Por: Eliaquim Barbosa Pereira
1 INTRODUÇÃO
O problema da indisciplina em sala de aula em todas as escolas têm sido sem dúvida, uma das maiores preocupações existentes entre os educadores em todo o Brasil. Pesquisas pedagógicas têm demonstrado o quanto se perde tempo em sala de aula com questões de disciplina. O mais importante é descobrir onde e como o problema se manifesta, para então, se encontrar soluções e tentar amenizar o quanto antes a situação.
Assim, o objetivo deste trabalho é através de uma pesquisa quali-quantitativa, fazer uma análise dos fatores responsáveis pela indisciplina em sala de aula. Assim, pode-se mencionar diversos fatores pelos quais a indisciplina se manifesta: conversas paralelas; dispersão; falta de respeito com os professores em sala de aula; negam-se a participar das aulas; saem no corredor na mudança de professor; merendam na sala de aula em horário de aula; fazem bagunça na sala de aula no horário em que não tem ninguém; professores sem autonomia em sala de aula;
No final deste trabalho, espera-se contribuir para a melhoria de métodos e metodologias que ajudem na redução cada vez mais significante da indisciplina em sala de aula.
1.1 JUSTIFICATIVA
A questão indisciplinar é uma das principais temáticas que preocupam professores, gestores e demais membros da comunidade escolar. Dentro desta realidade constitui-se necessário conceituar disciplina para só então se entender o que é indisciplina.
Na realidade em que convivemos a herança secular que a humanidade desenvolveu do individualismo, no qual interesses particulares sobrepõem-se aos coletivos, os interesses de dominação sobrepõem-se aos de emancipação humana. Neste contexto a disciplina se torna um instrumento de autoritarismo.
Na escola o pivô da indisciplina é o aluno (senso comum), mas que fatores mais estão envolvidos nesta questão tão complexa que é tratada de forma tão simplória e assistêmica?
Pensando nesta temática que elaboramos o presente projeto: indisciplina em sala de aula, tendo para isso a observação de alunos do ensino médio, no município de Alto Alegre.
1.2 PROBLEMÁTICA
Quais os fatores que contribuem para a ocorrência da indisciplina em sala de aula?
2 MARCO TEÓRICO
2.1 INDISCIPLINA NO ÂMBITO ESCOLAR
A escola é uma instituição extremamente complexa. Sua função tradicional é a de facilitar a inserção do indivíduo no mundo social. O indivíduo deve aprender as formas de conduta social, os rituais e as técnicas para sobreviver (SANTOS, 2006).
A relação entre a escola e a sociedade ainda precisa ser construída, no contexto educacional atual, em substituição ao fracasso escolar. (PIROLA, 2007).
Segundo a autora, o problema da indisciplina escolar é um grande desafio aos objetivos educacionais, pela não organização e normalização das atividades e relações em sala de aula para que a aprendizagem dos conteúdos curriculares se efetive. Assim, esse fator atrapalha o desenvolvimento do trabalho pedagógico em relação à qualidade de ensino, abalando o desempenho tanto dos estudantes, quanto dos docentes.
O professor é importante não somente como figura central, mas como coordenador do processo educativo, criando espaços pedagógicos interessantes, estimulantes e desafiadores, para que neles ocorra a construção de um conhecimento escolar significativo. (SANTOS, 2006).
Para este autor, algumas estratégias podem ser feitas pelos professores para prevenir comportamentos indisciplinados, por seus alunos em sala de aula: Refletir sobre as atitudes e funções do professor; Planificar a aula cuidadosamente em todos os seus momentos, com intuito de promover a concentração; Cativar os alunos para a sua disciplina; Observar, atentamente, cada aluno; Favorecer o desenvolvimento da autoconfiança; Fomentar o respeito mútuo entre os alunos e entre os alunos e o professor; Discutir com os alunos o regulamento de uma turma, respeitando-o e fazendo-o respeitar.
Quanto à questão da indisciplina, é apresentada pelos professores uma visão limitada e restrita desse comportamento, o que acaba por eximir a escola de responsabilidades sobre o problema. Trazendo assim ausência de clareza de pressupostos, partindo dos professores, em relação à função da escola e a visão que têm de sua ação pedagógica, (PIROLA, 2007).
Para Pires (1999), A família e a escola mudaram de modo significante nos últimos tempos. Para o autor, a família antes era cúmplice da escola, mas infelizmente hoje, tem depositado suas funções e delegado suas responsabilidades à ela, e assim mesmo tem a criticado, assim os alunos vêm a escola com menos limites trabalhados conquistados pela família.
Segundo Buscaglia (1993) “a família é definida como um sistema social pequeno e interdependente, dentro do qual podem ser encontrados subsistemas ainda menores, dependendo do tamanho da família e das definições de papéis”.
Para Aquino (1996), é impossível negar a importância e o impacto que a educação familiar tem sobre o indivíduo. No entanto seu poder não é absoluto e irrestrito. Neste sentido é preciso que a estrutura familiar adaptar-se às circunstâncias novas e transforme determinadas normas, sem deixar de constituir um modelo de referencial.
Para Pires (1999), a indisciplina na sala de aula se comparada à indisciplina social não é tão grave. Outro fator importante é a questão da disciplina muitas vezes, não ser exigida dentro em determinadas famílias. O comportamento de alguns pais muitas das vezes tem deixado a desejar na educação dos filhos, que por sua vez acabam por tornar rebeldes, chegando a ter atropelos entre os amigos na escola.
Segundo Aquino (2003). “a indisciplina traduzir-se-ia numa espécie de efeito de inconformidade, por parte do alunado, aos anacrônicos padrões de comportamento nos quais as escolas ainda parecem inspirar-se”. Neste sentido, enquanto houver professores impondo comportamento, sempre haverá alunos protestando e procurando meios de fugir destas regras que lhes parecem ser arbitrárias.
Pode-se mencionar alguns tipos de indeisciplina que geralmente ocorrem em sala de aula, tais como: Cochicho entre alunos enquanto o professor ministra a aula; Troca de mensagens e de papelinhos durante a aula; Exibicionismo ( geralmente entre os adolescentes); Discussões entre grupos de alunos, de maneira a provocar agitação geral dentro de sala de aula, em relacao ao que o professor explica ou outro assuntos impertinentes na aula; Perguntas contestadoras, de moda a insinuar que o professor nao domina e nem entende o assunto.
Segundo Antunes (2002), Por classe indisciplinada, entende-se ser toda aquela que:
Não permita aos professores oportunidades plenas para o desenvolvimento de seu processo de ajuda na construção do conhecimento do aluno;
Não ofereça condições para que os professores possam “acordar” em seus alunos sua potencialidade como elemento de auto-realização, preparação para o trabalho e exercício consciente da cidadania;
Não permita um consciente trabalho de estímulo às habilidades operatórias, ao desenvolvimento de uma aprendizagem significativa e vivências geradoras da formação de atitudes socialmente aceitas em seus alunos.
E em relação às causas, ainda segundo Vasconcelos (1993), a indisciplina pode ser classificada em cinco grandes níveis: Sociedade, Família, Escola, Professor e Aluno.
Quanto a disciplina, cabe aos professores procurarem resgatarem valores do passado, assim como proporcionar aos alunos que estejam aberto aos novos valores e disciplina em sala de aula. Isso mediante propostas relacionadas as condições sociais, políticas, econômicas, culturais.
Não há dúvida que a Escola é um local onde acontece muita coisa, onde confluem muitos problemas que vêm do exterior para dentro. As comunidades escolares são grandes, há grande diversidade de personalidades, há muita gente em interação e não é fácil de gerir todos os problemas causados pela interação entre tanta gente.
Aquino (1998) menciona que no Brasil os “alunos problema” ou indisciplinados surgem na escola de forma concomitante ao fracasso escolar decorrente do processo de escolarização inicial. O autor considera duas tônicas fundamentais que sustentam a reflexão acerca da questão da indisciplina.
O problema da “indisciplina dos alunos”:
um olhar para as práticas pedagógicas... e da violência na escola;
uma de cunho sociologizante – determinantes macro-estruturais;
clínico-psicologizante – diagnóstico de caráter evolutivo ou patológico.
No que diz respeito às origens e causas da indisciplina, aparecem fatores como: estrutura familiar e situação sócio-econômica da sociedade como sendo os principais responsáveis por essas semelhanças Lobato (2006), idade de educar os filhos exclusivamente para a escola. Pappa (2004), para os professores, as famílias jogaram o peso da responsabilidade em seus ombros. Na verdede os alunos “são na escola” o que “trazem de casa”.
3 METODOLOGIA
Neste trabalho os dados foram analisados tendo por base a pesquisas quali – quantitativa. Usando Método Hermenêutico, por meio de Método Análise de Conteúdos. Os dados analisados se fizeram por análises e interpretação das respostas dadas pelos alunos e professores por meios dos Icds (Instrumentos de Coleta de dados) aplicados aos mesmos. O caminho metodológico valeu-se de outros métodos. Dentre eles pode-se mencionar: empírico: baseado na experiência e na observação; análise de conteúdos de livros, revistas e artigos; análise dos Icds ( Instrumentos de Coleta de dados), respondidos pelos pais e alunos e por meio de seus levantamentos de dados a fim de registrar e discutir melhor a concepção do perfil do professor.
