela ética das virtudes e dos valores é uma raiz venenosíssima que está matando a educação, gerando o relativismo moral em que vivemos. Por sua vez, essa desordem filosófica, na qual não existe mais o certo e errado, é o que está produzindo o desrespeito dos jovens. Segundo Ricoeur, “o respeito à dignidade do outro só é possível a partir de um autorrespeito. E este só existe em cada ser humano quando ele percebe que tem valor em si”. Efetivamente, quem convive habitualmente em qualquer ambiente escolar percebe a existência de um alarmante paralelismo entre esse distanciamento da prática das virtudes e a violência escolar.

Parece ficar claro, portanto, que na verdade quem está semeando o desrespeito com os educadores são, em alguns casos, os próprios educadores, por não mostrarem aos seus pupilos a importância da formação integral e da aquisição das virtudes. Alguns com medo de exercer a boa autoridade e outros por um disfarçado egoísmo em não querer corrigir os filhos/alunos. Ambos, ao se omitirem na grave responsabilidade de ensinar o caminho do bem e da felicidade, não percebem que poderão estar criando futuros “exterminadores” de si mesmos.

Toda criança tem uma inclinação para fazer coisas erradas e ter atitudes pouco éticas. Em parte, isso é o que todo educador deve esperar. Mas a criança deve encontrar alguém que sempre lhe diga, com força e decisão, que isso está mal. O que parece inadmissível é que muitos pais e professores fiquem indiferentes diante dessas atitudes pouco éticas, pensando que são comportamentos normais, ou que permitir tais atitudes demonstraria que se é tolerante, moderno ou até amigo. Quando os pais valorizam excessiva ou injustamente os filhos com prêmios ou elogios, estão mentindo para eles e tornando-os falsos.

Concluímos que os pais e as escolas têm que se preocupar mais com a verdadeira ética do respeito, que é ensinar a valorizar-se para valorizar os outros. Ensinar os jovens a se valorizarem mais com os bens internos (MacIntyre), que são as virtudes, do que com os externos. Só é possível valorizar-se quando se aprende a autoconhecer-se. Quando se reflete sobre as ações e se vê com objetividade a bondade e beleza que elas têm. Torcemos para que as escolas não só promovam esse trabalho entre os alunos, mas (re)descubram que é para isto que existem.


João Malheiro, doutor em Educação pela UFRJ. Blog: escoladesagres.org
08/02/2010


Escola da Vida

Pensarei nos estudos,
Que logo se firmam.
Escutarei aos mestres,
Que a mim ensinam.

Falarei aos colegas,
Que voltam à atenção.
Não desanime agora,
Sejamos o futuro então.

O ano já logo termina,
E teremos o diploma.
Que não fiques apenas nisto,
Siga em frente o seu caminho.

Ainda há muito o que estudar,
Temos muito de aprender.
Na escola da vida,
Todos vamos vencer.


Paloma Duarte Stella

Eu era feliz e sabia

Nos meus tempos de escola
Eu era feliz e disto sabia
Só não sabia que esta felicidade
Se perdia, enquanto a gente crescia...

A vida era uma eterna festa
O mundo uma eterna regalia
Hoje o mundo é tão diferente
Não se parece com o que a gente vivia...

Prestava atenção às aulas
E à professora obedecia
Mesmo sendo uma boa aluna
Fazia muita estripulia...

Depois da aula gangorra, queimada e ping-pong
Pique-bandeira, pique -pega e 5 marias
Havia entre nós afeto, carinho
Celebrávamos a amizade a cada dia...

Dia dos pais e dos mestres
Nenhum de nós se esquecia
E para demonstrar nosso afeto
Serenata para eles a gente fazia...

E debaixo de suas janelas
Na mais profunda euforia
Ao som dos Beatles, Tim Maia e outros
Era aquela cantoria...

De repente, um "te amo" fora da hora
Provocava a desarmonia
E em meio a tanto riso
Era ainda maior a nossa alegria...

E para agradecer a serenata
Bombons para todos se distribuia
Retribuindo docemente o carinho
Aumentava nossa simpatia...

Mas com o passar do tempo
O mundo foi perdendo a magia
E hoje toda esta felicidade
É somente nostalgia...

