quinta-feira, 24 de maio de 2012

REUNIAO ON LINE

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REUNIÃO DE PAIS / RESPONSÁVEIS NA ESCOLA

A família deve participar das reuniões escolares e sempre que possível estar presente na instituição para trocar ideias com a equipe escolar, mesmo não sendo chamada, acompanhando de maneira presente o desenvolvimento da criança e do adolescente. Dessa maneira, também criará vínculo e perceberá que a escola precisa da colaboração da família para que o trabalho tenha resultados positivos.

De acordo com o Calendário do Colégio Zardo, há 04 momentos anuais de família na escola: fevereiro, maio, agosto e outubro. São semanas em que acontece a reunião de pais e responsáveis, que não é um mero evento protocolar para dar algumas satisfações aos pais, mas um dos momentos para reavivar o papel social da escola.

O objetivo das reuniões de nossa escola é compartilhar interesses e missões tendo em vista os benefícios para o aluno, pois entendemos que a relação entre a escola e os pais deve ser de parceria. Em nossos encontros, os pais recebem orientações, esclarecem dúvidas e, assim, estabelecem uma relação de confiança e cooperação com os profissionais da escola. Também são informados das ações da escola, bem como respondem a pesquisas e questionários sobre assuntos educacionais.

Do ponto de vista social, estar presente nas reuniões também traz benefícios aos pais e, consequentemente, ao aluno, pois a troca de vivências é grande. Afinal, é importante que os pais dos alunos se conheçam e troquem experiências.

Um dos problemas mais complexos vivenciados pela escola – a indisciplina – tem se caracterizado como fonte profunda de estresse nas relações interpessoais, especificamente ao associar-se a situações de conflito no interior da sala de aula.

A indisciplina gera, ainda, dificuldades para o desenvolvimento da aprendizagem. Desordens, ofensas verbais, atitudes de grosseria, enfim, aquilo que se caracteriza de forma geral, como “falta de respeito” pode ser denominado indisciplina. Nas reuniões que ocorreram entre 07 e 12 de maio, foi aplicado aos pais um questionário sobre a questão de comportamento dos alunos. Foram duas questões, com 06 alternativas em cada uma delas, sendo respondidas por 487 pais.

Segue o resultado das respostas dos pais:

(Clique nos gráficos para ampliar)




Percebe-se, então, que a maioria dos pais quer ser avisada sobre os problemas disciplinares de seus filhos em sala de aula e, ainda, cobrada a cumprir seu papel de educar em casa. Para isso, a maioria considera que é preciso haver regras rígidas na escola para fazer cumprir os ensinamentos de boa educação e respeito ao próximo, e acompanhar de perto os alunos, conscientizando-os de seu papel.

Na escola, uma alternativa é realizar o diálogo sério, “olho no olho”, dando espaço para que os alunos também sejam ouvidos e levados a perceber a necessidade de serem responsáveis. É a questão de estabelecer limites, negociar a melhor maneira de alcançar os objetivos a que se propõem, perceber-se como integrantes de um grupo organizado, onde cada um tem seu espaço, seus direitos e seus deveres, e também tem a responsabilidade de respeitar os limites desse espaço para não prejudicar o espaço do outro

Entendemos que a reunião de pais deve se focalizar na troca de informações para que a partir desse ponto possa elaborar de forma conjunta uma solução, e que não se resuma somente em períodos de fechamento de notas, mas no decorrer de todo o ano. Assim, a aplicação do questionário sobre comportamento vai nortear a tomada de decisões para melhorar os níveis comportamentais dos alunos.

Entendemos que a educação deve ser instituída com a participação efetiva de pais e escola. As reuniões já fazem parte da realidade de nossa escola como algo harmonioso e um centro de soluções para vida escolar de nossos alunos.

Sabe-se que a educação perpassa tanto o ambiente escolar quanto o familiar. A interação entre ambos é muito importante para o sucesso do processo ensino-aprendizagem. Por isso mesmo, quando aplicamos questionários aos pais queremos fazer levantamentos precisos sobre as opiniões e posições dos pais ante as questões que envolvem a escola, a educação e os processos de ensino aprendizagem.