Esta metodologia foi escolhida por a ser que mais se enquadra nos propósitos do trabalho. A seguir são feitas as análises por meio de um paralelo entre as respostas obtidas dos alunos confrontando-as consequentemente com as posições atribuídas pelos professores, os comentários serão respectivamente fundamentados por citações feitas por vários autores relacionados com os temas.
4 ANÁLISES DOS DADOS ( PERGUNTAS AOS ALUNOS E PROFESSORES)
4.1 QUEM SÃO OS PRINCIPAIS RESPONSÁVEIS PELA INDISCIPLINA NA ESCOLA?
Neste aspecto tanto para alunos (com 34%) quanto para professores (com 38%), a escola é a principal responsável pelo fato do aluno ser indisciplinado, talvez essa afirmativa tenha ocorrido a grande responsabilidade que a escola tem de formar cidadãos, e que alguns casos tem deixado a desejar.
A escola tem deixado de ser e ter um papel integração dos alunos. Na verdade as maiorias das escolas não estão preparadas para enfrentarem diversos problemas atuais. A indisciplina na Escola Pública é um problema de graves proporções, prejudicando ensino e aprendizagem e a construção de uma escola com alta qualidade de ensino.
Deve-se discutir e propor estratégias que resolva o problema, contratando profissionais capacitados e preparados para exercer juntos aos professores e demais educadores, com formação pedagógica, psicológica.
O segundo fator mencionado tanto pelos alunos (com 25%) quanto pelos professores (com 23%), como sendo responsáveis pela indisciplina, foi os alunos. Parece ser difícil a diminuição da indisciplina na sala de aula, devido a fatores como a necessidade de convívio deste aluno na sociedade, até por que o aluno tem na vida social a maior parte do seu tempo ligado aos estudos.
Papel do professor seria apenas o de mediador, orientando-os, ouvido-os nas discussões e com esses dados nas mãos, encontrando juntos meios pelos quais tanto alunos quanto professores possam sair com êxito deste processo que é tão importante, que é o ensino e aprendizagem.
Outra forma de ajudar os alunos é o professor usar de artifícios que prendam a atenção dos alunos, não com ameaças ou brincadeiras, mais de fora que o aluno esteja sempre a vontade com o professor, isso vão sem dúvida ajudar na comunicação. Isso só seria possível se houvesse um equilíbrio entre o adulto e o adolescente, professor e aluno, que todos pensassem como os alunos.
O terceiro fator relatado pelos alunos (com 17%) e professores (com 15%), como sendo responsável pela indisciplina em sala de aula, foi os professores. Neste sentido, vale ressaltar que os professores têm em suas mãos uma árdua missão que é de sempre desenvolver de maneira inteligente, novas metodologias de forma a tornar a aula cada vez dinamizada.
Se isso não ocorre, consequentemente surgi motivos para se instalar a indisciplina no âmbito escolar, até por que a indisciplina escolar não acontece apenas por problemas dentro da escola, ela pode surgi de vários fatores, como a desestruturação das famílias, o aluno com uma família desestruturada acaba não conhecendo limites impostos pelos pais, e quando chegam na escola ao sabem e nem querem saber de cumprir regras.
O professor é antes de tudo um educador, aquele que tem o papel de não só transmitir conhecimentos, mas facilitar o conhecimento de idéias, valores e princípios, para então poder formar uma determinada personalidade do educando.
Quanto ao papel do gestor escolar é importante que se diga a direção de uma escola deve continuamente proporcionar subsídio ao docente e aos alunos, mantendo assim presença ativa no espaço escolar, estabelecendo relacionamento informal com professores, pais e alunos.
É importante que a direção escolar faça o papel de um administrador-gestor com o objetivo de conseguir parcerias no âmbito da educação; faça implantação de inovações educacionais; desenvolva novos estudos com os alunos; e consequentemente implante estratégias de aprendizagem significativa.
Para complementar a aprendizagem, é importante que as escolas também cuidem do seu lado estrutural, aprimorando e melhorando todos os aspectos a imagem da escola, com a utilização de atividades extracurriculares de modo a valorizar definitivamente o papel da escola em relação a visão do aluno.
4.2 O QUE GERA A INDISCIPLINA?
Quanto aos aspectos que geram a indisciplina na escola ( ver tabela II), alunos e professores concordam nas respostas, para eles (53% dos alunos e 34% dos professores) o maior responsável são os alunos que não querem estudar, isto de certa forma tem acontecido por falta de relacionamento entre professor/aluno.
Isto acontece devido a problemas particulares de ambas as partes, que acabam descarregando em sala de aula. Neste caso caberia aos professores ter mais paciência e tentar se aproximar dos alunos, procurando descobrir os motivos pelos quais estão sendo indisciplinados, ou até mesmo agressivos, visto que na maioria das vezes a falta de atenção acaba por gerar conflitos.
Neste sentido são vários são os fatores que podem gerar a indisciplina: valores familiares; história de vida; tipos de personalidade; professores sem metodologia, inseguros, agressivos ou rigorosos.
Vale ressaltar que por si só o ser humano não nasce indisciplinado, isso depende da educação que recebe tanto na família quanto na escola. É preciso que os professores sejam firmes em suas posições, muitos professores não têm mais o controle das salas de aula. É preciso mais consciência, diálogo e menos agressividade por parte de alguns professores.
Por outro, existem professores que têm os alunos como responsáveis pela indisciplina, para eles os alunos precisam ter consciência que têm direitos e deveres, que nem sempre é preciso lembrar só dos direitos. Lembram que a principal causa de indisciplina parte de alunos mal assistidos tanto pelos pais quanto por alguns dos próprios professores.
Quanto ao segundo fator que geram indisciplina, alunos e professores continuam pensando da mesma forma quando dizem (22% dos alunos e 20% dos professores) que é o fato dos pais deixarem os filhos sempre à vontade. Com isso, significa dizer que os pais são muito importantes na educação dos filhos.
Existem pais que liberam os filhos muito cedo para: irem onde quiserem; verem todo tipo programa na televisão, visto que é mostrada muita violência; Bater papo por várias horas na internet, algo sem e menor utilidade.
Nada disso pode levar o aluno a desenvolver o raciocínio ou treinar o lado sentimental/emocional. Tem pais que não se preocupam com seus filhos, se esses estão aprendendo ou não, nem ao menos vão a escola em uma reunião de pais e mestres. Isso faz com que o aluno cresça assim, indo para a adolescência pensando que tudo é fácil, se acostuma e só querem tratar as pessoas com gritos, gírias e palavrões.
Para 13% dos alunos, os pais que não corrigem seus filhos, são os principais responsáveis pela geração da indisciplina, enquanto que para 22% dos professores, são os alunos que não têm respeito com os professores. Acredita-se assim que a indisciplina escolar sempre estará relacionada com a educação familiar, e a culpa estar muitas das vezes em pais que mimam demasiadamente seus filhos, e estes ficam a vontade e fazem o que quiserem.
Para concluir, 7% dos alunos, acreditam que são os alunos que não respeitam os professores e as escolas com regras rígidas, que gera a indisciplina, enquanto que para os 11% dos professores, são os pais que não corrigem os filhos e as escolas com regras rígidas. Isso no faz refletir que tanto alunos quanto professores estão pensando de maneira quase idêntica, há certo equilíbrio e coerências em suas respostas, ambos reconhecem a gravidade do problema e sabem que algo precisa ser feito no intuito de procurar soluções que resolvam o problema.
Acredita-se que a indisciplina em sala de aula tem como origem em outros vários fatores, entre eles, a ausência dos pais na escola ( seja para acompanhar o andamento dos filhos ou participar da reunião de pais e mestres); aulas sem criatividades; e ainda professores que lecionam sem motivação. Torna-se preciso que algo seja feito, no intuito de encontrar meios que resolvam este problema.
Os principais fatores que provocam a indisciplina na sala de aula são: a família; a crise de valores e ética; em muitos casos, o próprio professor; e os meios de comunicação de massa, que dependendo de como são usados acabam influenciando de forma negativa no processo de ensino e aprendizagem.
4.3 COMO A INDISCIPLINA PODE SER SUPERADA NAS ESCOLAS?
Neste aspecto, a maioria dos alunos e professores mencionaram o mesmo fator como sendo o melhor meio de superar a indisciplina em sala de aula, para 53% dos alunos e 56% dos professores, a família e escola em parceria, teriam muitas utilidades no combate a indisciplina em sala de aula.
Um dos fatores que influenciam a indisciplina pode ser a falta de comunicação da própria família dentro de casa, pelo fato de muitos jovens não encontrarem apoio e terem que procurar em uma pessoa, talvez errada, que lhe acaba lhe colocando no mau caminho.
Problemas familiares de fato influenciam no comportamento do aluno em sala de aula, e em muitos casos os próprios pais são os responsáveis, por darem à estes alunos excessiva proteção. Existem fatos também relacionados carências sociais; influências recebidas de pessoas erradas; desmotivação dos alunos para todas as matérias postas em sala de aula; envolvimento com drogas; métodos de ensino tradicionais fixação, agressividade, desafio a autoridade do professor e falta de capacidade de alguns professores controlarem a turma.
A família de fato tem grande poder de decisão na educação do aluno. A disciplina é um tipo de postura que está ligada ao convívio e criação, e não pode ser considerada como uma ação originada apenas de uma vertente.