Agora, adulta, por outros caminhos, eu trago
Doces lembranças da infância e adolescência
Tempo que vivemos intensamente
Tempo em que eu era feliz e sabia!....

(Mena Moreira)

MINHA ESCOLA, MINHA RUA...

Minha escola não tem carteiras, não tem ordem,
Tem vidas em desordem,
Lousa sem escrita
Lâmpadas sem luz…
Minha escola tem livros sem leitura,
Cantina sem alimento,
Nome sem patrono,
Pintura sem cor, móveis sem aconchego…
Minha escola tem estudo sem aprendizado,
Pagela sem freqüência,
Aula sem vivência,
Caderno sem linhas e pautas, mentes sem crítica…
Minha escola tem pátio sem alegria,
Banheiros sem privacidade,
Professores sem vocação,
Formatura sem diploma…
Minha escola é a rua,
É suja,
É o caos,
É fria,
É lama,
É o analfabetismo,
A escravidão,
A condenação!

MARCELO AMORIM

Escola

Uma escola ou colégio é qualquer estabelecimento ou instituição de educação. Essa ideia surgiu da filosofia dos gregos antigos, onde eles se reuniam em praças públicas para praticar filosofia e trocar ideias.

Uma escola é formada por diferentes pessoas, sendo o diretor aquele que dirige, o professor quem ensina e dá as aulas, e o aluno aprende e estuda os ensinamentos do professor.

Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Escola

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Livros de Registro de Classe

O LIVRO DE REGISTRO DE CLASSE É O REFERENCIAL REPRESENTATIVO DE DADOS E REGISTROS DO TRABALHO EFETIVADO EM SALA DE AULA, DA PRODUÇÃO PEDAGÓGICA, DO PROCESSO DE
ENSINO-APRENDIZAGEM.

À EQUIPE PEDAGÓGICA CABE ORIENTAR E ASSEGURAR SUPORTE TEÓRICO-PRÁTICO E LEGAL AOS PROFESSORES, QUANTO À ELABORAÇÃO DO PLANO DE TRABALHO DOCENTE E ÀS FORMAS DE REGISTROS DAS AÇÕES PEDAGÓGICAS EFETIVADAS (INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO, LIVRO REGISTRO DE CLASSE, OCORRÊNCIAS, ATAS DE CONSELHO DE CLASSE, FICA, ETC.).


FREQUÊNCIA:
Frequência sem espaços entre as datas
Sem rasuras no campo de frequência (se houver, justifica-se no campo de observação. Deve constar a rubrica).
Somatória das faltas: se o aluno não tiver falta: registrar “0” (zero) com apenas um algarismo. Não fazer tracinhos.
Alunos com muitas faltas devem ser encaminhados ao programa FICA. Registro total de faltas.
Registro ao final do livro, campo “Anotações” dos alunos que estão em Atestado médico, de SAREH, Licença Maternidade, Quartel, etc.
Alunos desistentes: somar todas as faltas.


CONTEÚDO:
Não colocar somente títulos de capítulos sem definir e descrever o que foi feito em sala. Não pode ser escrito apenas exercício de fixação ou lista de exercícios. Constar o conteúdo previsto no Plano de trabalho.
Todos os registros de conteúdos possuem data e rubrica.
Os conteúdos registrados são os mesmos planejados.
Os bimestres estão divididos nos campos de presença e de conteúdos.
Há o indicativo claro de recuperação de estudos e conteúdos recuperados.
O número de aulas dadas na frequência condiz com o número de aulas do conteúdo.

SISTEMA DE AVALIAÇÃO:
Sistema de avaliação com apontamento dos instrumentos, valores e datas na última coluna do bimestre. Não há “tracinhos”.
Escrita clara do conteúdo das avaliações
Somatória correta de notas. Notas em aberto somente de alunos em licença / afastamento justificado.
Nota sem rasura: caso aconteça, justificar no campo de observação. Deve constar a rubrica
Nas notas das avaliações, quando o aluno não realizar, colocar: nc (não compareceu), nf (não fez) colocar uma observação porque não realizou.
Abrir uma nova coluna para registro de notas para 2ª chamada.
Os dados registrados no campo avaliação são condizentes com os registrados no campo de conteúdos.
Não pode dar atribuições de nota de participação ou comportamento ou nota ao caderno. Os exercícios do caderno que serão avaliados deverão ser especificados.
Sistema de recuperação de estudos concomitante - Apontando os conteúdos trabalhados.