Os pais que participam das reuniões na escola conhecem e acompanham melhor o trabalho da escola e, além disso, supervisionam os estudos, o cumprimento de tarefas e também os progressos e dificuldades de seuS filhos. Essa participação na vida escolar possibilita uma revalorização do saber e os filhos compreendem que estudar é importante. Tendo mais contato com o trabalho que a escola desenvolve, os pais compreendem melhor as dificuldades e os empecilhos que existem no processo de ensinar e aprender, tornando-se mais aptos a colaborar.

E há um resultado positivo, que é indireto, que, quando demonstram confiar na escola, os pais ajudam a reconstruir a autoridade do professor, hoje um item fundamental para que a aprendizagem possa ocorrer. Pois quando os alunos não confiam e/ou não respeitam os docentes, não aprendem. Os questionários, então, são ferramentas que nos ajudam a ouvir as famílias, compreender os anseios e tomar decisões para melhoria da escola.

Sabe-se o quanto é importante a participação dos pais dos alunos no desempenho escolar e que a comunidade tem um papel importante na construção da autonomia da escola, porque essa ocorrerá na medida em que a escola esteja a serviço dos interesses autênticos da população.

Os pais e os alunos, como usuários da escola, são capazes de apontar problemas e dar sugestões para a resolução dos mesmos. Em nossa escola, compreendemos que a participação dos pais não deve ser encarada como sendo debilidade, último recurso quando as coisas não andam bem (mau comportamento ou notas baixas), ou como necessária apenas nos eventos festivos promovidos pela escola.

A interação é uma possibilidade de enriquecimento mútuo e de ampliação do espaço democrático na escola. O aluno cuja família participa de forma mais direta no cotidiano escolar, apresenta um desempenho superior em relação a que os pais estão ausentes do seu processo educacional.

Ao conversarem com o filho sobre o que acontece na escola, cobrarem dele e ajudarem a fazer o dever de casa, falarem para não faltar à escola, tirar boas notas e ter hábitos de leitura, os pais estarão contribuindo para a obtenção de notas mais altas. Além disso, reduz a evasão escolar e a depredação da escola.


QUESTÕES:
Analise a sua prática pedagógica e relate em que momento o assunto abordado no texto influencia  e interfere em suas aulas.



Como profissional da educação, qual sua opinião sobre o assunto abordado no texto?

DROGAS NA ESCOLA: COMO PREVENIR

Marília Saldanha da Fonseca

O consumo de drogas vem se expandindo mundialmente e constitui, hoje, uma ameaça à estabilidade das estruturas e valores econômicos, políticos, sociais e culturais das nações. O abuso de drogas entre jovens tem sido uma das questões que mais afligem a sociedade contemporânea.

A escola encontra-se diante de um novo desafio e, nesta circunstância, educar para prevenção apresenta-se como a melhor alternativa para o enfrentamento do consumo de drogas entre estudantes. Prevenção significa dispor com antecipação, impedir ou pelo menos reduzir o consumo.

O ato de prevenir o abuso de drogas admite três níveis de intervenção: primária, secundária e terciária. Na prevenção primária o objetivo é intervir antes que o consumo de drogas ocorra. Cabe à instituição escolar promover um estilo de vida saudável nos alunos, desde crianças bem novas até o jovem adulto A prevenção secundária destina-se aos estudantes que apresentam uso leve ou moderado de drogas, que não são dependentes, mas que correm este risco. A prevenção terciária dirige-se ao usuário dependente. No caso dos estudantes que já consomem drogas, a função da escola é prestar auxílio ao aluno na procura de terapia, apoiar a recuperação e reintegrá-lo na escola, no grupo de amigos, na família. Vale advertir que não compete à escola o tratamento, mas sim, encaminhar adequadamente o caso.

A Escola é o lugar privilegiado para intervenções educacionais. Deve elaborar projetos que assegurem ações preventivas intensivas e duradouras, tendo como guia o Plano de Ação e o Programa Preventivo. Na prática escolar, a prevenção ao abuso de drogas torna-se viável por intervenções nas condições de ensino e, principalmente, são direcionadas ao projeto político pedagógico, à gestão escolar e à abordagem educacional, como apresentados na sequência.