Todos (a sociedade, a família, a escola, o professor) ajudam na formação da criança. A indisciplina não inicia na escola, vem de casa. A família que não proporciona ao filho um bom alicerce acaba sofrendo as conseqüências. Assim, tanto moral quanto ética pode dar ao aluno probabilidade de se tornar uma pessoa disciplinada.
Neste sentido família e escola não podem andar separadamente, nem pouco trabalharem com objetivos contrários, se cada parte dentro de suas possibilidades e limitações, teremos alunos cada dia mais disciplinado. Entra aí os pais pela família e os professores defendendo as escolas.
Neste sentido, Vasconcelos[1], relata que, a maioria dos professores sabe o que devem fazer. Mas não fazem, devido:
Não acredita mais profundamente, não está convencido: (da proposta em si - não tem segurança de que seja o caminho correto; da eficácia da proposta - acha que talvez seja muito pouco em relação ao tamanho do problema, que não vai resolver.
Não sabe como fazer; uma coisa é ter ouvido falar, outra é ter competência para colocar aquilo em prática.
Não vê condições para fazer. (seja efetivas (fruto de uma análise mais criteriosa da realidade; seja fruto de sua percepção, sem muita base o real)
Acredita-se que muitas das vezes a indisciplina esteja diretamente ligada aos objetivos da escola, muitos professor sente-se ameaçado em relação à suas limitações e pelo fato dos acessos que os educandos têm às informações. Infelizmente algumas escolas, não valorizam o diálogo e agem como se fossem donos da verdade.
O professor deve assumir algumas atitudes, que se forem estabelecidas desde cedo em sala de aula, contribuirá no combate a indisciplina: mostrar-se sério nas primeiras aulas, não tendo um sorriso fácil; impedir ou limitar as saídas durante a aula; não permitir que se levantem do lugar sem que peçam autorização; não permitir que troquem materiais sem que peçam autorização; dispor os alunos em lugares fixos de modo a favorecer a cooperação e a concentração; quando um aluno ou o professor fala os outros escutam.
Se o professor assumir uma atitude disponível mais realista, dando confiança aos alunos mais sem perder a situação e sem se mostrar inutilmente permissivo, é possível que consiga evitar alguns conflitos.
Em segundo lugar alunos e professores se divergem nas opiniões, para 33% dos alunos, escolas com regras rígidas ajudaria combater a indisciplina, já para 22% dos professores, uma maior participação da família, seria necessário para ajudar a questão da indisciplina.
Segundo Antunes, (2002): Ensinar não é fácil e educar é mais difícil ainda; mas não ensina e não educa, quem não define limites, quem não constrói democraticamente as linhas do que é e, do que não é permitido. Para o autor, o aluno só cresce se tiver diante de um desafio, isso deve ocorrer diariamente, desde que os limites estejam e sejam claros. As escolas precisam estabelecer regras de fatos mais rigorosas, caso contrários os alunos vão continuar fazendo o que bem entenderem e os professores continuarão sem poder fazer muita coisa. A escola tem que dar condições aos professores para que estes possam assumir atitudes de controle na sala de aula, eles precisam saber que de fato têm poderes nas mãos, o importante é saber como e quando usar.
Só uma grande parceria entre alunos, pais, escola, família e sociedade será capaz de fazer com que a indisciplina seja minimizada tanto nas escolas publicas quantas nas privadas. Além de colocar-se em prática o diálogo, que sem dúvida é o ideal para que qualquer problema. O respeito entre professor e aluno deve ser recíproco, por meio de interação e discussões, nunca esquecendo dos direitos e as obrigações de ambas as partes.
4.4 SÃO CONSEQUÊNCIAS DA INDISCIPLINA
Alunos e professores começam discordando em um ponto, enquanto 41% dos alunos atribuem como maior conseqüência da indisciplina o alto índice de reprovação e repetência, 67% dos professores dizem ser o desrespeito com os pais, professores e gestores, talvez esta discordância se dê pelo ato de ambas as partes estarem de lados diferentes. Os alunos de certa forma acabam por assumir a culpa e serem consciente de que só eles de fato perdem por serem indisciplinados, isso segundo eles mesmos os deixariam reprovados e consequentemente muito repetentes por vários anos.
Já os professores, culpam também os alunos, dizendo que os mesmos não têm respeito por pais, professores e gestores. Na verdade ambas as partes parecem estarem certas, visto que esses problemas acontecem com freqüência em sala de aula.
O problema da indisciplina é um problema de grandes proporções em muitas escolares, prejudicando o andamento do ensino e aprendizagem. É preciso métodos que resolva o quanto antes este problema. Neste sentido, é imprescindível educador capacitado e apto a atuarem em sala de aula. Resta apenas que os órgãos competentes façam cada qual sua parte.
A indisciplina tem gerado polêmica e afetado escolas, é aí que deve entrar o professor com pedagogias visando a melhoria do processo de superação deste problema, pois a vida social dos alunos pode refletir de forma negativa ou positiva no âmbito escolar, considerando a violência, a exploração do trabalho infantil que infelizmente acontece com freqüência nos dias de hoje.
Em segundo lugar para os professores (11%), ficaram a violência nas escolas, desmotivação dos alunos e o Alto índice da reprovação. Já para os alunos, foi citado como segundo fator o alto índice de reprovação.
Em se tratando da questão levantada quanto a violência nas escolas, Pirola (2007), menciona que:
Em ambos os casos, a violência portaria uma raiz essencialmente exógena em relação à prática institucional escolar e a palavra de ordem passa a ser o encaminhamento do aluno às diversas instâncias. Em relação a esse dado, a literatura é bem vasta em estudos que apontam o quanto há de razões simplistas nos procedimentos de encaminhamento realizado pelos professores.
Um dos motivos de violência nas escolas pode está relacionado com a estrutura que este aluno tem recebido em casa, depende muito da criação dos pais para que constitua no aluno um padrão de vida adequado ou não.
Assim pode-se dizer que se torna importante que os professores adotem epistemologia significativa na prática profissional, que estejam convictos de seus papéis na formação do aluno, na qualidade de profissionais de suas habilidades, assim terão condições de possuírem estratégias para enfrentar situações deste tipo. A violência depende da estrutura familiar e esta de qual tipo de vida leva os pais destes alunos, a indisciplina não é só um problema do Brasil.
A violência praticada tanto na escola quanto em casa tem sido resultado da indisciplina. Violências que acontecem desde o abuso sexual, a moradia precária, localidade de difíceis de acesso, abandono dos pais. Sem contar que as drogas tem feito com que em muitos casos, para a maioria destes alunos tenha chegado o fim da sociedade, que estes mesmos fiquem sem saída.
Quanto à falta de motivação citada por 13% dos alunos e 11% dos professores, vale lembrar que este aspecto está relacionado a vários fatores, como por exemplo, um reflexo da ausência de condições de uma adequada educação familiar. A desmotivação dos alunos e o desinteresse por aquilo que o professor esteja lecionando em sala de aula ou qualquer outro comportamento inadequado, seja tão somente querer chamar atenção do professor sobre a forma de ensino ou estratégias por ele usada.
Neste sentido, cabe ao professor ser manter regra os alunos e não sair do que foi combinado, o que causaria com certeza a indisciplina. Importante é que o aluno traz consigo valores e atitudes. A indisciplina também pode surgir por outro motivo, o de valorizar relações com os outros.
Assim é necessário que fatores como: imaturidade, vadiagem, desatenção, incapacidade de fixação, baixo rendimento escolar, agressividade devem ser pesquisadas como sintomas de distúrbios mais profundos, que precisa ser com toda atenção o quanto antes.
4.5 AS MAIORES VÍTIMAS DA INDISCPLINA DOS ALUNOS SÃO
Neste aspecto alunos e professores concordam em relação à quem é a maior vítima da indisciplina em sala de aula, com 66% dos alunos e 37% dos professores, ambos disseram que os alunos são na verdade os grandes prejudicados pela indisciplina em sala de aula.
O engraçado é que os alunos são vítimas de uma indisciplina que segundo eles, é causada por eles mesmos, estes alunos ( indisciplinados ) são assim por fatores como a própria natureza ou por circunstâncias que os forcem ou estimulam a agirem assim. Neste sentido pode-se destacar duas correntes teóricas fundamentais: Uma se refere ao que defende Thomas Hobbes, onde diz que a indisciplina é uma tendência natural de todo o ser humano, está inscrita no seu código genético. O Estado, a educação e a cultura, atuam como freio destes impulsos anti-sociais. Estamos assim dependendo de haja sempre a nosso favor um estado que seja sempre forte e capaz de manter a ordem.
Esta outra diz que a natureza humana é uma espécie de recipiente vazio, pronto a ser preenchido pelos estímulos que recebe do exterior. Conforme a natureza destes estímulos assim será a criança, o adulto. O que o homem é depende das circunstâncias que lhe ocorre.
Por causa desta indisciplina muitos acabam perdendo o direito de viverem numa sociedade mais justa e consequentemente de serem cidadãs aptos de construírem um futuro melhor a si mesmo e suas famílias. Como exemplos de indisciplinas causadas por alunos e conseqüências sofridas por eles mesmos, pode-se citar:
Perturbação pontual que afeta o funcionamento das aulas ou mesmo da escola;
Conflitos que afetam as relações formais e informais entre os alunos, que podem atingir alguma agressividade e violência, envolvendo por vezes, atos de extorsão, violência física ou verbal, roubo, vandalismo;
Conflitos que afetam a relação professor-aluno, e que em geral colocam em causa a autoridade e o estatuto do professor;
Vandalismo contra a instituição escolar, que muitas vezes procura atingir tudo aquilo que ela significa.
