sexta-feira, 26 de outubro de 2012

VÍDEO: CRIANÇAS VEEM! CRIANÇAS FAZEM!

Este é um vídeo sobre a influência do adulto no comportamento infantil. 
Nele percebe-se que os pais demonstram aos filhos exemplos de conduta por meio de suas atitudes.
É uma bela campanha publicitária de 2006 da Organização não governamental "Amigos da Criança da Austrália" (ONG Child Friendly Australia).
Vale a reflexão para o tipo de modelo que estamos sendo! 



Child Friendly Australia é uma organização não governamental que trabalha em parceria com a National Association for Prevention of Child Abuse and Neglect – NAPCAN (Associação Nacional pela Prevenção de Abuso e Negligência Infantil). 
Na Semana Nacional de Proteção à Criança, realizada de 03 a 09 de Setembro de 2006, na cidade de Brisbane, Australia, essa ONG lançou sua primeira campanha intitulada “Children See, Children Do” (“Crianças vêem, Crianças fazem”), criada pela agencia DDB.
De acordo com o diretor executivo da NAPCAN, Adam Blaskester, o abuso e a negligência infantil são dois dos problemas sociais mais sérios da sociedade australiana e atingem uma parcela significativa da população, por essa razão, a campanha é elaborada como uma forma de alerta a essas questões.
A originalidade e a repercussão do comercial foram elementos fundamentais para a conquista da estatueta de bronze no festival de Cannes de 2007.

A deseducação, retratada no comercial através de cenas que mostram pais que incitam o tabagismo, a não solidariedade, a agressão verbal, o alcoolismo, o racismo, o vandalismo, a crueldade contra os animais e a violência doméstica, revela a disforia (mal), enquanto a educação, representada pela cena referente à solidariedade, a euforia (bem).
Ao observarmos o comercial, percebemos primeiramente a disforia, uma vez que são apresentadas cenas de pais que transmitem exemplos de má conduta e são imitados por seus filhos que atuam da mesma forma que eles. 
Após a mensagem “Children see. Childrendo”, a cena de um pai e um filho, que ajudam uma mulher a recolher as compras que ela havia deixado cair em um estacionamento de supermercados, euforiza a educação, sendo esta enfatizada com a frase de encerramento “Make your influence positive” (“Faça a sua influência positiva”).
A campanha não visa promover a venda de itens de consumo, mas intenciona agregar valores sociais, persuadindo e sensibilizando o indivíduo comum, por meio de cenas chocantes, a repensar e refletir sobre suas atitudes, fazendo com que ele considere vital a transmissão de bons exemplos às crianças, para que se tornem adultos benevolentes.

A música é outro elemento que produz sentido na campanha, e fora criada especialmente para ela, com ritmo lento para causar sensibilidade e com uma letra que procura estabelecer a reflexão do telespectador sobre o seu papel de pai.

It’s look like rain again,
Dark clouds gather, fill the sky.
Don’t know how to talk to you,
Just know how to say goodbye.

Tradução:

Parece que irá chover novamente,
Nuvens negras reunidas, preenchem o céu.
Sem saber como falar com você,
Só saber como dizer adeus.

A música, além de ser mais uma manobra estabelecida pelos criadores da campanha para sensibilizar o telespectador, é também um alerta para os pais atentarem-se acerca da relação existente entre ele e seu filho.


10 comentários:

  1. A sociedade é reflexo de si mesma, ou seja, somos o produto de nossas próprias ações, para tanto ações negativas promovem resultados desfavoráveis a promoção e desenvolvimento social dos cidadãos.
    Em se tratando de crianças a situação fica insustentável pois a criança aprende e reproduz as ações dos adultos.
    Gilmara.

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    1. "Quem planta chuva, colhe tempestade", quem já não ouviu tal expressão? Há outras tais como: " Os alunos são espelhos dos pais e dos professores...", "Violência gera violência, os fracos julgam e condenam, porém os fortes perdoam e compreendem" (Augusto Cury), Uma das coisas importantes da não violência é que não busca destruir a pessoa, mas transformá-la" (Martin King), "Violência não é um sinal de força, a violência é um sinal de desespero e fraqueza" (Dalai Lama).
      Diante da reflexão do texto e do filme, contemplei com estes pensamentos de grandes pensadores da nossa época. Penso que, quando se trata do tema "Violência", deveríamos oportunizar mais tempo, e de forma sistematizada, discutirmos outras vezes, com os nossos próprios educandos. Claro que a postura dos nossos dirigentes escolares, têm sido exemplar, mas a nossa Comunidade carece de mais reflexões. Em nosso cotitiano, nos deparamos com atitudes violêntas, o tempo todo. Creio que não são apenas o ambiente que refletem tal comportamento. São frutos de um comportamento gerado desde a (VIU), (vida intra uterina), onde fomos "castigados" pelas frustrações de nossos pais. Este é apenas um aspecto. Penso que existe diferença entre tolerância e permissividade. A primeira, quase sempre praticada tanto por alunos quanto por professores. A segunda, somente professores. Ser tolerante, é uma atitude nobre, ser permissivo é uma prática condenada pela maioria dos educandos. Como diz o texto, há muitas causas da violência, o filme reforça que a atitude violênta das crianças é apenas a "sombra" refletida dos adultos. Creio que é possível "universalizar" a paz , tornarmos "multiplicadores" de atitudes pacíficas, quando praticarmos com serenidade "atitudes que gerem a paz". Para finalizar, a ideia utópica de que possamos ser "gerenciadores da Paz" é possível, quando nos conscientizarmos de que é preciso RIGOR no ato de educar, mas ao mesmo tempo, AMOR no ato de corrigir.
      Prof. João Braga (filosofia noturno)