Projeto Político-Pedagógico. Inserida num quadro mais amplo de uma educação para a saúde, a prevenção prioriza a adesão aos princípios da vida, a formação de valores e o conhecimento da natureza e do efeito das substâncias psicoativas. Em relação aos psicotrópicos, deve ser levado em conta que a experimentação está iniciando muito precocemente, portanto, a prevenção primária deve começar em crianças de menor idade, em atividades criativas e prazerosas. É necessário que as drogas de abuso estudadas realmente estejam presentes entre estudantes brasileiros, evitando-se erros de enfocar drogas de uso em outros países. A estratégia é enfatizar as drogas lícitas e de fácil acesso, isto é, álcool, tabaco, solvente e medicamento, pela elevada porcentagem de uso entre os alunos, mostrando que todas são substâncias psicotrópicas. Não se pode deixar de discutir o caráter atrativo das drogas: prazer aos sentidos, ter “imagem transgressora”, ser símbolo de “estar na moda”. Igualmente, precisa ser discutida a trajetória do envolvimento com psicotrópicos, evitando-se autoritarismos didáticos, ou mesmo despertar a curiosidade inadvertidamente.

Professor-Aluno. A atuação dos professores é fundamental na educação preventiva, ajudando os alunos a constituírem um sistema de valores pessoal que lhes animem a adotar um estilo de vida, em que o abuso de drogas não encontre ressonância. Acreditamos que o trabalho docente tem mais probabilidade de sucesso com a inserção, no currículo, de conteúdos significativos de prevenção. Também contribui a adoção métodos ativos que incluem oficina, simulação, debate, discussão, diálogo, dinâmica de grupo, psicodrama, jogo dramático, dramatização. Deste modo, é possível proporcionar aos alunos a aquisição de habilidades e experiências que tenham efeito protetor.

Por fim, considera-se premente um trabalho que se contraponha ao consumo de drogas entre crianças, adolescentes e jovens adultos. A educação formal é um dos meios através da qual fazemos a conscientização, a educação e a prevenção e a escola a via natural para os esforços de prevenir o abuso de drogas entre alunos.



QUESTÕES:


Analise a sua prática pedagógica e relate em que momento o assunto abordado no texto influencia e interfere em suas aulas.

Como profissional da educação, qual sua opinião sobre o assunto abordado no texto?



INDISCIPLINA: O QUE FAZER?

Roseli Brito

A indisciplina e o desrespeito dos alunos para com os Professores, funcionários da Escola e com os próprios colegas de classe, tem sido uma questão muito séria, vivenciada diariamente dentro das salas de aula de todo o país.

A indisciplina é legitimada e autorizada pelos meios de comunicação com programas permissivos e principalmente por pais negligentes. Dentro deste cenário complicado e tão flexível onde prevalece e se dá bem sempre aquele que tem o perfil mais “descolado” e por “descolado”, leia-se “o mais indisciplinado, arrogante, grosseiro e mal educado”, é de se esperar que a moeda chamada “caráter”, “ valores morais”, esteja tão difícil de ser encontrada e por esta razão professores do país inteiro se veem sem estratégias para combater esse mal.

Infelizmente, a falta de estratégia está potencializando o problema da indisciplina e a legitimando dentro da Escola. Isso mesmo! Os próprios Professores estão, inadvertidamente, potencializando a indisciplina quando assumem algumas posturas , acreditando que estão combatendo o problema:

0) Gritar, advertir e enviar para Coordenação acaba banalizando a situação de tal modo que muitos alunos já nem se importam mais e até debocham disputando, uns com os outros, quem terá mais suspensões no final do bimestre.

1) Tratar a questão com indiferença e fazer de conta que não se importa e deixar “rolar”.

O ser humano tem vários mecanismos de defesa para “blindar” o emocional e preservar a sua integridade quer seja física, psicológica, etc. Um deles é ignorar determinadas situações, tratando-as como de menor importância e significado tentando assim minimizar o impacto que as mesmas provocam. É uma estratégia também para fazer com que o outro acredite que o que está fazendo não o está afetando.