Vale ressaltar que indisciplina não significa necessariamente violência, por causa da indisciplina pode-se chegar à violência, mas não quer dizer que esta tem que ocorrer. O que acontece á que infelizmente se passa a idéia de que só há indisciplina se houver de fato algum tipo de agressão aos colegas.
O segundo ponto mais destacado pelos alunos foi a “comunidade escolar” como sendo a segunda maior vítima da indisciplina. Já para os professores (24 %), os próprios professores estão em segundo sugar quando se trata de vítimas da indisciplina. Isto de deve muitas das vezes por falta compreensão e respeito vindos dos alunos em sala de aula.
Infelizmente existem hoje alunos que não respeitam os professores e descarregam toda sua ira no educador. Entre tipos de indisciplina mais comuns podemos citar: apatia do grupo; cochicho; troca de mensagens e de papelinhos; exibicionismo; perguntas que colocam o professor constrangimento ou desvalorizem o conteúdo lecionado; discussões freqüentes em sala de aula; e comentários inoportunos.
Fatos assim acabam por deixar os professores sem ter muita coisa pra fazer, até por que na verdade alunos sempre têm mais direitos que professores. A indisciplina muitas das vezes acaba sendo uma espécie de respostas à autoridade imposta ao professor quanto ao ato de lecionar.
Professores e alunos precisam manter um equilíbrio em respeito, para que o professor possa ter condições de fazer seu trabalho, até por que todos os alunos têm direito de receber um conjunto de medidas educacionais pedagógicas e psicológicas que desenvolvam em si uma aprendizagem significativa. Se alunos, pais e professores não estão satisfeitos, é necessário parar e pensar, e se preciso, rever métodos e metodologias que aprimore cada dia mais a aprendizagem.
Ter maior autonomia para lidar com a indisciplina, é um dever do professor na sala de aula. Não só o professor, mas que gestores, pais e alunos possam trabalhar juntos no intuito encontrarem soluções pertinentes para a resolução do problema. O apoio pedagógico nesse momento é imprencidível para que o processo de ensino e aprendizagem seja mais eficiente.
Neste caso, Gómez (2000), relata que:
O ensino é uma atividade prática que se propõe dirigir as trocas educativas para orientar num sentido determinado as influências que se exercem sobre as novas gerações. Compreender a vida da sala de aula é um requisito necessário para evitar a arbitrariedade na intervenção. Mas nesta atividade, como noutras práticas sociais, como a medicina, a justiça, a política, a economia, etc., não se pode evitar o compromisso com a ação, a dimensão projetiva e normativa deste âmbito do conhecimento e atuação.
Deve-se proporcionar a atividade da disciplina, até por que a disciplina deve formar o aluno “como pessoa capaz de pensar, de estudar, de dirigir ou de controlar quem dirige” (Gramsci).
4.6 ELEMENTOS QUE LEVAM OS ALUNOS À SEREM INDISCIPLINADOS
Para alunos (com 67%), e pais (com 37%), a falta de limites, educação e valores, são os grandes responsáveis por fazer com que os alunos sejam indisciplinados. São três fatores que precisam ser trabalhados com mais atenção tanto pelos pais, quanto pela escola, neste aspecto, todos têm parcelas de obrigações a ser desenvolvidas no sentido de ajudar os alunos se desenvolverem melhor em sala de aula.
O fato de alunos serem indisciplinados e muitas das vezes agressivos em sala de aula, não deve ser atribuído somente ao professor, os pais também têm responsabilidades.
Infelizmente a indisciplina acorre em sala de aula, atribuída à falta de limites que geralmente não é imposta pela família, a qual por vários motivos deixou de ter controle sobre seus filhos, assim o respeito deixou de fazer existir em casa e muito menos no âmbito escolar. É necessário um grande e dificultoso trabalho de estruturação na família, na escola que está em alguns aspectos deixando a desejar a sua função.
Os valores adquiridos em casa têm um grande significado na vida estudantil do aluno, a indisciplina pode surgir de valores familiares, história de vida da família e consequentemente do aluno; tipos de personalidade contida na mentalidade do aluno; professores com metodologia já ultrapassadas, as vezes de certa forma até mesmo inseguros.O ser humano nasce disciplinado, s e vai continuar ou tornar-se indisciplinado, vai depender do viver adquirido ao longo da vida diária, isso depende muito da família e da escola.
Em relação a sociedade aí estabelecida, Vasconcellos (1994). Relata que esta se mostrado imatura pelo alto consumismo, levando à busca da satisfação imediata do prazer, diminuindo a capacidade de tolerância à frustração e aumentando a agressividade, a violência, a crise ética da corrupção.
Para o autor indisciplina na sala de aula comparada à indisciplina social não é tão grave, segundo alguns analistas, em pouco teremos apenas duas categorias de pessoas:
os que não comem – porque não têm o que comer;
os que não dormem – de medo dos que não comem...”
Na verdade a sociedade espera que a sala de aula transforme o aluno a uma plena submissão, doutrinação, de seleção natural, de domesticação. Cabe ao professor procurar resgatar valores deixados de lado que muitas não são ensinados mais, e estar aberto a valores emergentes, pelo fato das necessidades colocadas pelas contradições social existente, políticas, econômicas, culturais.
A relação existente entre professor e aluno tem dificultado às vezes este processo de ensino e aprendizagem, esta relação parece que nunca estiveram tão difícil, os professores parecem se sentirem de certa forma impotentes ou incapazes de resolver determinada situação.
Assim, podemos dizer que mediante estas mudanças, os professores bruscamente passaram à educadores, sem pedagogia ou didática que tenha condições de enfrentar as adversidades e diversidades de uma sala de aula.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O ato da indisciplina de fato não é tão fácil controlar e muito menos combater, o número de professores qualificados, infelizmente ainda é pouco, ficou claro nesta pesquisa que métodos e metodologias eficazes precisam ser desenvolvidos o quanto antes para que o objetivo seja de fato alcançado.
A indisciplina chega a causar dificuldade na aprendizagem. A escola precisa cada dia criar subsídios que amenizem o problema, a função da escola, que é promover a aprendizagem da maioria dos alunos, tem deixado em muitos casos a desejar. Assim como também o papel do professor, que parece não está conseguindo de forma correta agir como mediador entre o conhecimento aplicado e o aluno.
A indisciplina e consequentemente a falta de aprendizagem pode está relacionada com três elementos, que são importantes na efetivação da aprendizagem. Estes fatores influenciam de forma negativa ( se for mal estabelecidos) ou positiva ( se forem bem trabalhados) no ensino e aprendizagem:os problemas familiares; os problemas da própria criança; os problemas relativos à escola.
Neste sentido é necessário que os educadores revejam suas práticas de ensino, construindo dinâmicas, resgatando no aluno o interesse pelo aprendizado, além de ser levado em consideração o conhecimento específicos sobre cada indisciplina, assim como mais interesse por parte dos professores em relação a formação inicial ou continuada. Há uma grande necessidade de as escolas desenvolverem políticas internas de modo a prevenir a indisciplina, assim como necessidade de programas de formação de professores.
SUGESTÕES
De acordo com os dados coletados e apresentados na análise dos dados, pode-se mencionar algumas sugestões que se forem postas em prática contribuíram e muito para a aprendizagem significativa dos alunos, e importará no combate a indisciplina em sala de aula.
Dentre as quais, destaca-se a necessidade:
dos educadores revisarem alguns métodos de ensino de maneira significativas, resgatando assim a motivação pelo estudo e consequentemente o compromisso pelo aprender;
De estender aos alunos o direito de voz e vez, para que não sejam simplesmente passivos;
Dos educadores colocarem suas experiências às autoridades competentes, pais e comunidades, para que estes vejam que tipo de cidadãos estão sendo formados nas escolas;
de discussão juntamente com os educandos de regulamento interno da turma, respeitando-os e fazendo-os respeitar, trabalhando assim, a individualidade dos alunos, fazendo que todos consigam relacionar-se com os outros, e consequentemente superando as dificuldades de relacionamento;
Trocas de idéia entre pais, alunos e professores, favorecendo assim uma ponte de ligação que dê a ambas as parte, o reconhecimento de fatores importantes como valores, ética e respeito;
Conscientizar nos alunos a necessidade e importância de uma relação harmoniosa entre professor-aluno na sala de aula;
REFERENCIAL
ANTUNES, Celso. Onde esta a indisciplina? Existem três focos de incêndio a apagar. Petrópolis/RJ: Editora Vozes, 2002.
LOBATO, V. S. Concepções de professores sobre questões relacionadas à 98 Olhar de professor, Ponta Grossa, 10(2): 81-99, 2007. REUNIÃO ANUAL DA ANPED, 29., 2006, Caxambu. Anais... Caxambu: ANPED, 2006.
Aquino, J. G. Indisciplina: o contraponto das escolas democráticas. São Paulo: Moderna, 2003.
______. Indisciplina na Escola: alternativas teóricas e práticas. 2. ed. São Paulo: Sammuns, 1996.
BUSCAGLIA, L. Vivendo, amando e aprendendo. 15. ed. Rio de Janeiro: Record, 1993.
PAPPA, J. S. A (in) disciplina e a violência escolar segundo a concepção de professores do ensino fundamental. 2004. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista, Marilia, 2004.
