1) Paranáprevidência: O projeto de lei que o Governador Orlando Pessuti enviou para a Assembléia Legislativa, visa a reforma da Paranáprevidência. Propõem aumentar a alíquota de contribuição previdenciária de 10% para 11% para todos(as), no mínimo; acaba com a isenção previdenciária dos aposentados e anistia a divida que o Estado tem com a Paranáprevidência. Retirar esse projeto de tramitação é indispensável. Por isso, participe da paralisação do dia 13 de dezembro.
2) PDE: O Secretário Estadual de Educação fez uma resolução no dia 07 de dezembro determinando a volta imediata de todos(as) professores(as) do PDE 2009 e 2010 para a sala de aula. Segundo ele, para suprir a falta de professores e garantir o termino do ano letivo. A APP Sindicato não concorda com essa determinação e ingressou na justiça com um mandado de segurança para garantir a manutenção do PDE.
A APP Sindicato também orienta os professores do PDE que compareçam as escolas e assinem o ponto, até sair o resultado do mandado de segurança, para evitar maiores transtornos.
Obs.: Às 17h30min de hoje, 10 de dezembro, o Juiz deu liminar favorável ao mandado de segurança do PDE. Maiores informações acesse o site www.appsindicato.org.br.
3) Pagamento dos atrasados: A APP Sindicato continua cobrando do governo o pagamento das promoções e progressões em atraso, bem como o pagamento dos(as) professores(as) PSS que ainda não receberam. No entanto, o governo ainda não anunciou a data do pagamento.
A paralisação do dia 13 é fundamental para garantir o pagamento dos atrasados, tanto professores(as) quanto de funcionários(as).
4) PSS: A direção da APP Sindicato tem cobrado do governo informações sobre a contratação de novos professores(as) PSS para o próximo ano. No entanto, ainda não foi anunciado pelo governo atual e nem pela equipe de transição a data de inscrição para novos professores(as) PSS. Também não temos informações sobre os contratos atuais.
5) Pagamento do 13° Salário: Em todas as reuniões de negociação com o governo, ele reafirmou que o pagamento do 13° salário sairá normalmente até o dia 20 de dezembro.
Att,
Tereza Lemos
Presidente do NSCN
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Um choque de educação
Todos os "choques" que se possam criar, deveriam convergir para apenas um, único e fundamental: O Choque de Educação.
Éramos muito felizes e não sabíamos o quanto, quando décadas atrás, os bons estudantes, estavam nas escolas públicas. As mesmas sólidas construções que existem até hoje. Professores trabalhavam por vocação, eram respeitados e complementavam exemplarmente a educação que os alunos recebíamos em casa. As escolas eram continuidade de nossos lares.
Tive a honra de estudar no maravilhoso Colégio de Aplicação da UERJ, público. Muito jovens, éramos tratados como universitários, por mestres inesquecíveis. Junto a excelente qualidade de ensino, a disciplina reinante, em todos os aspectos, fazia toda a diferença. Ninguém saía gritando pelo colégio ou em sala de aula. O respeito ao professor era absoluto. Nosso uniforme não podia ser modificad o e sentíamos grande orgulho em usá-lo. Qualquer situação era discutida com os superiores.
Os alunos participavam e eram ouvidos, sabendo bem a importância de seus atos. Havia ordem. Educação, disciplina e respeito aos limites. Palavras fora de moda nos dias atuais.
A evolução não nos trouxe itens melhores, ao contrário, caminha para a degradação da sociedade. As praças de alimentação em shoppings podem ser um termômetro para tal. Todos falam aos gritos. Mães deixam seus filhos correrem, incomodam todo mundo e acham uma gracinha. Elas são "mães modernas", usam bolsas de grife, não repreendem filhos de quatro anos que já usam celular e computador, e estudam em colégios avançados e famosos.
Esta mesma "família moderna", quando sai, deixa tudo sujo em volta, entendendo que é obrigação dos empregados limpar. Ao entrar no seu carro, de marca valiosa, ainda vão jogar pela janela, em via pública, o que desejar. O pai vai avançar o sinal para ganhar tempo, vai xingar o pedestre, buzinar bem alt o, e dirigir, falando ao celular.
Estas crianças na escola, vão agir como quiserem, e o pobre professor vai levar a sobra sem poder fazer nada. Caso faça, o psicólogo vai contrapor suas atitudes. Quando adolescente, esta criança vai bater em todo mundo, vai agredir o professor, vai se achar o dono de seu arruaceiro mundo.
