O consumo de drogas vem se expandindo mundialmente e constitui, hoje, uma ameaça à estabilidade das estruturas e valores econômicos, políticos, sociais e culturais das nações. O abuso de drogas entre jovens tem sido uma das questões que mais afligem a sociedade contemporânea.
A escola encontra-se diante de um novo desafio e, nesta circunstância, educar para prevenção apresenta-se como a melhor alternativa para o enfrentamento do consumo de drogas entre estudantes. Prevenção significa dispor com antecipação, impedir ou pelo menos reduzir o consumo.
O ato de prevenir o abuso de drogas admite três níveis de intervenção: primária, secundária e terciária. Na prevenção primária o objetivo é intervir antes que o consumo de drogas ocorra. Cabe à instituição escolar promover um estilo de vida saudável nos alunos, desde crianças bem novas até o jovem adulto A prevenção secundária destina-se aos estudantes que apresentam uso leve ou moderado de drogas, que não são dependentes, mas que correm este risco. A prevenção terciária dirige-se ao usuário dependente. No caso dos estudantes que já consomem drogas, a função da escola é prestar auxílio ao aluno na procura de terapia, apoiar a recuperação e reintegrá-lo na escola, no grupo de amigos, na família. Vale advertir que não compete à escola o tratamento, mas sim, encaminhar adequadamente o caso.
A Escola é o lugar privilegiado para intervenções educacionais. Deve elaborar projetos que assegurem ações preventivas intensivas e duradouras, tendo como guia o Plano de Ação e o Programa Preventivo. Na prática escolar, a prevenção ao abuso de drogas torna-se viável por intervenções nas condições de ensino e, principalmente, são direcionadas ao projeto político pedagógico, à gestão escolar e à abordagem educacional, como apresentados na sequência.
Projeto Político-Pedagógico. Inserida num quadro mais amplo de uma educação para a saúde, a prevenção prioriza a adesão aos princípios da vida, a formação de valores e o conhecimento da natureza e do efeito das substâncias psicoativas. Em relação aos psicotrópicos, deve ser levado em conta que a experimentação está iniciando muito precocemente, portanto, a prevenção primária deve começar em crianças de menor idade, em atividades criativas e prazerosas. É necessário que as drogas de abuso estudadas realmente estejam presentes entre estudantes brasileiros, evitando-se erros de enfocar drogas de uso em outros países. A estratégia é enfatizar as drogas lícitas e de fácil acesso, isto é, álcool, tabaco, solvente e medicamento, pela elevada porcentagem de uso entre os alunos, mostrando que todas são substâncias psicotrópicas. Não se pode deixar de discutir o caráter atrativo das drogas: prazer aos sentidos, ter “imagem transgressora”, ser símbolo de “estar na moda”. Igualmente, precisa ser discutida a trajetória do envolvimento com psicotrópicos, evitando-se autoritarismos didáticos, ou mesmo despertar a curiosidade inadvertidamente.
Professor-Aluno. A atuação dos professores é fundamental na educação preventiva, ajudando os alunos a constituírem um sistema de valores pessoal que lhes animem a adotar um estilo de vida, em que o abuso de drogas não encontre ressonância. Acreditamos que o trabalho docente tem mais probabilidade de sucesso com a inserção, no currículo, de conteúdos significativos de prevenção. Também contribui a adoção métodos ativos que incluem oficina, simulação, debate, discussão, diálogo, dinâmica de grupo, psicodrama, jogo dramático, dramatização. Deste modo, é possível proporcionar aos alunos a aquisição de habilidades e experiências que tenham efeito protetor.
Por fim, considera-se premente um trabalho que se contraponha ao consumo de drogas entre crianças, adolescentes e jovens adultos. A educação formal é um dos meios através da qual fazemos a conscientização, a educação e a prevenção e a escola a via natural para os esforços de prevenir o abuso de drogas entre alunos.
QUESTÕES:
Analise a sua prática pedagógica e relate em que momento o assunto abordado no texto influencia e interfere em suas aulas.
Como profissional da educação, qual sua opinião sobre o assunto abordado no texto?