PIRES, Dorotéia Baduy. Disciplina: construção da disciplina consciente e interativa em sala de aula e na escola. Educação & Sociedade, ano XX, nº 66, Abril/99.
PIROLA, Sandra Mara Fulco. O problema da “indisciplina dos alunos”: um olhar para as práticas pedagógicas cotidianas na perspectiva de formação continuada de professores. Olhar de professor, Ponta Grossa, 10(2): 81-99, 2007.
SANTOS, Claudevone Ferreira dos. A Indisciplina no cotidiano escolar Candombá – Revista Virtual, v. 2, n. 1, p. 14–23, jan – jun. 2006.
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Disciplina: construção da disciplina consciente e interativa em sala de aula e na escola. São Paulo: Libertad, 1993.
1 INTRODUÇÃO
O problema da indisciplina em sala de aula em todas as escolas têm sido sem dúvida, uma das maiores preocupações existentes entre os educadores em todo o Brasil. Pesquisas pedagógicas têm demonstrado o quanto se perde tempo em sala de aula com questões de disciplina. O mais importante é descobrir onde e como o problema se manifesta, para então, se encontrar soluções e tentar amenizar o quanto antes a situação.
Assim, o objetivo deste trabalho é através de uma pesquisa quali-quantitativa, fazer uma análise dos fatores responsáveis pela indisciplina em sala de aula. Assim, pode-se mencionar diversos fatores pelos quais a indisciplina se manifesta: conversas paralelas; dispersão; falta de respeito com os professores em sala de aula; negam-se a participar das aulas; saem no corredor na mudança de professor; merendam na sala de aula em horário de aula; fazem bagunça na sala de aula no horário em que não tem ninguém; professores sem autonomia em sala de aula;
No final deste trabalho, espera-se contribuir para a melhoria de métodos e metodologias que ajudem na redução cada vez mais significante da indisciplina em sala de aula.
1.1 JUSTIFICATIVA
A questão indisciplinar é uma das principais temáticas que preocupam professores, gestores e demais membros da comunidade escolar. Dentro desta realidade constitui-se necessário conceituar disciplina para só então se entender o que é indisciplina.
Na realidade em que convivemos a herança secular que a humanidade desenvolveu do individualismo, no qual interesses particulares sobrepõem-se aos coletivos, os interesses de dominação sobrepõem-se aos de emancipação humana. Neste contexto a disciplina se torna um instrumento de autoritarismo.
Na escola o pivô da indisciplina é o aluno (senso comum), mas que fatores mais estão envolvidos nesta questão tão complexa que é tratada de forma tão simplória e assistêmica?
Pensando nesta temática que elaboramos o presente projeto: indisciplina em sala de aula, tendo para isso a observação de alunos do ensino médio, no município de Alto Alegre.
1.2 PROBLEMÁTICA
Quais os fatores que contribuem para a ocorrência da indisciplina em sala de aula?
2 MARCO TEÓRICO
2.1 INDISCIPLINA NO ÂMBITO ESCOLAR
A escola é uma instituição extremamente complexa. Sua função tradicional é a de facilitar a inserção do indivíduo no mundo social. O indivíduo deve aprender as formas de conduta social, os rituais e as técnicas para sobreviver (SANTOS, 2006).
A relação entre a escola e a sociedade ainda precisa ser construída, no contexto educacional atual, em substituição ao fracasso escolar. (PIROLA, 2007).
Segundo a autora, o problema da indisciplina escolar é um grande desafio aos objetivos educacionais, pela não organização e normalização das atividades e relações em sala de aula para que a aprendizagem dos conteúdos curriculares se efetive. Assim, esse fator atrapalha o desenvolvimento do trabalho pedagógico em relação à qualidade de ensino, abalando o desempenho tanto dos estudantes, quanto dos docentes.
O professor é importante não somente como figura central, mas como coordenador do processo educativo, criando espaços pedagógicos interessantes, estimulantes e desafiadores, para que neles ocorra a construção de um conhecimento escolar significativo. (SANTOS, 2006).
Para este autor, algumas estratégias podem ser feitas pelos professores para prevenir comportamentos indisciplinados, por seus alunos em sala de aula: Refletir sobre as atitudes e funções do professor; Planificar a aula cuidadosamente em todos os seus momentos, com intuito de promover a concentração; Cativar os alunos para a sua disciplina; Observar, atentamente, cada aluno; Favorecer o desenvolvimento da autoconfiança; Fomentar o respeito mútuo entre os alunos e entre os alunos e o professor; Discutir com os alunos o regulamento de uma turma, respeitando-o e fazendo-o respeitar.
Quanto à questão da indisciplina, é apresentada pelos professores uma visão limitada e restrita desse comportamento, o que acaba por eximir a escola de responsabilidades sobre o problema. Trazendo assim ausência de clareza de pressupostos, partindo dos professores, em relação à função da escola e a visão que têm de sua ação pedagógica, (PIROLA, 2007).
Para Pires (1999), A família e a escola mudaram de modo significante nos últimos tempos. Para o autor, a família antes era cúmplice da escola, mas infelizmente hoje, tem depositado suas funções e delegado suas responsabilidades à ela, e assim mesmo tem a criticado, assim os alunos vêm a escola com menos limites trabalhados conquistados pela família.
Segundo Buscaglia (1993) “a família é definida como um sistema social pequeno e interdependente, dentro do qual podem ser encontrados subsistemas ainda menores, dependendo do tamanho da família e das definições de papéis”.
Para Aquino (1996), é impossível negar a importância e o impacto que a educação familiar tem sobre o indivíduo. No entanto seu poder não é absoluto e irrestrito. Neste sentido é preciso que a estrutura familiar adaptar-se às circunstâncias novas e transforme determinadas normas, sem deixar de constituir um modelo de referencial.
Para Pires (1999), a indisciplina na sala de aula se comparada à indisciplina social não é tão grave. Outro fator importante é a questão da disciplina muitas vezes, não ser exigida dentro em determinadas famílias. O comportamento de alguns pais muitas das vezes tem deixado a desejar na educação dos filhos, que por sua vez acabam por tornar rebeldes, chegando a ter atropelos entre os amigos na escola.
Segundo Aquino (2003). “a indisciplina traduzir-se-ia numa espécie de efeito de inconformidade, por parte do alunado, aos anacrônicos padrões de comportamento nos quais as escolas ainda parecem inspirar-se”. Neste sentido, enquanto houver professores impondo comportamento, sempre haverá alunos protestando e procurando meios de fugir destas regras que lhes parecem ser arbitrárias.
Pode-se mencionar alguns tipos de indeisciplina que geralmente ocorrem em sala de aula, tais como: Cochicho entre alunos enquanto o professor ministra a aula; Troca de mensagens e de papelinhos durante a aula; Exibicionismo ( geralmente entre os adolescentes); Discussões entre grupos de alunos, de maneira a provocar agitação geral dentro de sala de aula, em relacao ao que o professor explica ou outro assuntos impertinentes na aula; Perguntas contestadoras, de moda a insinuar que o professor nao domina e nem entende o assunto.
Segundo Antunes (2002), Por classe indisciplinada, entende-se ser toda aquela que:
Não permita aos professores oportunidades plenas para o desenvolvimento de seu processo de ajuda na construção do conhecimento do aluno;
Não ofereça condições para que os professores possam “acordar” em seus alunos sua potencialidade como elemento de auto-realização, preparação para o trabalho e exercício consciente da cidadania;
Não permita um consciente trabalho de estímulo às habilidades operatórias, ao desenvolvimento de uma aprendizagem significativa e vivências geradoras da formação de atitudes socialmente aceitas em seus alunos.
E em relação às causas, ainda segundo Vasconcelos (1993), a indisciplina pode ser classificada em cinco grandes níveis: Sociedade, Família, Escola, Professor e Aluno.
Quanto a disciplina, cabe aos professores procurarem resgatarem valores do passado, assim como proporcionar aos alunos que estejam aberto aos novos valores e disciplina em sala de aula. Isso mediante propostas relacionadas as condições sociais, políticas, econômicas, culturais.
Não há dúvida que a Escola é um local onde acontece muita coisa, onde confluem muitos problemas que vêm do exterior para dentro. As comunidades escolares são grandes, há grande diversidade de personalidades, há muita gente em interação e não é fácil de gerir todos os problemas causados pela interação entre tanta gente.
Aquino (1998) menciona que no Brasil os “alunos problema” ou indisciplinados surgem na escola de forma concomitante ao fracasso escolar decorrente do processo de escolarização inicial. O autor considera duas tônicas fundamentais que sustentam a reflexão acerca da questão da indisciplina.
O problema da “indisciplina dos alunos”:
um olhar para as práticas pedagógicas... e da violência na escola;
uma de cunho sociologizante – determinantes macro-estruturais;
clínico-psicologizante – diagnóstico de caráter evolutivo ou patológico.
No que diz respeito às origens e causas da indisciplina, aparecem fatores como: estrutura familiar e situação sócio-econômica da sociedade como sendo os principais responsáveis por essas semelhanças Lobato (2006), idade de educar os filhos exclusivamente para a escola. Pappa (2004), para os professores, as famílias jogaram o peso da responsabilidade em seus ombros. Na verdede os alunos “são na escola” o que “trazem de casa”.