GERAL:
Soma correta de aulas dadas e aulas previstas.
Uso somente de caneta azul ou preta.
Assinatura do professor(a) nos campos que assim exigem.
Utilização de termos adequados para referir-se aos alunos em anotações no livro de chamada.
Quando houver falta do professor: reposição de aulas através de trabalho: data da reposição, quantidade de aulas repostas, conteúdo trabalhado e de que forma foi reposto.

PLANO DE TRABALHO DOCENTE

O planejamento do processo ensino-aprendizagem, quando realizado coletivamente pelos professores, transforma-se numa oportunidade de (re)elaboração da proposta curricular. Considerando que, na escola, o tempo previsto para o planejamento das atividades docentes é, geralmente, de poucas horas, elaborar em um curto período algo novo requer método e empenho.
O planejamento coletivo do trabalho docente permitirá, também, a discussão sobre metodologias e procedimentos didáticos e, principalmente, sobre avaliação e seus instrumentos. A leitura das propostas de cada professor se constituirá num momento de troca de experiências, de aprendizado e de enriquecimento de cada plano.
O planejamento do trabalho docente, quando realizado isoladamente ou por disciplina, corre o risco de se restringir à repetição de uma proposta já existente, perdendo-se, assim, a oportunidade de recriá-la. Isso, com o correr do tempo, leva o professor a desacreditar em planejamento, a ver nessa atividade apenas uma obrigação burocrática.

São elementos do Plano de Trabalho Docente:

Conteúdos - Distribuir os conteúdos, por bimestre, definindo: Conteúdos estruturantes / Conteúdos básicos / Conteúdos específicos.

Justificativas / Objetivos - Explicita a escolha dos conteúdos estruturantes, básicos e específicos. Expressa concepção (opção política, educativa e formativa), ou seja, a intencionalidade do trabalho com o conteúdo. Começa com o verbo no infinitivo; identificar, analisar, compreender, realizar...

Encaminhamentos Metodológicos e Recursos Didáticos - Trata-se do processo de investigação teórica que pauta a ação prática, identificando o conjunto de determinados princípios e recursos que serão utilizados pelo professor para chegar aos objetivos propostos. É o passo-a-passo da aula, a forma com que o conteúdo será trabalhado e quais materiais serão utilizados.

Avaliação – Sistema de Avaliação: o que está definido para toda a escola. Descrever que haverá trabalho de 3,0 pontos, Atividades de 2,0 e Avaliação individual de 5,0. Instrumentos de Avaliação: todo tipo de material que será utilizado para avaliar a aprendizagem: provas, tarefas, apresentação de trabalho, mostra, exposição, passeio, caderno, produção de material. Critérios de avaliação: critérios definem os propósitos e a dimensão do que se avalia. Para cada conteúdo precisa-se ter claro o que dentro dele se deseja ensinar, desenvolver e, portanto, avaliar. Os critérios de avaliação refletem as formas previamente estabelecidas para se avaliar um conteúdo. Verbos nos presente: o aluno analisa, compreende, realiza. Recuperação de Estudos: é a forma de como se dará a retomada do conteúdo não aprendido, lembrando sempre que a recuperação não deve ser do instrumento (prova, trabalho, atividade), mas sim do conteúdo.

Referências Bibliográficas - as referências permitem perceber em que material e em qual concepção o professor vem fundamentando seu conteúdo. Apontar o livro didático utilizado, as Diretrizes, O PPP, a PPC e os demais materiais. Ex.: SOBRENOME, Nome. Nome do livro. Editora, ano.

Cronograma 3º e 4º Bimestres 2010

AGOSTO

11 A 13/08 Formação Continuada 24h de Capacitação.
Constar no Livro de Registro os dias 11, 12 e 13 de agosto.
Contar como dia previsto, mas não aula dada. Traçar no campo “Freqüência”.
No campo “Conteúdo”, registra-se: Formação Continuada: Semana Pedagógica.

