terça-feira, 13 de março de 2012

CINEMA NA ESCOLA


O cinema, como qualquer outra manifestação cultural, pode estar presente nas atividades curriculares.
A produção cinematográfica, além de ser um gostoso entretenimento, é um recurso didático que motiva e possibilita a análise, o debate e a reflexão sobre problemas de diferentes natureza: social, histórica, ambiental, política, entre outros.
Trabalhar com filmes em sala de aula pode ser extremamente gratificante, pois invariavelmente os resultados alcançados superam as expectativas dos professores.
Para que isso aconteça é necessário que planejemos detalhadamente cada passo dessa iniciativa.
Na atividade de complementaçao da carga horária do período noturno, optamos por ver o filme "Escritores da Liberdade".
Após assistir ao filme, os alunos serao divididos em grupos, debaterao o assunto e escreverao suas impressoes. A reflexao maior será em torno do papel da escola na vida dos jovens.

SINOPS

"Todos somos atores de nossa vida, mas nem sempre podemos ter sua autoria.
O pensar [e o escrever] favorece a autoria da existência."

(Dulce Critelli, 2006)


Quando vai parar numa escola corrompida pela violência e tensão racial, a professora Erin Gruwell combate um sistema deficiente, lutando para que a sala de aula faça a diferença na vida dos estudantes.

Agora, contando suas próprias histórias, e ouvindo as dos outros, uma turma de adolescentes supostamente indomáveis vai descobrir o poder da tolerância, recuperar suas vidas desfeitas e mudar seu mundo.





COMENTÁRIO


O valor desse filme está na ousadia da linguagem cinematográfica mostrando os problemas psico-sócio-culturais que atingem a escola contemporânea; também porque ele dá visibilidade à diversidade dos grupos, com seu rígido código de honra, cada um no seu território, o narcisismo da recusa e da intolerância para com “os outros”, o boicote às aulas, a prontidão para aumentar os índices de violência entre os jovens e transformar a escola no seu avesso.
O método da jovem professora consistiu em entregar para cada aluno um caderno para que escrevessem, diariamente, sobre aspectos de suas próprias vidas, desde conflitos internos até problemas familiares e sociais.
Também, instigou-os a ler livros como "O Diário de Anne Frank" com o propósito de despertar alguma identificação e empatia, ainda que os personagens vivam em épocas diferentes; a partir de eventuais encontros imaginários cada aluno poderia desenvolver uma atitude especial de tolerância para com o “outro”.
Seu estilo pedagógico está para o ensaísmo apaixonado, romântico, humanista, mas sem perder de vista a racionalidade do propósito educativo.
Primeiro, ela tenta “dar aula” segundo manda o modelo tradicional, que não funciona com alunos indiferentes ao propósito da escola eminentemente ensinante.
No segundo momento, Erin faz o reconhecimento dos grupos de iguais (narcísicos), e, obviamente sente empatia com os excluídos.
Terceiro, devolve aos alunos esse reconhecimento com um pensamento crítico, fazendo-os reconhecer, sentir e pensar sobre a realidade criada por eles próprios.
Quarto, não os aceita na condição de vítimas reativas, e cobra-lhes responsabilidade por suas escolhas e seus atos de exclusão para com os diferentes.
Ou seja, sua ação pedagógica é inovadora porque desperta a motivação dos alunos para expressar seus sentimentos, ler, pensar, escrever, e mudar a partir do reconhecimento como sujeito-de-sua-história.
Na concepção de Hannah Arendt, duas causas podem ter relação profunda com a crise da educação em nossa época: a incapacidade de a escola levar os alunos para pensar e a perda da autoridade dos pais e professores.
Ambas fazem com que as crianças e adolescentes fiquem sujeitos à tirania de uma maioria qualquer (grupo social, tribos, gangs) e de um líder carismático ou populista.
Portanto, o ato educativo de Erin é ao mesmo tempo político e ético, porque visa transformar alunos “não-pensantes”, “incivilizados”, “não-humanizados”, em seres humanos que podem exercitar o pensamento crítico sobre a realidade e seus atos; suas propostas de dinâmicas com os grupos leva-os a rememorar situações e rever suas posições na história de cada um, podendo até criar em cada aluno uma nova ética que melhor orienta seus gestos e palavras para evitar magoar o seu próximo.

COMPLEMENTAÇÃO DE CARGA HORÁRIA NOTURNO 2


06 COMPLEMENTAÇÕES - 20, 19, 18 ou 17 aulas
Professores: Alberto, Angélica, Budel, Carlos, Carmen, Dalila, Josiane, Gilmara, Marcia, Marcos Mazeti, Nice, Sandra, Vagna, Vilmar e Vlademir
Diretor Auxiliar: Damasceno
Pedagogos: Alex, Dirlene, Ivani

05 COMLEMENTAÇÕES - 16, 15, 14 ou 13 aulas
Professores: Claudia, Deisi, Dirlene, Elias, Euclides e Margarete
Pedagoga: Simone

04 COMPLEMENTAÇÕES - 12, 11, 10 ou 09 aulas
Professores: Laura, Marcos Gomes, Soraia e Rose

03 COMPLEMENTAÇÕES - 08, 07, 06 ou 05 aulas
Professores: Ana Lucia, André, Augusta e Everson

02 COMPLEMENTAÇÕES - 04, 03 ou 02 aulas
Professores: Aline, Elza, Jorge, Karina, Marilise, Mario e Michele


Os professores devem assinar a Ata de Convocação (antes) e o Livro Ponto (no dia).
Como se trata de dia letivo (aula prevista) o comparecimento é obrigatório.
Se houver algum impedimento para comparecer na CCHN, o professor deve apresentar justificativa por escrito.
É responsabilidade docente (professor monitor) convocar os alunos e registrar a sua frequência.