Os pais não terão voz, pois estarão colhendo o que plantaram em seus impossíveis filhos que, à noite, estarão fazendo baderna, pichando muros, ouvindo som às alturas e gritando seus palavrões nos bares da vida.
As alterações e a modernidade no ensino não nos levaram a melhores caminhos. Os professores já estão em extinção. O sistema de ensino desce ladeira abaixo e vemos nossa cidade suja, depredada e pichada pelo próprio povo.
O mesmo povo que joga o panfleto no chão, enfrente à caixa coletora, indiferente ao gari que acabou de varrer tudo, sem consciência de que o material de limpeza gasto, sai dos seus impostos.
A falta de educação, o desconhecimento dos princípios da ética, o desrespeito ao limite do próximo, em todos os nív eis e classes, são mazelas desta sociedade, muito ocupada em consumir, ao invés de evoluir, aprimorar, exercer cidadania e construir algo melhor como exemplo para seus filhos. Este é o grande choque que deve ser dado se, ainda tivermos tempo, de voltar aos princípios.
Katia Chedid
O Globo, 23/11/2010 - Rio de Janeiro RJ
Éramos muito felizes e não sabíamos o quanto, quando décadas atrás, os bons estudantes, estavam nas escolas públicas. As mesmas sólidas construções que existem até hoje. Professores trabalhavam por vocação, eram respeitados e complementavam exemplarmente a educação que os alunos recebíamos em casa. As escolas eram continuidade de nossos lares.
Tive a honra de estudar no maravilhoso Colégio de Aplicação da UERJ, público. Muito jovens, éramos tratados como universitários, por mestres inesquecíveis. Junto a excelente qualidade de ensino, a disciplina reinante, em todos os aspectos, fazia toda a diferença. Ninguém saía gritando pelo colégio ou em sala de aula. O respeito ao professor era absoluto. Nosso uniforme não podia ser modificad o e sentíamos grande orgulho em usá-lo. Qualquer situação era discutida com os superiores.
Os alunos participavam e eram ouvidos, sabendo bem a importância de seus atos. Havia ordem. Educação, disciplina e respeito aos limites. Palavras fora de moda nos dias atuais.
A evolução não nos trouxe itens melhores, ao contrário, caminha para a degradação da sociedade. As praças de alimentação em shoppings podem ser um termômetro para tal. Todos falam aos gritos. Mães deixam seus filhos correrem, incomodam todo mundo e acham uma gracinha. Elas são "mães modernas", usam bolsas de grife, não repreendem filhos de quatro anos que já usam celular e computador, e estudam em colégios avançados e famosos.
Esta mesma "família moderna", quando sai, deixa tudo sujo em volta, entendendo que é obrigação dos empregados limpar. Ao entrar no seu carro, de marca valiosa, ainda vão jogar pela janela, em via pública, o que desejar. O pai vai avançar o sinal para ganhar tempo, vai xingar o pedestre, buzinar bem alt o, e dirigir, falando ao celular.
Estas crianças na escola, vão agir como quiserem, e o pobre professor vai levar a sobra sem poder fazer nada. Caso faça, o psicólogo vai contrapor suas atitudes. Quando adolescente, esta criança vai bater em todo mundo, vai agredir o professor, vai se achar o dono de seu arruaceiro mundo.
Os pais não terão voz, pois estarão colhendo o que plantaram em seus impossíveis filhos que, à noite, estarão fazendo baderna, pichando muros, ouvindo som às alturas e gritando seus palavrões nos bares da vida.
As alterações e a modernidade no ensino não nos levaram a melhores caminhos. Os professores já estão em extinção. O sistema de ensino desce ladeira abaixo e vemos nossa cidade suja, depredada e pichada pelo próprio povo.
O mesmo povo que joga o panfleto no chão, enfrente à caixa coletora, indiferente ao gari que acabou de varrer tudo, sem consciência de que o material de limpeza gasto, sai dos seus impostos.
A falta de educação, o desconhecimento dos princípios da ética, o desrespeito ao limite do próximo, em todos os nív eis e classes, são mazelas desta sociedade, muito ocupada em consumir, ao invés de evoluir, aprimorar, exercer cidadania e construir algo melhor como exemplo para seus filhos. Este é o grande choque que deve ser dado se, ainda tivermos tempo, de voltar aos princípios.
Katia Chedid
O Globo, 23/11/2010 - Rio de Janeiro RJ
Assinar:
Postagens (Atom)