14/08 Replanejamento. Entrega em Pen drive.

16/08 Retorno dos alunos. Retomada dos professores monitores sobre Reunião de Pais dia 21/08.
Realização da atividade sobre “Escola ideal”.

21/08 Reunião de Pais Das 13:30 às 15h.
Avaliação e recuperação / Conselho de classe / Entrega de boletins
Panfleto de orientação escolar.

21/08 Reposição / Antecipação do dia 27/09 – Itinerante 2010 Constar no Livro de Registro como aula não prevista e dada (apenas para quem tem aula na segunda-feira).
Freqüência aos alunos.
Conteúdo: Reposição Itinerante: A importância da família na escola.

23/08 Dança Cigana
Às 9h e às 14h No Auditório da escola, realizada pelo Centro Cultural.

26/08 Escovação com Flúor – 7ª Séries Atividade pelos técnicos da Secretaria de Saúde

28/08 Complementação de Carga Horária - Noturno
Constar no Livro de Registro: Complementação de Carga Horária
Aula prevista em 22/05 e aula dada em 28/08.
Conteúdo: Atividade Cultural: Missa.

SETEMBRO

02/09 Escovação com Flúor – 8ª Séries Atividade pelos técnicos da Secretaria de Saúde

07 e 08/09 Feriados 06 – Segunda-feira haverá aula

11/09 Olimpíada de Matemática – 2ª Fase

25/09 Reunião Pedagógica

20/09 a 24/09 Semana de Avaliação

30/09 a 01/10 Retomada de conteúdos

30/09 Passeio ao Zoológico. Apenas alunos do 3ºD


OUTUBRO

04/10 a 08/10 Semana de Recuperação

13 e 14/10 Correção de atividades e provas de 2ª chamada. Fechamento geral de médias e fatas

14/10 Encerramento do 1º Bimestre dos Cursos Subsequentes.

15/10 Encerramento do 3º Bimestre das Turmas regulares.

16/10 Conselho de Classe (O Cronograma será divulgado posteriormente)
Entrega à Equipe Pedagógica dos canhotos de notas e faltas

18/10 Início do 4º Bimestre

20 a 29/10 Reuniões de Pais à noite.
Somente pais de alunos citados em Conselho.
Professores convidados a participar.

30/10 Complementação de carga horária – Noturno Festival de Bandas
Aula prevista e dada.
Conteúdo: Complementação de carga horária: Festiva de bandas


NOVEMBRO

19/11 Jantar dos alunos em conclusão de curso

20/11 Complementação de carga horária – Noturno
Aula prevista e dada.
Conteúdo: Dia da Consciência Negra.

29/11 a 03 Semana de Avaliação

DEZEMBRO

06 a 23/12 Retomada e recuperação

10/12 Jantar de encerramento do ano letivo Equipe Diretiva, Pedagógica e Docente.

18/12 Conselho de Classe

19/12 Missa de Formatura de final do ano letivo

23/12 Divulgação do Resultado final

Atividade para o primeiro dia de aula

2º SEMESTRE 2010 - PRIMEIRO DIA DE AULA


· Na primeira aula do dia 16 de agosto, cada professor deverá apresentar para sua turma um texto, música, imagem, etc, sobre a escola.

· Conversar com os alunos sobre a função da escola e em seguida, solicitar que, em duplas, os escrevam: “O que é uma boa escola”.

· Recolher o material e entregar à Equipe pedagógica.

A concepção de currículo na escola pública

A concepção de currículo na escola pública: elementos a considerar na construção do Projeto
Político-Pedagógico e da Proposta Pedagógica Curricular