3 METODOLOGIA
Neste trabalho os dados foram analisados tendo por base a pesquisas quali – quantitativa. Usando Método Hermenêutico, por meio de Método Análise de Conteúdos. Os dados analisados se fizeram por análises e interpretação das respostas dadas pelos alunos e professores por meios dos Icds (Instrumentos de Coleta de dados) aplicados aos mesmos. O caminho metodológico valeu-se de outros métodos. Dentre eles pode-se mencionar: empírico: baseado na experiência e na observação; análise de conteúdos de livros, revistas e artigos; análise dos Icds ( Instrumentos de Coleta de dados), respondidos pelos pais e alunos e por meio de seus levantamentos de dados a fim de registrar e discutir melhor a concepção do perfil do professor.
Esta metodologia foi escolhida por a ser que mais se enquadra nos propósitos do trabalho. A seguir são feitas as análises por meio de um paralelo entre as respostas obtidas dos alunos confrontando-as consequentemente com as posições atribuídas pelos professores, os comentários serão respectivamente fundamentados por citações feitas por vários autores relacionados com os temas.
4 ANÁLISES DOS DADOS ( PERGUNTAS AOS ALUNOS E PROFESSORES)
4.1 QUEM SÃO OS PRINCIPAIS RESPONSÁVEIS PELA INDISCIPLINA NA ESCOLA?
Neste aspecto tanto para alunos (com 34%) quanto para professores (com 38%), a escola é a principal responsável pelo fato do aluno ser indisciplinado, talvez essa afirmativa tenha ocorrido a grande responsabilidade que a escola tem de formar cidadãos, e que alguns casos tem deixado a desejar.
A escola tem deixado de ser e ter um papel integração dos alunos. Na verdade as maiorias das escolas não estão preparadas para enfrentarem diversos problemas atuais. A indisciplina na Escola Pública é um problema de graves proporções, prejudicando ensino e aprendizagem e a construção de uma escola com alta qualidade de ensino.
Deve-se discutir e propor estratégias que resolva o problema, contratando profissionais capacitados e preparados para exercer juntos aos professores e demais educadores, com formação pedagógica, psicológica.
O segundo fator mencionado tanto pelos alunos (com 25%) quanto pelos professores (com 23%), como sendo responsáveis pela indisciplina, foi os alunos. Parece ser difícil a diminuição da indisciplina na sala de aula, devido a fatores como a necessidade de convívio deste aluno na sociedade, até por que o aluno tem na vida social a maior parte do seu tempo ligado aos estudos.
Papel do professor seria apenas o de mediador, orientando-os, ouvido-os nas discussões e com esses dados nas mãos, encontrando juntos meios pelos quais tanto alunos quanto professores possam sair com êxito deste processo que é tão importante, que é o ensino e aprendizagem.
Outra forma de ajudar os alunos é o professor usar de artifícios que prendam a atenção dos alunos, não com ameaças ou brincadeiras, mais de fora que o aluno esteja sempre a vontade com o professor, isso vão sem dúvida ajudar na comunicação. Isso só seria possível se houvesse um equilíbrio entre o adulto e o adolescente, professor e aluno, que todos pensassem como os alunos.
O terceiro fator relatado pelos alunos (com 17%) e professores (com 15%), como sendo responsável pela indisciplina em sala de aula, foi os professores. Neste sentido, vale ressaltar que os professores têm em suas mãos uma árdua missão que é de sempre desenvolver de maneira inteligente, novas metodologias de forma a tornar a aula cada vez dinamizada.
Se isso não ocorre, consequentemente surgi motivos para se instalar a indisciplina no âmbito escolar, até por que a indisciplina escolar não acontece apenas por problemas dentro da escola, ela pode surgi de vários fatores, como a desestruturação das famílias, o aluno com uma família desestruturada acaba não conhecendo limites impostos pelos pais, e quando chegam na escola ao sabem e nem querem saber de cumprir regras.
O professor é antes de tudo um educador, aquele que tem o papel de não só transmitir conhecimentos, mas facilitar o conhecimento de idéias, valores e princípios, para então poder formar uma determinada personalidade do educando.
Quanto ao papel do gestor escolar é importante que se diga a direção de uma escola deve continuamente proporcionar subsídio ao docente e aos alunos, mantendo assim presença ativa no espaço escolar, estabelecendo relacionamento informal com professores, pais e alunos.
É importante que a direção escolar faça o papel de um administrador-gestor com o objetivo de conseguir parcerias no âmbito da educação; faça implantação de inovações educacionais; desenvolva novos estudos com os alunos; e consequentemente implante estratégias de aprendizagem significativa.
Para complementar a aprendizagem, é importante que as escolas também cuidem do seu lado estrutural, aprimorando e melhorando todos os aspectos a imagem da escola, com a utilização de atividades extracurriculares de modo a valorizar definitivamente o papel da escola em relação a visão do aluno.
4.2 O QUE GERA A INDISCIPLINA?
Quanto aos aspectos que geram a indisciplina na escola ( ver tabela II), alunos e professores concordam nas respostas, para eles (53% dos alunos e 34% dos professores) o maior responsável são os alunos que não querem estudar, isto de certa forma tem acontecido por falta de relacionamento entre professor/aluno.
Isto acontece devido a problemas particulares de ambas as partes, que acabam descarregando em sala de aula. Neste caso caberia aos professores ter mais paciência e tentar se aproximar dos alunos, procurando descobrir os motivos pelos quais estão sendo indisciplinados, ou até mesmo agressivos, visto que na maioria das vezes a falta de atenção acaba por gerar conflitos.
Neste sentido são vários são os fatores que podem gerar a indisciplina: valores familiares; história de vida; tipos de personalidade; professores sem metodologia, inseguros, agressivos ou rigorosos.
Vale ressaltar que por si só o ser humano não nasce indisciplinado, isso depende da educação que recebe tanto na família quanto na escola. É preciso que os professores sejam firmes em suas posições, muitos professores não têm mais o controle das salas de aula. É preciso mais consciência, diálogo e menos agressividade por parte de alguns professores.
Por outro, existem professores que têm os alunos como responsáveis pela indisciplina, para eles os alunos precisam ter consciência que têm direitos e deveres, que nem sempre é preciso lembrar só dos direitos. Lembram que a principal causa de indisciplina parte de alunos mal assistidos tanto pelos pais quanto por alguns dos próprios professores.
Quanto ao segundo fator que geram indisciplina, alunos e professores continuam pensando da mesma forma quando dizem (22% dos alunos e 20% dos professores) que é o fato dos pais deixarem os filhos sempre à vontade. Com isso, significa dizer que os pais são muito importantes na educação dos filhos.
Existem pais que liberam os filhos muito cedo para: irem onde quiserem; verem todo tipo programa na televisão, visto que é mostrada muita violência; Bater papo por várias horas na internet, algo sem e menor utilidade.
Nada disso pode levar o aluno a desenvolver o raciocínio ou treinar o lado sentimental/emocional. Tem pais que não se preocupam com seus filhos, se esses estão aprendendo ou não, nem ao menos vão a escola em uma reunião de pais e mestres. Isso faz com que o aluno cresça assim, indo para a adolescência pensando que tudo é fácil, se acostuma e só querem tratar as pessoas com gritos, gírias e palavrões.
Para 13% dos alunos, os pais que não corrigem seus filhos, são os principais responsáveis pela geração da indisciplina, enquanto que para 22% dos professores, são os alunos que não têm respeito com os professores. Acredita-se assim que a indisciplina escolar sempre estará relacionada com a educação familiar, e a culpa estar muitas das vezes em pais que mimam demasiadamente seus filhos, e estes ficam a vontade e fazem o que quiserem.
Para concluir, 7% dos alunos, acreditam que são os alunos que não respeitam os professores e as escolas com regras rígidas, que gera a indisciplina, enquanto que para os 11% dos professores, são os pais que não corrigem os filhos e as escolas com regras rígidas. Isso no faz refletir que tanto alunos quanto professores estão pensando de maneira quase idêntica, há certo equilíbrio e coerências em suas respostas, ambos reconhecem a gravidade do problema e sabem que algo precisa ser feito no intuito de procurar soluções que resolvam o problema.
Acredita-se que a indisciplina em sala de aula tem como origem em outros vários fatores, entre eles, a ausência dos pais na escola ( seja para acompanhar o andamento dos filhos ou participar da reunião de pais e mestres); aulas sem criatividades; e ainda professores que lecionam sem motivação. Torna-se preciso que algo seja feito, no intuito de encontrar meios que resolvam este problema.
Os principais fatores que provocam a indisciplina na sala de aula são: a família; a crise de valores e ética; em muitos casos, o próprio professor; e os meios de comunicação de massa, que dependendo de como são usados acabam influenciando de forma negativa no processo de ensino e aprendizagem.
4.3 COMO A INDISCIPLINA PODE SER SUPERADA NAS ESCOLAS?
Neste aspecto, a maioria dos alunos e professores mencionaram o mesmo fator como sendo o melhor meio de superar a indisciplina em sala de aula, para 53% dos alunos e 56% dos professores, a família e escola em parceria, teriam muitas utilidades no combate a indisciplina em sala de aula.
Um dos fatores que influenciam a indisciplina pode ser a falta de comunicação da própria família dentro de casa, pelo fato de muitos jovens não encontrarem apoio e terem que procurar em uma pessoa, talvez errada, que lhe acaba lhe colocando no mau caminho.