Porque não funciona? Na verdade ela funciona sim, mas de modo inverso: esta postura diz “continuem fazendo, pois não moverei um dedo para impedir, estou muito cansada para perder o meu tempo com vocês”. Para os que querem estudar e esperam que você faça algo esta postura também fala e diz o seguinte: “quanto a vocês, conformem-se, pois não posso fazer nada”. Ou seja: os dois grupos são deixados a revelia.

2) obrigar os pais e alunos, por meios legais ou com medidas enérgicas e ameaças a tomar providências.

Não fazer nada é quase tão nocivo quanto abertamente declarar guerra. Entrar em confronto direto é o pior dos cenários, pois medir forças não leva a solução dos problemas, já que os envolvidos estão apenas preocupados em apontar culpados e levantar justificativas isentando-se assim das responsabilidades que lhe cabem.

O real enfrentamento dos problemas só ocorre quando todos abrem-se para negociar a questão e para isso é preciso aceitar fazer concessões e estarem abertos para fazerem mudanças, acatarem novas perspectivas e aceitarem novas direções, isso exige humildade e maturidade. Será que os Pais dos seus alunos estão nesse nível ? Será que você está?

3) não fazer nada e esperar outros tomarem atitude

“Vamos esperar que os Pais façam alguma coisa!” “Vamos esperar que o Diretor expulse esse aluno!” “ Vou esperar que o Coordenador aplique uma suspensão no aluno!“ “Vou esperar a aposentadoria chegar e então eu me livro de tudo isso.”

Quando a “lei do mínimo esforço” entra em ação além de potencializar a indisciplina já existente ainda cria alunos procrastinadores e preguiçosos. Esta postura revela um comportamento medíocre e incita os alunos a fazerem algo.

4) mudar de profissão devido ao esgotamento nervoso

Muitos Professores chegam nesta condição quando já percorreram as situações descritas nos itens 0, 1, 2 e 3. Tudo isso por quê? Falta de ferramentas adequadas para lidar: com alunos, com o sistema educacional, com as famílias, com alunos infratores, com a violência no entorno das Escolas e um sem número de situações que envolve o ato de educar e de ser Educador.

Quero que você faça a seguinte reflexão: Médicos e Enfermeiros que tratam pacientes terminais com o vírus HIV precisam tomar as devidas precauções para não se infectarem com o vírus, para isso há vários procedimentos que precisam ser seguidos para que não haja contágio e assim é em várias profissões e situações.

O Educador também lida com situações de alta periculosidade para sua saúde física, mental e emocional, então porque não ter procedimentos? Por quê entrar desavisadamente na sala de aula?

Infelizmente, estas são as posturas mais comuns utilizadas no dia a dia dentro da Escola, onde vários Professores acreditam estar combatendo a indisciplina na sala de aula, o fato é que a indisciplina em muitos casos até piora. O que fazer então ?

5) criar estratégias para minimizar, contornar ou corrigir uma situação

Estratégias só poderão ser criadas quando temos as ferramentas corretas para tal. Isso só ocorre quando buscamos o conhecimento e adquirimos novos aprendizados, que extrapolam o diploma universitário.

Veja abaixo algumas sugestões de novos caminhos que o Professor precisa trilhar para adquirir essas novas ferramentas:

- aprender como desenvolver um gerenciamento efetivo da sala de aula envolvendo tempo, rotina, disciplina e consequência

- aprender e dominar práticas de ensino diversificadas

- implementar procedimentos didáticos e metodológicos em todas as aulas

- aprofundar conhecimentos sobre o funcionamento/interesses de cada faixa etária

- ao lidar com jovens e adultos aprender sobre pressupostos da Andragogia (segundo a definição decreditada a Malcolm Knowles é a arte ou ciência de orientar adultos a aprender).

- aprender sobre mediação de conflitos e criar grupos em cada turma

- levar os conflitos do dia a dia da Escola e/ou Comunidade para debate em sala

- ter coerência nas ações e respeito entre os membros da equipe escolar

- priorizar e participar da educação continuada dentro e fora da Escola

- solicitar orientação individual quando necessário

- aceitar ser cobrado e responsabilizado pelo cumprimento e/ou negligência dos seus deveres

- mobilizar entidades de classe para que incluam na pauta de reivindicações alteração na legislação existente, prevendo sanções e penalidades severas para alunos e Pais que tratarem com desrespeito o Professor e que estejam impedindo o Professor de realizar o seu trabalho.