Esta SEED, em referência a toda discussão política e histórica, fundamentada na defesa da autonomia escolar, adota a nomenclatura proposta pela categoria dos profissionais da educação da década de 1980, Projeto Político-Pedagógico, que contém a Proposta Pedagógica Curricular da escola. Entende-se que os princípios que fundamentam a concepção de educação, de homem, de mundo, de sociedade, bem como, de ensino e aprendizagem e que, por sua vez, definem o currículo, estão postos no Projeto Político- Pedagógico.
Além destes princípios e conceitos, o PPP explicita o diagnóstico da escola e sua prática pedagógica, mobilizando o Plano de Ação da escola. O PPP, assim, se organiza a partir do movimento que passa pelo diagnóstico da prática pedagógica, que, por sua vez, demanda um plano de ação. Esta ação se desenvolverá fundamentada nas concepções voltadas para a escola pública e na legislação vigente.
Importa ressaltar que este é um movimento dialético, que implica o trabalho constante de análise da prática pedagógica e decorrente revisão do Projeto Político Pedagógico pelos profissionais da educação e comunidade escolar. Reafirme-se que a Proposta Pedagógica Curricular é parte integrante do projeto maior da escola o PPP, pela via da organização do conhecimento no currículo.
É importante destacar, mais uma vez, a opção pela organização disciplinar do currículo tomando-o na perspectiva interdisciplinar. A interdisciplinaridade se fundamenta no conceito de totalidade apresentado nas DCE da Educação Básica: Deste modo, explicita-se que as disciplinas escolares não são herméticas, fechadas em si, mas, a partir de suas especialidades, chamam umas às outras e, em conjunto, ampliam a abordagem dos conteúdos de modo que se busque, cada vez mais, a totalidade, numa prática pedagógica que leve em conta as dimensões científica, filosófica e artística (2008, p 29).
Embora haja muitas discussões necessárias, do ponto de vista do currículo, sobre a superação da fragmentação do conhecimento, ainda há de se destacar que a produção do conhecimento histórico, filosófico, artístico e científico foi organizada e aprofundada a partir de suas áreas de referência. Cada disciplina contextualiza os interesses políticos, econômicos e sociais que interferiram na seleção dos conteúdos e nas práticas de ensino trabalhados na escola básica. Portanto, elas são indispensáveis no processo de socialização e sistematização dos conhecimentos (DUARTE, FANK, TAQUES, LEUTZ, CARVALHO, 2009, 3176).
A opção pelos conteúdos de ensino nunca será neutra no sentido de estar eximida de uma intencionalidade, seja para a emancipação dos sujeitos de sua condição histórica de dominação, de discriminação ou exclusão social, seja para pensar num projeto social maior, que possibilite o reconhecimento, a identidade e a inclusão destes sujeitos que fazem a história. A escolha do conteúdo e da forma como tratá-lo expressará esta intenção.
Entendendo, então, que a Proposta Pedagógica Curricular expressa esta intencionalidade – manifesta no Projeto Político-Pedagógico, o qual por sua vez, revela o projeto social que se pretende – será a partir desses documentos que o professor realizará o seu Plano de Trabalho Docente, ou seja o seu planejamento.
O plano é a representação escrita do planejamento do professor. Nesse sentido, ele contempla o recorte do conteúdo selecionado para um dado período. Tal conteúdo traz consigo essa intencionalidade que se expressa nos critérios de avaliação. Para que isto se efetive, o professor deve ter clareza do que o aluno deve aprender (conteúdos), o porquê aprender tais conteúdos (intencionalidade, objetivos), como trabalhá-los em sala (encaminhamentos metodológicos) e como serão avaliados (critérios e instrumentos de avaliação). Neste momento, o projeto de sociedade chega ao currículo, mas somente se efetivará se, de fato, se concretizar na sala de aula. Ou seja, a partir da proposta pedagógica, o professor planeja suas aulas e organiza seu Plano de Trabalho Docente. É o currículo em ação. (DUARTE, FANK, TAQUES, LEUTZ, CARVALHO, 2009, p. 3179). É pela via da escola que os sujeitos terão acesso aos conhecimentos e à cultura produzida historicamente, é por meio deles que esses sujeitos podem se entender como parte determinante da história.