Na atual conjuntura social, o assunto drogas se torna bastante complexo em sala de aula, principalmente quando alunos, ao ser usuário e dependente, compararecem às aulas drogados. Isso interfere no andamento das aulas, pois o aluno, ao estar drogado, se comporta de forma inadequada, tornando-se muitas vezes irreconhecíveis enquanto aluno, pois não respeita a ele próprio e nem ninguém, o que dificulta nossa pedagógica e a aprendizagem de outros alunos.
ResponderExcluirNa minha opinião a escola deve agir em rede, ou seja, conjugar ações de enfrentamento ao tráfico e ao uso de drogas na escola e em seu entorno, tais como: Incentivar cada vez mais a presença da familia na escola; criar parcerias com o setor privado(comércio, indústria e serviços), no combate ao tráfico no entorno da escola; promover ações conjuntas e com a rede de proteção existentes na comunidade, tais como: Conselho Tutelar, Vara da Infância e da Juventude, Patrulha Escolar, Postos de saúde etc., enfim, juntos, promover, colocar em prática as regulamentações do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (SISNAD), regulamentado pelo Decreto nº 5912, de 27 de setembro de 2006, e, também usufluir colocando em prática o Programa Saúde na Escola (PSE) e o Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE) dos Ministérios da Educação e da Saúde..
ExcluirCertíssimo professora Augusta.
ExcluirEsse problema social, com inúmeras outras implicaçoes, só poderá ser amenizado mediante o trabalho em rede.
Na escola, muitas evzes há uam enorme dificuldade em lidar com esse tipo de problemas, porque nao sabemos verdadeira e comprovadamente.
Apenas suspeitamos, em alguns casos.
Porém, a atuaçao conjunta inibe que tenhamos novos e novos participantes no uso indevido de drogas.
Situaçoes de alunos drogados em sala de aula é triste e revoltante.
ExcluirAgir nessas horas é complicado.
Porém, notamos que isso tem sido ocorrência bem pontual em nossa escola.
Concordo Augusta,
Excluirinfelizmente nos tornamos refém desta situação, sendo que sem a patrulha escolar pouco pode ser feito, e infelizmente a patrulha tem várias escolas para atender. Isto ealmente me angústia muito, com as informações que sempre nos chegam
Aline - Química
Prof. Jorge Lalico / Curso técnico em Informática.
ResponderExcluirA interferência se torna perceptível a partir do momento em que foge do controle familiar, e este problema se acentua cada vez mais nas escolas, pois é o espaço em que os jovens buscam se socializar. Isto incorre no sentido que é difícil controlar ou averiguar se o jovem tem intenção de inserir a droga nas escola ou para seus colegas. Esta responsabilidade não é somente da escolas e na escola para controlar o uso de entorpecentes. Infelizmente os interesses políticos estão muito esparsos para buscar alternativas de minimizar a degradação que vem ocorrendo.
Temos de lutar e trabalhar para que os interesses políticos se diurijam ao combate ao uso de drogas.
ExcluirE conscientizar os alunos sobre isso.
Prof. Jorge Lalico/ Disciplina Informática
ResponderExcluirNa minha opinião, o drogado é um doente o qual perdeu seu poder de decisão. Não adianta acondicionar “doentes” em presídios, mas sim dar tratamento adequado para tentar minimizar um problema que é global. Não temos como esconder da juventude o malefício das drogas precisamos conscientizá-los e preveni-los para que eles possam futuramente serem responsáveis para também orientar e ajudar a combater a drogas.
Concordo com isso... é um problema social grave no qual as forças políticas nao tem alcançado êxito.
ResponderExcluirCombater e prevenir acaba sendo mínimo porque nao encontra eco nas forças que deveriam agir.
Muitas vezes a polícia é acionado em algum caso com aluno e simplesmente deixam para a escola resolver.
Triste! Mas real!