O Professor não é o vilão e também não é o “salvador da pátria“. Cabe ao Professor guiar, apontar caminhos. Todos seguirão? NÃO! Porém é preciso que os alunos saibam que você está acima da mediocridade.

O maior inimigo do Professor não é a indisciplina e nem o aluno. O maior inimigo é a ingenuidade de acreditar que é possível entrar em uma sala de aula e educar apenas com o diploma nas mãos.

 


QUESTÕES:


Analise a sua prática pedagógica e relate em que momento o assunto abordado no texto influencia e interfere em suas aulas.

Como profissional da educação, qual sua opinião sobre o assunto abordado no texto?



REFLEXÃO SOBRE ENSINO, APRENDIZAGEM E ATRIBUIÇÕES DOCENTES

Em 31 de março deste ano, ocorreu a primeira reunião pedagógica dos professores e pedagogos do Colégio Estadual Professor Francisco Zardo. A discussão foi em torno de aspectos descritos no Projeto Político-Pedagógico e Regimento Escolar sobre Ensino, Aprendizagem e Atribuições Docentes. O texto a seguir é resultado do que os professores escreveram, sendo que o texto expressa opiniões emitidas pelos docentes.

Um dos temas abordados, no aspecto ensino, foi sobre a aplicação das tecnologias da informação e da comunicação, na metodologia do ensino. Constata-se que há deficiência na formação prática do professor no uso das tecnologias. A maioria dos docentes não teve nenhuma prática voltada às tecnologias durante seus estudos acadêmicos, visto que muitas das tecnologias são relativamente novas. Para preencher essa lacuna, é necessário que o professor busque essa qualificação. É possível buscar o conhecimento a respeito das tecnologias através de cursos presenciais ou a distância (inclusive ofertados por diversas instituições de maneira gratuita) e contar com a ajuda de colegas mais familiarizados com a mesma. Também pode haver a inclusão de aulas práticas de tecnologia durante Semana Pedagógica.

É importante ressaltar que apenas a habilidade no manuseio dos equipamentos tecnológicos não habilitará o professor para tal prática, mas sim um esclarecimento e delineamento do seu encaminhamento pedagógico relacionado e contextualizado. Não basta dominar a tecnologia, deve-se saber atrelar ao conteúdo que se pretende trabalhar, para que os recursos se tornem um meio de produção do conhecimento muito valioso na prática pedagógica. Nesse sentido, é de fundamental importância que a SEED se preocupe com essa questão e oferte cursos que realmente ensinem a prática de como utilizar essas novas tecnologias. Mesmo assim, o professor deve buscar métodos e formas de melhorar suas aulas utilizando recursos já disponíveis com a tecnologia digital. A experimentação e a avaliação dos resultados são fundamentais para utilizar como parâmetros. Isso servirá de base para próximas elaborações das aulas. Outra forma é a troca de experiências que devem ocorrer entre os professores, principalmente as bem sucedidas.

Ainda sobre ensino, foi levantada a questão sobre a importância da elaboração do Plano de Trabalho Docente (PTD) que é um norte para as ações dos professores. Mesmo definindo esse norte, o PTD pode sofrer variações em função de acontecimentos que aparecem no decorrer do ano letivo tais como: mudança do número de alunos (para mais ou para menos), nível da turma, características das diferentes turmas (ritmo de aprendizado, por exemplo), etc. E mais do que isso, o professor começa a tomar conhecimento da forma de aprendizagem de cada turma, dos alunos e sente a necessidade de readequar o seu plano previamente estabelecido. E reelabora sua metodologia de ensino para o ensino e a aprendizagem daqueles conteúdos básicos que os alunos precisam dominar, conhecer e aqueles que precisam ser retomados para aquela determinada série e ou ano. Esta seria uma prática viva do currículo, da Proposta Pedagógica Curricular vivenciada, reelabora e reescrita em sala de aula.