(Síntese realizada pela Pedagoga Patricia Toaldo)

SEMANA PEDAGÓGICA – AGOSTO 2010

PAUTA – 2º SEMESTRE 2010

11 DE AGOSTO – QUARTA-FEIRA

8h – Boas vindas – Diretora Naterci
8:20h – Trabalho em Grupo – Avaliando a trajetória – Pedagoga Patrícia
10h – Intervalo
10:30h – Sistematização - Pedagogos
(Solicitar que os professores tragam a Diretriz Curricular)

13:30h – Estudos sobre violência – PDE – Pedagoga Cristina
15h – Intervalo
15:30h – IDEB – Pedagoga Ivani
16h – Gráficos de Desempenho – Pedagogo Alex
16:30h – Reunião dos Pais – Eu acompanho a avaliação do meu filho – Pedagoga Daniele


12 DE AGOSTO – QUINTA-FEIRA
8h – Estudo do texto – Currículo – Pedagoga Patrícia
9h – Projeto Político-Pedagógico – Retomada do PPP – Pedagogo Alex

10h – Intervalo

10:30h – Proposta Pedagógica Curricular – Pedagoga Daniele



13 DE AGOSTO – SEXTA-FEIRA

8h – Reflexão sobre Currículo – Pedagogo Alex



14 DE AGOSTO - SÁBADO

8h - Plano de Trabalho Docente – Pedagoga Ivani

Ideias para acompanhar o desempenho escolar do seu filho

São ideias simples e práticas, baseadas em pesquisas e na experiência dos melhores profissionais em Educação no Brasil e no mundo.

:: Como você pode contribuir em casa com o desempenho escolar do seu filho:

1 – CONVERSE COM SEU FILHO
Pergunte o que ele aprendeu no colégio e mostre-se bastante interessado.A participação da família contribui bastante para o aprendizado da criança. Quando os pais participam da vida escolar dos filhos, as notas aumentam em torno de 20%.- Proponha que ele lhe ensine algo que aprendeu na escola. Esta é uma boa maneira para ele fixar o conteúdo.- Pergunte se ele tem dificuldades em alguma matéria.


2 – COBRE AS OBRIGAÇÕES DO SEU FILHO
Garanta que ele vá à escola na hora certa.- Faça perguntas para descobrir se ele presta atenção nas aulas.- Ensine-o a respeitar os professores, os funcionários e os colegas.- Confira se ele faz a lição de casa diariamente.- Não deixe seu filho faltar às aulas sem necessidade.
Diversos estudos mostram que falas dificultam muito a aprendizagem de crianças e adolescentes. Quanto mais aulas um aluno perder, maiores serão as chances de ele tirar notas ruins e repetir de ano.


3 – ACOMPANHE A LIÇÃO DE CASA
Combine com o seu filho um horário para os estudos.- Separe um lugar da casa para a lição – deve ser o mais tranquilo possível.- Ofereça sempre ajuda, mas não faça as lições por seu filho.
Estudos comprovam que filhos estimulados pelos pais a estudar e a fazer as lições de casa têm um desempenho melhor. Mas atenção: estimular não é executar a tarefa pela criança. Pais que fazem isso prejudicam o aprendizado.
- Estimule-o a pesquisar e descobrir as respostas por conta própria.


4 – FIQUE DE OLHO NO APRENDIZADO DO SEU FILHO
Veja se seu filho está aprendendo o que deveria na idade dele::: Aos 8 anos, ele deve saber ler e escrever com facilidade;:: Aos 10 anos, deve saber somar, subtrair, multiplicar e dividir.:: Aos 14 anos, deve resolver uma equação de 1º grau com duas variáveis (X e Y) e interpretar textos com diferentes opiniões.
Um dossiê do Departamento de Educação dos EUA contatou que o acompanhamento constante dos pais influi mais no rendimento escolar de uma criança do que a renda da família.
- Confira sempre as notas e o boletim do seu filho. :: Se as notas forem ruins, pergunte ao professor como você pode ajudar.:: Se forem boas, elogie-o para que continue assim.


5 – INCENTIVE O SEU FILHO A LER
Leia sempre. É bom para você e excelente para seu filho, que seguirá o seu exemplo naturalmente.- Leia para ele desde bebê, com entonação e emoção!
Várias pesquisas comprovam que filhos cujos pais leram bastante para eles quando pequenos têm um desempenho melhor em sala de aula. A proximidade com o mundo da escrita facilita a alfabetização e ajuda em todas as matérias, pois grande parte do aprendizado em história, geografia, matemática, etc. se dá por meio da leitura de livros.
- Dê livros e revistas de presente para seu filho.- Deixe os livros ao alcance das mãos dele.
Um dos fatores que mais influencia positivamente a aprendizagem é a presença de livros em casa. Lares modestos com mais livros produzem melhores alunos do que lares ricos com menos livros. Ou seja, quanto mais livros em casa, melhor será o desempenho das crianças. Mas não basta ter, é preciso ler.
- Estimule atividades que usem a leitura: jogos, receitas, mapas.- Faça da leitura um momento de prazer – pode até estourar pipoca.- Leve-o para explorar as bibliotecas e livrarias próximas de sua casa.- Ensine-o a emprestar livros aos amigos e a pedir emprestado.