Pode ser bastante falho a utilização da inibição da droga como prevenção, nos preocupamos em evitar que ela circule livre por entre os alunos ou até mesmo por pessoas de fora da escola, fazendo isso conseguimos no máximo retardar o uso das drogas pelos alunos. Ao meu ver o que precisamos é trazer o aluno mais mais a escola, sou a favor da presença do aluno em tempo integral na escola, não apenas para estudo mas também para atividades de entretenimento como esportes, teatros, oficinas diversas, seções de filmes e afins. Hoje vejo os alunos muito 'crus' em questão a isso, poucos tem acesso a entretenimento ou qualquer outra ocupação que os tragam prazer, na falta disso é que a esmagadora maioria vai buscar essa necessidade seja satisfeita de alguma maneira e a que temos fácil disponibilidade são as drogas, que dão a promessa de felicidade rápida e a baixo custo inicial.
ResponderExcluirSei que isso é extremamente difícil se concretizar atualmente, mas ao meu ver, essa é melhor de todas as soluções, ninguém busca se drogar se já tiver o que ela dá.
Realmente a inclusao sistemática de atividades culturais e espeortivas contribuem para a construçao de uma personalidade saudável.
ResponderExcluirInteressante que as atividades que existem, na rua da cidadania por exemplo, nem sempre sao aproveitadas pelos jovens.
Infelizmente alguns jovens veeem a escola como local de encontros e possibilidade de ter uma clientela para o repasse de droga.
ExcluirAs drogas vêm como reflexo da falta de muitos princípios que estão se perdendo com o decorrer do tempo, falta de religião, vínculo familiar dentre outros, muitos alunos começam a utilizar para suprir suas carências básicas, ou para não ser ridicularizado pelo grupo freqüentado. Seja no uso de drogas lícitas ou ilícitas, a prevenção ainda é a melhor solução, realizar projetos proporcionando ao corpo docente uma preparação, através de cursos e treinamentos, para atuar junto aos alunos motivando-os a tomar decisões com o desenvolvimento do senso de responsabilidade e insistir para que os problemas de drogas sejam discutidos por todos, recorrendo eventualmente à orientação especializada pode auxiliar e mostrar posteriormente, uma luz no fim desse túnel. Intervir diretamente junto ao usuário não seria uma atitude sensata, pois muitas vezes nem mesmo os familiares, conseguem, os pais devem ser avisados pela escola, pois às vezes, nem sequer percebem o problema ou fingem não perceber, manter essa comunicação com os responsáveis seria de suma importância.
ResponderExcluirJulgar de quem é a responsabilidade apenas ameniza o peso do fardo, estar junto na luta contra as drogas é que pode surtir um efeito prolongado.
Josiane Gomes Soares
È isso aí Josiane, também acredito que a falta de princípios , o amor na família, o diálogo familiar, a ausência dos pais na vida do estudantes tem favorecido a venda de drogas com facilidade entre os estudantes, pois é o que ouvimos :"quase todo mundo compra drogas", logo dá dinheiro, é uma pena que essa visão tão mesquinha tem levado a muitas trajédias familiares. Bem aí penso, vende-se drogas por que hoje é um dinheiro fácil, ou por que falta emprego?
ExcluirSeja um ou outro a família e a sociedade é responsável pela educação e formação dessa geração.
Concordo com vocês. A falta de princípios e valores e a desistrutura familiar é o fator principal do grande número de dependentes de drogas. Mas acho que a influência de amigos e a dita modernidade também colaboram para que muitos jovens façam uso eventualmente e acabem sem perceber se tornando dependentes. Nossa missão enquanto educadores é de suma importância no auxílio a prevençâo, na orientação e comunicação aos pais quando percebermos o problema. É muito triste ouvir quase que diariamente que perdemos alguém que já esteve tão próximo de nós.
ExcluirDilene
Infelizmente onde a familia não esta presente, notamos o maior problema.
ExcluirAline
Escreveu bem sobre a questao da prevençao... que é nosso papel.
ResponderExcluirIntervir com drogados nao nos compete... é papel da familia e poder público da àrea de saúde.
E lutar contra as drogas, prevenir e combater o uso... isso podemos e devemos agir.
Quando surgem oportunidades e conteúdos relacionados ao tema, procuro dirigir informações adequadas sobre assunto dentro da perspectiva de prevenção primária e secundária. Os conteúdos devem ser contextualizados a fim de que o educando possa refletir e supostamente prevenir atitudes pessoais com relação ao assunto.Prof. Euclides.