O Plano de Trabalho Docente dará o embasamento para o trabalho do professor. O seu conteúdo delineará o caminho a ser seguido e facilitará todo o trabalho pedagógico, visto que permitirá o planejamento antecipado dos conteúdos. Também é importante para que a escola se organize no caso de uma eventual necessidade de afastamento do professor, pois assim o seu sucessor ou substituto poderá prosseguir dentro do que foi planejado. A elaboração do Plano de Trabalho Docente permite um melhor direcionamento e objetividade nas aulas, que reflete em maior interesse dos alunos que percebem a objetividade do professor.

Refletimos também sobre a aprendizagem e a prática do professor, que tem uma ação direta no comportamento e aproveitamento do aluno (tanto em questões de aprendizagem quanto de indisciplina). Afinal, o modo como o professor trabalha terá influência, pois os alunos sabem muito bem identificar um professor que está preparado para dar o seu conteúdo e para manter a ordem em sala de aula. Os alunos testam os professores, principalmente no início, com uma nova turma, que sempre busca saber “até onde pode ir com determinado professor”. É comum comentários dos alunos do tipo que com professor X pode-se “fazer bagunça”, já com professor Y o pessoal se comporta. Então, o que leva esses alunos a tirarem essa conclusão é o modo como o professor conduz a sua aula e a sua sala de aula. Logicamente existem turmas mais agitadas e mais difíceis de se manter a ordem do que outras, mas certamente o preparo do docente em lidar com determinadas situações influenciará muito. Observa-se também que, infelizmente estamos em um momento onde os alunos refletem na escola a sociedade do portão para fora. Falta uma adequação para conviver e lidar com as situações que estão aparecendo no dia-a-dia escolar.

Conforme elaboração do Plano de Aula individualizado, cabe a cada docente desenvolver o seu planejamento utilizando recursos diferenciados para que o objetivo seja concretizado. Quando isso não acontece em algumas “turmas”, devemos avaliar com cuidado o problema e buscar soluções junto à equipe pedagógica e aos pais. O professor que planeja as suas aulas, fica mais motivado para ministra-las e isso reflete automaticamente no comportamento do aluno. O mesmo percebe que o professor gosta do que faz e realmente está preparado para ministrar os conteúdos. O professor deve planejar bem o conteúdo, saber transmitir o que planejou, a aula não pode ser monótona (mera transmissão de conteúdos), pois isso leva o aluno à indisciplina. Em casos de indisciplina, o professor deve ser claro em sua postura em relação ao aluno, caso não consiga, comunicar a equipe.

Hoje o bom professor não é aquele que apenas detém o conhecimento e busca transmitir ao aluno e sim aquele que o encanta e o instiga a buscar mais informações sobre o assunto (conteúdo) trabalhado. O professor deve sempre manter a postura de mestre, mesmo sabendo que não resolverá todos os problemas da indisciplina, mas será a referência que muitos não possuem nos seus lares.

Um desafio que se apresenta no cotidiano da escola é lidar com os alunos que não têm vontade de aprender [motivação] e vêm para a escola obrigados pela instituição e / ou pelos pais. Verifica-se nos dias de hoje que o desinteresse dos alunos pelos estudos tem sido um sério problema. Boa parte dos alunos está desmotivada, não percebem claramente a função da escola e nem o quanto aprender pode ser útil no futuro. Quando analisados os motivos pelos quais existe essa falta de interesse e de vontade, podem-se elencar algumas possibilidades: a rapidez de informação nos dias de hoje, com recursos como a internet, variados canais de TV, rádio dentre outros, faz com que eles se interessem mais nos aparatos tecnológicos do que na aula propriamente dita. Temos que competir com mídias atrativas, que também podem se tornar nossas aliadas, pois com a utilização de recursos variados podemos tornar as aulas mais atrativas para despertar o interesse dos nossos alunos. Certamente não conseguiremos fazer “aulas show” a todo instante, não devemos ser utópicos, pois todos sabemos da dificuldade com relação a tempo de preparação de provas e de trabalhos para corrigir e elaborar, etc. Porém com esforço poderemos planejar atividades interessantes e utilizarmos materiais e métodos diversificados com uma certa frequência.