Problemas familiares de fato influenciam no comportamento do aluno em sala de aula, e em muitos casos os próprios pais são os responsáveis, por darem à estes alunos excessiva proteção. Existem fatos também relacionados carências sociais; influências recebidas de pessoas erradas; desmotivação dos alunos para todas as matérias postas em sala de aula; envolvimento com drogas; métodos de ensino tradicionais fixação, agressividade, desafio a autoridade do professor e falta de capacidade de alguns professores controlarem a turma.
A família de fato tem grande poder de decisão na educação do aluno. A disciplina é um tipo de postura que está ligada ao convívio e criação, e não pode ser considerada como uma ação originada apenas de uma vertente.
Todos (a sociedade, a família, a escola, o professor) ajudam na formação da criança. A indisciplina não inicia na escola, vem de casa. A família que não proporciona ao filho um bom alicerce acaba sofrendo as conseqüências. Assim, tanto moral quanto ética pode dar ao aluno probabilidade de se tornar uma pessoa disciplinada.
Neste sentido família e escola não podem andar separadamente, nem pouco trabalharem com objetivos contrários, se cada parte dentro de suas possibilidades e limitações, teremos alunos cada dia mais disciplinado. Entra aí os pais pela família e os professores defendendo as escolas.
Neste sentido, Vasconcelos[1], relata que, a maioria dos professores sabe o que devem fazer. Mas não fazem, devido:
Não acredita mais profundamente, não está convencido: (da proposta em si - não tem segurança de que seja o caminho correto; da eficácia da proposta - acha que talvez seja muito pouco em relação ao tamanho do problema, que não vai resolver.
Não sabe como fazer; uma coisa é ter ouvido falar, outra é ter competência para colocar aquilo em prática.
Não vê condições para fazer. (seja efetivas (fruto de uma análise mais criteriosa da realidade; seja fruto de sua percepção, sem muita base o real)
Acredita-se que muitas das vezes a indisciplina esteja diretamente ligada aos objetivos da escola, muitos professor sente-se ameaçado em relação à suas limitações e pelo fato dos acessos que os educandos têm às informações. Infelizmente algumas escolas, não valorizam o diálogo e agem como se fossem donos da verdade.
O professor deve assumir algumas atitudes, que se forem estabelecidas desde cedo em sala de aula, contribuirá no combate a indisciplina: mostrar-se sério nas primeiras aulas, não tendo um sorriso fácil; impedir ou limitar as saídas durante a aula; não permitir que se levantem do lugar sem que peçam autorização; não permitir que troquem materiais sem que peçam autorização; dispor os alunos em lugares fixos de modo a favorecer a cooperação e a concentração; quando um aluno ou o professor fala os outros escutam.
Se o professor assumir uma atitude disponível mais realista, dando confiança aos alunos mais sem perder a situação e sem se mostrar inutilmente permissivo, é possível que consiga evitar alguns conflitos.
Em segundo lugar alunos e professores se divergem nas opiniões, para 33% dos alunos, escolas com regras rígidas ajudaria combater a indisciplina, já para 22% dos professores, uma maior participação da família, seria necessário para ajudar a questão da indisciplina.
Segundo Antunes, (2002): Ensinar não é fácil e educar é mais difícil ainda; mas não ensina e não educa, quem não define limites, quem não constrói democraticamente as linhas do que é e, do que não é permitido. Para o autor, o aluno só cresce se tiver diante de um desafio, isso deve ocorrer diariamente, desde que os limites estejam e sejam claros. As escolas precisam estabelecer regras de fatos mais rigorosas, caso contrários os alunos vão continuar fazendo o que bem entenderem e os professores continuarão sem poder fazer muita coisa. A escola tem que dar condições aos professores para que estes possam assumir atitudes de controle na sala de aula, eles precisam saber que de fato têm poderes nas mãos, o importante é saber como e quando usar.
Só uma grande parceria entre alunos, pais, escola, família e sociedade será capaz de fazer com que a indisciplina seja minimizada tanto nas escolas publicas quantas nas privadas. Além de colocar-se em prática o diálogo, que sem dúvida é o ideal para que qualquer problema. O respeito entre professor e aluno deve ser recíproco, por meio de interação e discussões, nunca esquecendo dos direitos e as obrigações de ambas as partes.
4.4 SÃO CONSEQUÊNCIAS DA INDISCIPLINA
Alunos e professores começam discordando em um ponto, enquanto 41% dos alunos atribuem como maior conseqüência da indisciplina o alto índice de reprovação e repetência, 67% dos professores dizem ser o desrespeito com os pais, professores e gestores, talvez esta discordância se dê pelo ato de ambas as partes estarem de lados diferentes. Os alunos de certa forma acabam por assumir a culpa e serem consciente de que só eles de fato perdem por serem indisciplinados, isso segundo eles mesmos os deixariam reprovados e consequentemente muito repetentes por vários anos.
Já os professores, culpam também os alunos, dizendo que os mesmos não têm respeito por pais, professores e gestores. Na verdade ambas as partes parecem estarem certas, visto que esses problemas acontecem com freqüência em sala de aula.
O problema da indisciplina é um problema de grandes proporções em muitas escolares, prejudicando o andamento do ensino e aprendizagem. É preciso métodos que resolva o quanto antes este problema. Neste sentido, é imprescindível educador capacitado e apto a atuarem em sala de aula. Resta apenas que os órgãos competentes façam cada qual sua parte.
A indisciplina tem gerado polêmica e afetado escolas, é aí que deve entrar o professor com pedagogias visando a melhoria do processo de superação deste problema, pois a vida social dos alunos pode refletir de forma negativa ou positiva no âmbito escolar, considerando a violência, a exploração do trabalho infantil que infelizmente acontece com freqüência nos dias de hoje.
Em segundo lugar para os professores (11%), ficaram a violência nas escolas, desmotivação dos alunos e o Alto índice da reprovação. Já para os alunos, foi citado como segundo fator o alto índice de reprovação.
Em se tratando da questão levantada quanto a violência nas escolas, Pirola (2007), menciona que:
Em ambos os casos, a violência portaria uma raiz essencialmente exógena em relação à prática institucional escolar e a palavra de ordem passa a ser o encaminhamento do aluno às diversas instâncias. Em relação a esse dado, a literatura é bem vasta em estudos que apontam o quanto há de razões simplistas nos procedimentos de encaminhamento realizado pelos professores.
Um dos motivos de violência nas escolas pode está relacionado com a estrutura que este aluno tem recebido em casa, depende muito da criação dos pais para que constitua no aluno um padrão de vida adequado ou não.
Assim pode-se dizer que se torna importante que os professores adotem epistemologia significativa na prática profissional, que estejam convictos de seus papéis na formação do aluno, na qualidade de profissionais de suas habilidades, assim terão condições de possuírem estratégias para enfrentar situações deste tipo. A violência depende da estrutura familiar e esta de qual tipo de vida leva os pais destes alunos, a indisciplina não é só um problema do Brasil.
A violência praticada tanto na escola quanto em casa tem sido resultado da indisciplina. Violências que acontecem desde o abuso sexual, a moradia precária, localidade de difíceis de acesso, abandono dos pais. Sem contar que as drogas tem feito com que em muitos casos, para a maioria destes alunos tenha chegado o fim da sociedade, que estes mesmos fiquem sem saída.
Quanto à falta de motivação citada por 13% dos alunos e 11% dos professores, vale lembrar que este aspecto está relacionado a vários fatores, como por exemplo, um reflexo da ausência de condições de uma adequada educação familiar. A desmotivação dos alunos e o desinteresse por aquilo que o professor esteja lecionando em sala de aula ou qualquer outro comportamento inadequado, seja tão somente querer chamar atenção do professor sobre a forma de ensino ou estratégias por ele usada.
Neste sentido, cabe ao professor ser manter regra os alunos e não sair do que foi combinado, o que causaria com certeza a indisciplina. Importante é que o aluno traz consigo valores e atitudes. A indisciplina também pode surgir por outro motivo, o de valorizar relações com os outros.
Assim é necessário que fatores como: imaturidade, vadiagem, desatenção, incapacidade de fixação, baixo rendimento escolar, agressividade devem ser pesquisadas como sintomas de distúrbios mais profundos, que precisa ser com toda atenção o quanto antes.
4.5 AS MAIORES VÍTIMAS DA INDISCPLINA DOS ALUNOS SÃO
Neste aspecto alunos e professores concordam em relação à quem é a maior vítima da indisciplina em sala de aula, com 66% dos alunos e 37% dos professores, ambos disseram que os alunos são na verdade os grandes prejudicados pela indisciplina em sala de aula.
O engraçado é que os alunos são vítimas de uma indisciplina que segundo eles, é causada por eles mesmos, estes alunos ( indisciplinados ) são assim por fatores como a própria natureza ou por circunstâncias que os forcem ou estimulam a agirem assim. Neste sentido pode-se destacar duas correntes teóricas fundamentais: Uma se refere ao que defende Thomas Hobbes, onde diz que a indisciplina é uma tendência natural de todo o ser humano, está inscrita no seu código genético. O Estado, a educação e a cultura, atuam como freio destes impulsos anti-sociais. Estamos assim dependendo de haja sempre a nosso favor um estado que seja sempre forte e capaz de manter a ordem.
