30 de agosto foi dia de Paralisação.
Profissionais de nossa escola participam da caminhada e assembleia da APP Sindicato.
Com o mote "Governador: compromisso assumido tem que
ser cumprido", professores e funcionários marcharam da Praça Santos
Andrade até o Palácio Iguaçu e lá ficaram em vigília, aguardando a
reunião com o governo.
CAMINHADA
CAMINHADA
Enquanto
a caminhada seguia em direção ao Palácio, uma comissão formada por
diretores da APP - Marlei Fernandes de Carvalho, Edilson Aparecido de
Paula, Elizamara Goulart, José Valdivino de Moraes, Walkiria Mazzeto e
Miguel Baez - foi recebida pelo secretário de Educação Flávio Arns e
pelo Chefe da Casa Civil Luiz Eduardo Sebastiani.
Acompanhou o sindicato
o deputado estadual Professor Lemos. Também estavam presentes, pelo
governo, Jorge Wekerlin, Meroujy Cavet, Graziele Andriola, Cilos Vargas e
Paulo Schmidt.
Na
audiência, após receber uma cópia da lei sancionada do reajuste do
magistério (nº 150/2012), a APP cobrou do governo o anúncio da data do
pagamento da primeira parcela do reajuste, relativa a aplicação da Lei
do Piso no Paraná.
O secretário anunciou que o percentual de 6,66% será
pago até o dia 17 de setembro, em folha complementar.
Também sai, nesta
mesma folha, os valores retroativos aos meses de julho e agosto (como
foi acordada entre governo e categoria no primeiro semestre deste ano).
Em outubro, serão creditados aos vencimentos dos professores os 6,65%
restantes, também negociados com a categoria.
A direção
sindical enfatizou que, pela Lei do Piso, a aplicação dos valores deve
retroagir ao mês de janeiro. A equipe da Secretaria de Estado da
Educação (Seed) reconheceu o fato e a negociação sobre o pagamento deste
passivo deve prosseguir. A APP reforçou a importância do cumprimento da
aplicação do PSPN, na sua integralidade, em todo o país. Inclusive, a
direção da entidade informou ao governo da realização, no próximo dia 5,
em Brasília, da VI Marcha Nacional pela Educação.
O
sindicato voltou a exigir rapidez no envio, à Assembleia Legislativa do
Paraná (Alep), das emendas com as adequações ao Plano de Carreira do
Quadro de Funcionários da Educação Básica (QFEB). O governo do Estado
garantiu que em setembro o documento, que está na Secretaria de
Administração e Previdência (Seap), segue para a Casa Legislativa. Neste
envio fará parte o debate do reajuste para os funcionários da educação,
seja na tabela, seja no auxílio-transporte, mas já incluso no Plano. O
sindicato acompanhará todo o processo.
Houve avanço, também, no que diz respeito ao pagamento das promoções e progressões dos educadores que estão em atraso.
O
diretor geral da Seed Jorge Wekerlin informou que todas as promoções e
progressões - inclusive as progressões dos funcionários da educação que
deveriam ter sido realizadas em agosto - serão implementadas em
setembro. Com relação aos atrasados, o governo apresentará proposta de
pagamento. Além disso, o governo garantiu que vai, também na folha de
setembro, efetuar o pagamento da promoção devida à turma do PDE 2009
(bem como os retroativos).
Sobre
o novo concurso público, no dia próximo dia 4 haverá uma reunião entre
Seed e Seap, quando será definido o cronograma do processo. A APP voltou
a mostrar o total desacordo com a realização de uma prova prática com
caráter eliminatório e de outros itens do concurso. A entidade se
reunirá com a equipe da Secretaria de Educação no dia 5 de setembro,
para debater o cronograma, ver o resultado da consulta pública - que,
segundo a Seed, contou com a participação de 35 mil pessoas - e outras
discordâncias relacionadas ao concurso.
Outros
itens - O governo reafirmou a implantação da hora-atividade para a
distribuição de aulas no final de ano, em dezembro, com início para
2013. A nomeação dos 348 Agentes de Apoio, que está paralisada na Seap,
continua indefinida por conta da Lei da Responsabilidade Fiscal. A
direção da APP também questionou sobre a decisão da Secretaria em fechar
salas de apoio e Celems de algumas escolas e recebeu como resposta que
só estão sendo fechadas as salas que não estão em funcionamento (por
ausência de demanda ou falta de espaço físico). As escola, por sua vez,
que tiveram as turmas fechadas e discordam do encaminhamento da
Secretaria de Educação devem entrar em contato com a APP.
Sobre
o encerramento de Ações Pedagógicas Descentralizadas da Educação de
Jovens e Adultos da Rede Pública Estadual (Apedes) em algumas escolas
que atuam com Educação de Jovens e Adultos (EJA), a Seed justificou como
sendo uma questão legal. Isto é, estas Apedes só poderiam funcionar
durante dois anos. Houve a prorrogação deste tempo, mas, de acordo com a
Secretaria, o Conselho Estadual de Educação (CEE) não aprovou nova
prorrogação. A superintende da Educação, no entanto, afirmou que o
governo avaliará as situações especiais (onde há demanda) para buscar
alternativas.
Sobre
as licenças especiais, amanhã, dia 31, é o prazo final para os Núcleos
Regionais de Educação (NREs) encaminhar à Secretaria todos os protocolos
com pedidos. O Grupo de Recursos Humanos Setorial da Seed informou que
não analisou ainda nenhum protocolo, portanto, não há ainda nenhum
deferimento ou indeferimentos de licenças, em especial relativas aos
funcionários da educação. Em breve será realizada uma nova reunião sobre
este tema.
Falta
do dia - A APP voltou a defender a reposição da paralisação por
conteúdo, e não o dia letivo, como insiste a Secretaria da Educação. A
Seed não acatou a proposição da APP, exigindo a reposição em dia letivo.
Todos os educadores, então, terão que repor o dia até o final de
novembro.
ASSEMBLEIA
À tarde, mais de 2.500 educadores e educadoras realizaram assembleia histórica na tarde do dia 30 de agosto na sede do Paraná Clube em Curitiba.
O mês de setembro será de intensa mobilização a fim de pressionar o governo para que cumpra os compromissos assumidos em reunião.
A APP realizará visitas às escolas, produção de materiais, faixas e jornais especiais.
Após muitos debates, o seguinte calendário de mobilização foi aprovado:
Dia 5 - Ato em Curitiba na boca maldita e em todas regionais referente à VI Marcha Nacional Pela Educação, promovida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).
Dia 18 - assembleia extraordinária e paralisação estadual
O reajuste do magistério foi aprovado ontem pela Assembleia Legislativa (Alep) e já sancionado.
O governo se comprometeu a fazer uma folha complementar até o dia 17.
Em setembro, deve ser encaminhado o plano de carreira dos funcionários para a Alep, já incluindo reajuste de 3,54% ou R$ 100 no auxílio transporte.
O novo plano de carreira dos professores será enviado em outubro.
Também se comprometeu a no próximo mês a implementar as promoções e progressões, com os atrasados do PDE.
Todas as quintas-feiras, as escolas devem mandar representantes para o Tribunal de Contas para pressionar a aprovação das mudanças nos critérios da Lei de Responsabilidade Fiscal, a fim de abrir margem fiscal para as negociações.
A hora-atividade está prevista para o início do ano letivo.
Na assembleia definiu-se que em dezembro, durante a distribuição da aulas, se esse direito não for garantido, a categoria entra o próximo ano em greve.
Também foi retirada uma moção de repúdio contra a política de desmonte pedagógico das escolas públicas que está se encaminhando com maior intensidade neste governo.
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