A questão de alunos indisciplinados envolve principalmente o relacionamento entre os pais e os filhos. Percebe-se que a desmotivação é reflexo de questões psicológicas complexas, individuais do aluno. E isso pode acentuar-se mais ainda em situações escolares. A escola pode ajudar ofertando condições boas de estudos, mas o foco do problema é uma questão familiar e clínica. Temos alunos do Ensino Médio que já dirigem, trabalham, vão a festas, já iniciaram sua vida sexual e ao entrar numa sala de aula acreditam estar perdendo o seu tempo.

Frente a isso, analisamos também as atribuições previstas em leis (LDB, Estatuto do Magistérioe Regimento Escolar) que cabem ao professor. O essencial, que é ensinar e promover a aprendizagem dos conhecimentos, juntamente com os alunos e fazer com que a toda aula algo seja acrescentado na vida de cada aluno, de alguma forma é realizado. Pretende-se isso, mas não se pode garantir. Por isso, existe o processo de avaliação. Muitas vezes os professores se vêem frustrados por não conseguirem fazer com que o aluno realmente “abra a sua mente” e perceba a importância do que está sendo passado a ele. Acontece de muitas vezes o aluno questionar o professor para que aquele determinado assunto seria útil em sua vida futura. Muitas vezes o professor entra em sala de aula com bastante ânimo, propondo um trabalho específico com determinado conteúdo ou um projeto, ou tentando utilizar um recurso diferente durante a aula, e percebe que esse nosso ânimo não é recíproco.

Fazendo um balanço de fatores que dificultam o cumprimento das atribuições docentes, pode-se citar a falta de tempo para uma elaboração satisfatória de aulas e, mais ainda o desinteresse por parte dos alunos. O docente somente consegue cumprir as suas atribuições se levar trabalho para casa, pois são muitas turmas, com número excessivo de alunos, sendo que um ano letivo é diferente do outro no planejamento das aulas, provas, trabalhos e tarefas.

Um outro aspecto que dificulta o docente de cumprir as suas atribuições é o número de turmas, pois deixar tudo em dia é sempre um desafio e neste ponto o professor precisa organizar muito a sua prática e sua rotina de trabalho.

Para o cumprimento das atribuições docentes no Colégio Zardo, percebe-se que a organização, a união e a comunicação adequada têm feito a diferença. Tem havido um planejamento da equipe pedagógica com tempo hábil para realizar as tarefas propostas. A equipe escolar tem oferecido subsídios suficientes para um bom cumprimento do papel docente: apoio pedagógico e material, inclusive para o uso das tecnologias da informação e da comunicação. A disciplina dos alunos, de modo geral, tem melhorado dentro e fora da sala de aula, já não se vê a correria e desorganização que era comum diariamente nos horários de entrada e saída, pelos corredores dos blocos. Com os alunos entrando de maneira ordenada fica mais fácil de permanecerem assim também em sala de aula.

Por fim, a instituição pode e deve estar sempre investindo para que a aprendizagem seja sempre de qualidade, pois também é responsável pelo êxito do docente, que necessita de condições favoráveis para a execução, com ferramentas adequadas para concluir o seu plano de trabalho. A aprendizagem acontece e é de qualidade com um bom desempenho dos educadores e plano de trabalho bem feito.


QUESTÕES:


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BIBLIOTECA PROFESSOR FRANCISCO ZARDO