Esta outra diz que a natureza humana é uma espécie de recipiente vazio, pronto a ser preenchido pelos estímulos que recebe do exterior. Conforme a natureza destes estímulos assim será a criança, o adulto. O que o homem é depende das circunstâncias que lhe ocorre.
Por causa desta indisciplina muitos acabam perdendo o direito de viverem numa sociedade mais justa e consequentemente de serem cidadãs aptos de construírem um futuro melhor a si mesmo e suas famílias. Como exemplos de indisciplinas causadas por alunos e conseqüências sofridas por eles mesmos, pode-se citar:
Perturbação pontual que afeta o funcionamento das aulas ou mesmo da escola;
Conflitos que afetam as relações formais e informais entre os alunos, que podem atingir alguma agressividade e violência, envolvendo por vezes, atos de extorsão, violência física ou verbal, roubo, vandalismo;
Conflitos que afetam a relação professor-aluno, e que em geral colocam em causa a autoridade e o estatuto do professor;
Vandalismo contra a instituição escolar, que muitas vezes procura atingir tudo aquilo que ela significa.
Vale ressaltar que indisciplina não significa necessariamente violência, por causa da indisciplina pode-se chegar à violência, mas não quer dizer que esta tem que ocorrer. O que acontece á que infelizmente se passa a idéia de que só há indisciplina se houver de fato algum tipo de agressão aos colegas.
O segundo ponto mais destacado pelos alunos foi a “comunidade escolar” como sendo a segunda maior vítima da indisciplina. Já para os professores (24 %), os próprios professores estão em segundo sugar quando se trata de vítimas da indisciplina. Isto de deve muitas das vezes por falta compreensão e respeito vindos dos alunos em sala de aula.
Infelizmente existem hoje alunos que não respeitam os professores e descarregam toda sua ira no educador. Entre tipos de indisciplina mais comuns podemos citar: apatia do grupo; cochicho; troca de mensagens e de papelinhos; exibicionismo; perguntas que colocam o professor constrangimento ou desvalorizem o conteúdo lecionado; discussões freqüentes em sala de aula; e comentários inoportunos.
Fatos assim acabam por deixar os professores sem ter muita coisa pra fazer, até por que na verdade alunos sempre têm mais direitos que professores. A indisciplina muitas das vezes acaba sendo uma espécie de respostas à autoridade imposta ao professor quanto ao ato de lecionar.
Professores e alunos precisam manter um equilíbrio em respeito, para que o professor possa ter condições de fazer seu trabalho, até por que todos os alunos têm direito de receber um conjunto de medidas educacionais pedagógicas e psicológicas que desenvolvam em si uma aprendizagem significativa. Se alunos, pais e professores não estão satisfeitos, é necessário parar e pensar, e se preciso, rever métodos e metodologias que aprimore cada dia mais a aprendizagem.
Ter maior autonomia para lidar com a indisciplina, é um dever do professor na sala de aula. Não só o professor, mas que gestores, pais e alunos possam trabalhar juntos no intuito encontrarem soluções pertinentes para a resolução do problema. O apoio pedagógico nesse momento é imprencidível para que o processo de ensino e aprendizagem seja mais eficiente.
Neste caso, Gómez (2000), relata que:
O ensino é uma atividade prática que se propõe dirigir as trocas educativas para orientar num sentido determinado as influências que se exercem sobre as novas gerações. Compreender a vida da sala de aula é um requisito necessário para evitar a arbitrariedade na intervenção. Mas nesta atividade, como noutras práticas sociais, como a medicina, a justiça, a política, a economia, etc., não se pode evitar o compromisso com a ação, a dimensão projetiva e normativa deste âmbito do conhecimento e atuação.
Deve-se proporcionar a atividade da disciplina, até por que a disciplina deve formar o aluno “como pessoa capaz de pensar, de estudar, de dirigir ou de controlar quem dirige” (Gramsci).
4.6 ELEMENTOS QUE LEVAM OS ALUNOS À SEREM INDISCIPLINADOS
Para alunos (com 67%), e pais (com 37%), a falta de limites, educação e valores, são os grandes responsáveis por fazer com que os alunos sejam indisciplinados. São três fatores que precisam ser trabalhados com mais atenção tanto pelos pais, quanto pela escola, neste aspecto, todos têm parcelas de obrigações a ser desenvolvidas no sentido de ajudar os alunos se desenvolverem melhor em sala de aula.
O fato de alunos serem indisciplinados e muitas das vezes agressivos em sala de aula, não deve ser atribuído somente ao professor, os pais também têm responsabilidades.
Infelizmente a indisciplina acorre em sala de aula, atribuída à falta de limites que geralmente não é imposta pela família, a qual por vários motivos deixou de ter controle sobre seus filhos, assim o respeito deixou de fazer existir em casa e muito menos no âmbito escolar. É necessário um grande e dificultoso trabalho de estruturação na família, na escola que está em alguns aspectos deixando a desejar a sua função.
Os valores adquiridos em casa têm um grande significado na vida estudantil do aluno, a indisciplina pode surgir de valores familiares, história de vida da família e consequentemente do aluno; tipos de personalidade contida na mentalidade do aluno; professores com metodologia já ultrapassadas, as vezes de certa forma até mesmo inseguros.O ser humano nasce disciplinado, s e vai continuar ou tornar-se indisciplinado, vai depender do viver adquirido ao longo da vida diária, isso depende muito da família e da escola.
Em relação a sociedade aí estabelecida, Vasconcellos (1994). Relata que esta se mostrado imatura pelo alto consumismo, levando à busca da satisfação imediata do prazer, diminuindo a capacidade de tolerância à frustração e aumentando a agressividade, a violência, a crise ética da corrupção.
Para o autor indisciplina na sala de aula comparada à indisciplina social não é tão grave, segundo alguns analistas, em pouco teremos apenas duas categorias de pessoas:
os que não comem – porque não têm o que comer;
os que não dormem – de medo dos que não comem...”
Na verdade a sociedade espera que a sala de aula transforme o aluno a uma plena submissão, doutrinação, de seleção natural, de domesticação. Cabe ao professor procurar resgatar valores deixados de lado que muitas não são ensinados mais, e estar aberto a valores emergentes, pelo fato das necessidades colocadas pelas contradições social existente, políticas, econômicas, culturais.
A relação existente entre professor e aluno tem dificultado às vezes este processo de ensino e aprendizagem, esta relação parece que nunca estiveram tão difícil, os professores parecem se sentirem de certa forma impotentes ou incapazes de resolver determinada situação.
Assim, podemos dizer que mediante estas mudanças, os professores bruscamente passaram à educadores, sem pedagogia ou didática que tenha condições de enfrentar as adversidades e diversidades de uma sala de aula.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O ato da indisciplina de fato não é tão fácil controlar e muito menos combater, o número de professores qualificados, infelizmente ainda é pouco, ficou claro nesta pesquisa que métodos e metodologias eficazes precisam ser desenvolvidos o quanto antes para que o objetivo seja de fato alcançado.
A indisciplina chega a causar dificuldade na aprendizagem. A escola precisa cada dia criar subsídios que amenizem o problema, a função da escola, que é promover a aprendizagem da maioria dos alunos, tem deixado em muitos casos a desejar. Assim como também o papel do professor, que parece não está conseguindo de forma correta agir como mediador entre o conhecimento aplicado e o aluno.
A indisciplina e consequentemente a falta de aprendizagem pode está relacionada com três elementos, que são importantes na efetivação da aprendizagem. Estes fatores influenciam de forma negativa ( se for mal estabelecidos) ou positiva ( se forem bem trabalhados) no ensino e aprendizagem:os problemas familiares; os problemas da própria criança; os problemas relativos à escola.
Neste sentido é necessário que os educadores revejam suas práticas de ensino, construindo dinâmicas, resgatando no aluno o interesse pelo aprendizado, além de ser levado em consideração o conhecimento específicos sobre cada indisciplina, assim como mais interesse por parte dos professores em relação a formação inicial ou continuada. Há uma grande necessidade de as escolas desenvolverem políticas internas de modo a prevenir a indisciplina, assim como necessidade de programas de formação de professores.
SUGESTÕES
De acordo com os dados coletados e apresentados na análise dos dados, pode-se mencionar algumas sugestões que se forem postas em prática contribuíram e muito para a aprendizagem significativa dos alunos, e importará no combate a indisciplina em sala de aula.
Dentre as quais, destaca-se a necessidade:
dos educadores revisarem alguns métodos de ensino de maneira significativas, resgatando assim a motivação pelo estudo e consequentemente o compromisso pelo aprender;
De estender aos alunos o direito de voz e vez, para que não sejam simplesmente passivos;
Dos educadores colocarem suas experiências às autoridades competentes, pais e comunidades, para que estes vejam que tipo de cidadãos estão sendo formados nas escolas;
de discussão juntamente com os educandos de regulamento interno da turma, respeitando-os e fazendo-os respeitar, trabalhando assim, a individualidade dos alunos, fazendo que todos consigam relacionar-se com os outros, e consequentemente superando as dificuldades de relacionamento;
Trocas de idéia entre pais, alunos e professores, favorecendo assim uma ponte de ligação que dê a ambas as parte, o reconhecimento de fatores importantes como valores, ética e respeito;
Conscientizar nos alunos a necessidade e importância de uma relação harmoniosa entre professor-aluno na sala de aula;
REFERENCIAL
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VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Disciplina: construção da disciplina consciente e interativa em sala de aula e na escola. São Paulo: Libertad, 1993.
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