ResponderExcluirNa disciplina de geografia não tem como não entrar nestas questões. Ao analisar o espaço geográfico construído pelo homem nos últimos cinqüenta anos, que por excelência, na América latina, escolheu viver em grandes cidades, além de outros problemas típicos de países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, nós nos deparamos com este problema. O educando tem que aprender a ver esta questão como um problema social intrincado, desafiador para as autoridades competentes; ao mesmo tempo muito próximo de sua realidade e do qual preferentemente ele deverá se esquivar devido às múltiplas implicações que possam advir.
ResponderExcluirEm muitos momentos me coloco a refletir sobre este tema que tem deixado pais, professores e sociedade em geral com as mãos atadas.
ResponderExcluirSão muitos jovens que usam as drogas, e elas estão chegando antes de uma boa amizade, antes de uma boa educação, antes de uma boa relação familiar, antes da pessoa conhecer a trajetória do envolvimento com psicotrópicos. Pensando nisso imagino que precisamos urgentemente desenvolver projetos no colégio que promovam uma amizade legal entre todos, sem que a droga precise preencher , eu diria , um vazio existencial na vida do aluno, que a busca para canalizar até mesmo uma vida vazia, sem amigos, sem família presente, então acaba sendo acolhido pelas drogas, como se ela fosse resolver todos os problemas existenciais.
Cabe a nós educadores refletir melhor nosso papel como educadores, conscientizando-se que nas condições de ensino podemos trabalhar com a prevenção e nos casos já agravados, encaminhar, orientar a família para ajudar o educando usuário. Uma solução aqui não vai, mas sem dúvida podemos levar os aluno a uma prática de vida saudável sem precisar da amizade das drogas que leva sim ao princípio da morte.
Professora Dalila / Língua Portuguesa - noturno
Concordo Dalila. Também penso muito sobre isso e creio que o aumento do uso de drogas está relacionado a outros problemas ditos"da modernidade". Me preocupo sobretudo por ser pai e pela angústia que isso traz, pois apesar de fazermos tudo o que está ao nosso alcance, em termos de aconselhamento e formação de valores sólidos, não temos controle sobre o futuro e sobre as influências que nossos filhos podem vir a sofrer...Quanto a nós na escola, creio que se conseguirmos nos despir dos preconceitos, também em relação a isso, já é um bom começo.
ExcluirA escola tem como desafio abraçar esta causa em conjunto com a família, orgãos competentes e sociedade, concientizando a criança, o adolecente ou jovem e adulto também de forma diversificada, para que o mesmo compreenda a importância e a satisfação de sentir prazer em ser saudável.
ExcluirInfelizmente o problema é de todos, podemos não acabar com as drogas, mas contribuir para que o problema não se alastre é possível.
Concordo com um dos comentários referente a programa esportivo e cultural também que fazem a diferença muitas vezes, mas a base sempre será a família. Profa. Ana Lucia - Artes
Na minha opinião esse tema é polêmico e gera muita curiosidade nos alunos uma vez que a mídia aborda com freqüência, nos noticiários, novelas e filmes. Creio que a escola deve orientar e ajudar a prevenir os nossos jovens juntamente com a família e comunidade. Num projeto contínuo que vai desde as série iniciais até o termino do estudo. Pois percebe se que os jovens passam uma parte do dia na escola a outra parte fica da responsabilidade da família, que tem a obrigação de orientar... e eles estão numa fase de curiosidade e transformações e isso gera conflito interno que as vezes procuram resolver com o consumo de bebidas alcoólicas, cigarro ou entorpecentes e sabemos que junto com o uso das drogas vem a violência.
ResponderExcluirE cabe a nós professores trabalhar essa complexidade, mas claro que as vezes não conseguimos trabalhar esse tema em uma aula e as vezes não estamos preparados para responder algumas questões abordadas por eles, não por falta de conhecimento mas creio que de preparação de como abordar de uma maneira didática e uma linguagem que corresponda aos anseios deles.
Daí uma sugestão de criar um projeto junto com a família e comunidade para trabalhar essa questão tão complexa e presente na nossa sociedade.
Solange Froguel / Geografia