A Biblioteca do Colégio Estadual Professor Francisco Zardo está organizada para atender a Comunidade Escolar, tanto Discente, como a Docente, e em casos excepcionais, autorizados pela direção, a Comunidade externa. 
Possuímos um regulamento, aprovado no P.P.P. (Projeto Político e Pedagógico), com normas de uso, prazos, cuidados com os livros e funcionamento da biblioteca, os direitos e deveres dos usuários, bem como os nossos, os ‘Agentes de Leitura’ – ou Agente Educacional II.
Temos espaço próprio na biblioteca para o acervo, para o atendimento – e organização – e espaço para pesquisa e feitura dos trabalhos escolares, sendo que há mesas e cadeiras para os alunos e professores usarem em pesquisas, aulas e/ou atividades extracurriculares.
Um exemplo: a Diretoria do Colégio fez parceria/convênio com a Justiça Federal ocorre no estabelecimento de Ensino. O que ocorre é a prestação de serviços que são caracterizados como: “penas alternativas” pela Justiça Federal. Em contrapartida a Justiça Federal através de recursos próprios da parceria/convênio ajuda o Estabelecimento de Ensino parceiro/conveniado na compra de móveis, mesas e computadores.
Foi o que aconteceu aqui na Biblioteca Professor Francisco Zardo no ano de 2011. Através desta parceria, a Direção melhorou o espaço, conseguindo via parceiria/convênio: 2 computadores novos, com impressoras, para uso dos alunos em pesquisas via web e para que façam digitação de trabalhos. E temos deste mesmo processo um novo computador para uso exclusivo da biblioteca para que possamos organizá-la e desempenharmos nossas funções de administração do espaço. 
Trocamos também, em razão desta parceria entre Colégio e Justiça Federal, todas as antigas estantes da biblioteca por estantes novas de aço o que possibilita a melhor organização de nosso acervo e a melhor aproximação dos alunos com as obras ali disponíveis.

Temos um acervo significativo, todo catalogado em meio digital e com organização por categorias de livros, ex.: Contos Brasileiros, Contos Estrangeiros, Literatura Brasileira, Literatura Estrangeira, História Geral, etc,. Organizamos também através de numeração, doação e procedência, registrando em livro ata. Isso tanto da biblioteca para uso comum de alunos e professores e funcionários, bem como, a ‘Biblioteca do Professor’ que possui espaço junto à ‘Sala dos Professores’. 
Nosso acervo é muito bem cuidado, com reparos nos livros caso venham com algum defeito, mantendo assim os livros em condições de leitura. 
O empréstimo de nossos exemplares é registrado na ficha dos usuários – seja aluno, professor ou funcionário – e em meio digital ou no computador onde é possível o acompanhamento diário de empréstimos e devolução. 
O Prazo de empréstimo é de 10 dias corridos, possível de renovação por até 3 vezes ou mais com justificativa. Caso o livro do acervo seja solicitado por outro aluno, ou seja, mais de uma pessoa queira determinada obra o prazo são os 10 dias.
Estamos em dois funcionários na biblioteca atualmente: Agente Educacional II ou Agente de Leitura:
Rose Mary Fernandes Abreu e Paulo Eduardo Araujo Antonechen.
Com horário organizado para que possamos estar prestando atendimento na biblioteca nos três períodos de aula – manhã, tarde e noite.
Colaboramos e organizamos além do cotidiano na biblioteca a distribuição dos Livros Didáticos para os alunos.
Buscamos atender os alunos, professores e funcionários da melhor forma, auxiliando nas pesquisas, e buscando mostrar que o espaço da biblioteca, seu acervo, é dos que dele fazem uso, ou seja, da Comunidade Escolar e que deve ser usado como tal., que os alunos entrem em contato com os livros, mexam, olhem, folheiem e comecem a ter gosto pela leitura.
Temos um volume relativo de uso do espaço da biblioteca, tanto em pesquisa, quanto em empréstimos. Nossos empréstimos giram em torno de 30 livros emprestados dia. E temos o uso de pesquisas no local e as atividades extracurriculares. 
É desenvolvido também o projeto 15 minutos de leitura, onde os alunos ou trazem livros de casa que queiram ler ou o Colégio disponibiliza via biblioteca para que através de seus professores e professoras levam algumas obras para a sala de aula.
No mesmo prédio estão além da Biblioteca Professor Francisco Zardo, a reprografia e um laboratório de informática, mas não com áreas em comum, apenas no mesmo prédio, pois tanto a reprografia como o laboratório de informática possuem seus espaços.
Há alguns problemas na infraestrutura do nosso prédio, como o piso com alguns tacos soltos e as paredes com sinais, que são problemas do desgaste feito pelo tempo. 
Estamos com pintura programada para as férias do meio do ano, pois não podemos deixar o espaço da biblioteca em período escolar fechado.
De modo geral a Biblioteca Professor Francisco Zardo é um ambiente bem cuidado e organizado.

                                                                          Bibliotecário  Paulo Eduardo Araujo Antonechen
Maio / 2012