6 – VALORIZE A ESCRITA
Tenha sempre lápis e papel em casa.- Escreva bilhetinhos para o seu filho. Assim, ele entenderá a utilidade da escrita.- Brinque de palavras-cruzadas, caça-palavras, forca, stop.- Compre um diário e estimule seu filho a escrever recordações.- Incentive-o a não mudar a grafia das palavras ao utilizar o computador.- Peça ajuda para escrever a lista de compras, anotações em álbuns de fotografias, etc..


7 – DÊ O EXEMPLO
Seja coerente: suas atitudes refletem o que você pensa.- Mostre que estudar é importante e ler, divertido. Estude e leia sempre.- Seja curioso: pergunte, questione, procure entender.



Fonte: Guia da Educação em Família - Educar para crescer - Editora Abril.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Perceber-se interdisciplinar

É sentir-se componente de um todo.
É saber-se filho das estrelas,
Parte do Universo e um Universo à parte...
É juntar esforços na construção do mundo,
Desistegrando-se no outro, para, com ele,
Reintegrar-se no novo....
É ter consciência de que a natureza o gerou:
De que é fruto dela, jamais seu senhor...
É saber que a Humanidade terrena surgiu de uma Evolução,
E que, talvez, não seja ela única no espaço sideral....
É saber que a liberdade está em afirmar-se integrando-se,
Que o crescer histórico consente em ser retardado,
Nunca eternamente impedido....
É reconhecer no "Uni-verso", "unidade na diversidade"
E estar consciente de que o evoluir é lei geral...
É saber que, etimologicamente, "mundus" é pureza
E (quem sabe?) encontrar a paz anterior...
Pois,
Quando a mente é perturbada,
produz-se a multiplicidade das coisas;
Quando a mente é aquietada,
a multiplicidade das coisas desaparece".
(Por Maria Elisa de M. P. Ferreira)

FAZENDA, Ivani. Práticas Interdisciplinares na escola. São Paulo: Cortez, 1991.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

A culpa não é do professor

Até quando irá o faz de conta que permeia a educação pública?
Até quando as autoridades irão justificar o fracasso da escola pública através do despreparo do professor?
Quando o professor deixará de ser o bode expiatório das mazelas da sociedade?

Quem é profissional da educação sabe que a escola tem se tornado o refúgio aos problemas familiares. Crianças fruto de lares desestruturados, mal formados, que tem dia a dia se desintegrado. Crianças que vão à escola atrás de um prato de comida ou de um abrigo no qual estejam protegidas da violência que sofrem dentro de casa. Nas periferias o quadro é comum. Mães solteiras ou deixadas pelos maridos, trabalham fora para arcar sozinhas com o sustento de casa, enquanto seus filhos largados na rua sujeitos aos “maus ensinamentos”. Mães que sustentam vários filhos e maridos alcoólatras que as espancam e agridem os filhos. Vários irmãos num mesmo cômodo, filhos cada qual de um pai diferente. Mas essa triste realidade não é suficiente para justificar que a criança esteja triste e desanimada e que não consiga ir bem na escola. As autoridades não aceitam desculpas, ao menos quando são por parte dos profissionais que sentem de perto todo seu esforço ser em vão.

Desnutrição deixou de ser motivo ao não aprender, mesmo com fome ou com carência nutricional ao longo de suas fases de desenvolvimento, a criança consegue sair-se tão bem como as bem alimentadas... isso é o que dizem as autoridades. Sem falar daquelas que já trazem as influências nocivas do uso das drogas e da bebida alcoólica desde sua fecundação.

Pois bem, e quanto aos fatores afetivos que como é de conhecimento geral permeiam toda a ação cognitiva? Ah! Cabe ao professor garantir que o processo de ensino-aprendizagem seja um ato de amor, que a afetividade caminhe junto à aprendizagem. Isso sem dúvida é fundamental. Mas como acreditar que a criança que tem em si as marcas do descaso, da falta de amor muitas vezes desde o útero da mãe, não traga em si déficits em sua auto-estima que a impeçam de aprender de maneira significativa? As vivências da infância deixam marcas profundas para toda a vida.

O professor se depara com os problemas do aluno de ordem material e afetiva e lida com eles da melhor maneira que pode. Oferece carinho, compreensão, abrigo antes mesmo de conseguir terreno para oferecer o que é de fato sua tarefa, o conhecimento. Prepara aulas, diversifica métodos, muda estratégias, enfim, faz o que está ao seu alcance para ensinar. Mesmo assim é acusado de não estar conseguindo os resultados estabelecidos pelos superiores que fingem ignorar as mazelas da sociedade em que o professor está atuando.

E as vezes o próprio professor acaba por fortalecer a ideia de sua culpa, quando por exemplo diz que é por causa do baixo salário que recebe. Mas, se cursos de aperfeiçoamento custam caro, nem por isso o bom professor deixa de recorrer ao que pode para dar boas aulas e desempenhar bem o seu trabalho. Muitos especialistas na educação se aperfeiçoaram não para dar melhores aulas, mas para trabalhar às margens, fora das salas de aula, com melhores salários e sem as exigências incabíveis feitas aos professores.

Sejamos práticos: a educação vai mal, segundo os índices, temos um ótimo percentual de aprovação, obviamente, não se pode mais reprovar então os índices são ótimos mesmo. Por outro lado, estudos apontam alto número de analfabetos operacionais, que controvérsia!

A escola pública mais parece uma instituição de amparo social do que de fato um local específico para a aprendizagem. Tornou-se uma provedora que deve suprir as obrigações da família, resolver problemas de delinquência, recuperar jovens infratores que cumprem pena prestando serviços dentro da escola, dar assistência médica, entre outras e, por fim então, deve desempenhar seu papel, ensinar. Mas, o professor não pode se justificar dizendo a verdade; nos relatórios não é aceitável e de bom tom, que ele use termos como: aluno desinteressado; problemas de estrutura familiar; aluno com problemas psicológicos, etc. O problema deve ser considerado de âmbito puramente escolar.

Mas, o governo tem se esforçado... agora dedica-se a oferecer cursos rápidos sobre temas complexos como “dislexia”, “hiperatividade” e outros, a meia dúzia de professores ou coordenadores que tem a incumbência de reproduzir aos demais professores. E assim, espera que o professor esteja apto a diagnosticar os casos e intervir de maneira eficaz dentro da sala de aula. Neurologista, psicólogo, psicopedagogo, pediatra, psiquiatra, assistente social, e se der tempo... professor, por que não?

Estou me restringindo mais ao professor por ser dele que se espera e se cobra maiores resultados, mas os demais envolvidos na escola também sentem de perto as pressões e tentam da forma como podem dar amparo ao professor. A legislação não dá amparo algum, e de mãos atadas a bola de neve só cresce.

Para encerrar, pois o assunto é abrangente, pergunto: quando as autoridades vão suprir na escola a carência de profissionais voltados à saude mental que possam dar suporte aos professores a fim de que façam apenas, o que já é muito, sua parte, a de ensinar? De nada adiantam os cursos de fachada, investimento em recursos materiais, novas metodologias de ensino, tecnologia, programas que duram um verão conforme mudam os partidos políticos. Os professores precisam ter seu direito garantido, o de lecionar sem ter de se preocupar em diagnosticar, fazer encaminhamentos, orientar pais sobre as deficiências dos filhos. E nem estou aqui me referindo à inclusão, que é ainda mais um ponto dificultador para o trabalho do professor. Inclusão por inclusão, aluno dentro da escola, sem nenhum suporte ao professor... É isso o que temos!

Fonte:
http://www.uniblog.com.br/mentesaudavel/421473/a-culpa-nao-e-do-professor.html