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    2. BRAVO, BRAVÍSSIMO!
      Como dizem"tirou as palavras da minha boca", na verdade, dos meus pensamentos. Excelente colocação Prof.João. PARABÉNS, é ótimo perceber que seguimos juntos, e com propostas em comum.
      Simone - Pedagoga

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  2. A violência é um problema social e presente em nossas escolas, no mundo com a violência estampada nas ruas, em casa, na mídia e outros, nos levam perder a credibilidade em uma sociedade justa e pacífica. A escola incorpora e reflete os aspectos da sociedade. Mais do que nunca nossas ações como educadores devem ser de respeito, educação e integração com todos os envolvidos no processo educativo e de forma organizada buscar estratégias para superarmos a violência em todos os seus âmbitos.Prof. Vera(Biologia)

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  3. Na minha concepção violência é a transgressão às normas que norteiam a nossa sociedade(chavão? Pode ser, porém é o que aprendemos e tentamos seguir), como mostra o vídeo o papel principal é sempre de um adulto, sendo imitado por uma criança. Já presenciei agressões físicas e verbais em nosso colégio, no entanto, sabemos que por trás de todas as reações, exstem fatos, razões, muitas vezes escondidas dentro dos núcleos familiares e prontas para que com a primeira fagulha explodam, chamuscando todos que estiverem em volta, pois naquele momento, o importante é pôr para fora, desabafar. Li um comentário de uma família que relembrou o nosso ditado popular:"educação vem de berço", isso quer dizer que temos famílias preocupadas, conscientes, que conversam , resolvem ou pelo menos tentam resolver seus problemas, o que para nós é muito bom, porque facilitam a nossa convivência diária com seus filhos. Não sou hipócrita, sou mãe e professora, tenho minhas falhas, sou humana, passível de erros e acertos, todavia sempre que errei pedi desculpas, foram aceitas e seguimos em frente e também já recebi alguns pedidos de desculpas e eles sabem que podem contar com o meu apoio, desde que sintonizem a minha palavra chave: "sinceridade"O Zardo está no caminho certo, teorias? Exstem várias. Práticas? Existe o Zardo. Participei de três ou mais situações que comprovam o que estou relatando. Bom...é isto! MARTA AFORNALI-LÍNGUA PORTUGUESA

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  4. 1) Violência são todas as ações que machucam as pessoas de alguma forma, sendo com palavras, agressões e injustiças sociais.
    2) Podemos perceber violências físicas, como brigas e brincadeiras brutas. Violência contra o patrimônio público, violência moral, como desrespeito aos colegas e aos professores.
    3) Podemos fazer pouco a respeito da violência, pois não temos autoridade para tal e pelo visto ninguém tem, mas o que podemos fazer é: chamar a atenção dos mesmos para que se comportem e quando o objetivo não é atingido, temos que pedir ajuda aos pedagogos .
    4) Creio que o comportamento do professor seve de exemplo para alguns alunos, mas na sociedade brasileira o mau exemplo é dominante , tanto o de “autoridades” como o de pessoas comum. Portanto nossa influência é pequena.
    5) Possibilidade há, mas todas envolvem aplicação de recursos aos quais a escola não tem muito acesso , poderia aumentar o número de câmeras de vigilância, colocação de inspetores, etc. Cabe a família educar seus filhos para que os mesmos não sejam violentos.
    Comentário Sobre o texto dois
    Achei interessante, pois o mesmo apoia a ênfase nos conteúdos o que parece estar meio fora de moda ultimamente, sendo que a escola atual parece mais um parque de diversões, aonde os alunos vão para passar o tempo e se divertir e o professor faz o papel de palhaço, pois tem que fazer malabarismos para conservar o aluno em sala de aula, evitar a evasão, prender a atenção do aluno, encontrar novas formas de dar aula, etc. Tudo para divertir o cliente.

    Elias Cicero Mattar Sobrinho

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  5. Violência para mim é simplesmente causar mal à alguém, seja ele físico,verbal,...seja ele do tipo que for, ou seja a prática do mal.
    Seria isso muito sentimentalismo?!
    Penso que, realmente é isso. Pois a falta de bons sentimentos e valores humanos entre nós, ou como é mais comum ouvirmos falar, "a sociedade", porém sempre esquecendo de se incluir. O que não deixa de ser irônico, sendo que a INCLUSÃO está em alta não é mesmo? Enfim, essa falta, define muito bem a violência que se constrói no dia a dia de nossas escolas.
    As atitudes de violência na escola vão desde a falta de auto estima dos alunos, até os tapas e chutes entre colegas.
    A ação chave seria combater todo tipo de violência com o simples bom exemplo, que na realidade não vem sendo tão simples assim, algumas vezes até mesmo complicado. Porém, jamais impossível.O bom exemplo é fundamental para embasar qualquer proposta de PACIFICAÇÃO no ambiente da educação.
    As possibilidades de conduzirmos a redução dos índices de violência, devem ocupar nossas mentes de educadores, pois embora não dependam apenas de nossas atitudes,encontram nestas muitoooo potencial de vitória.
    O que exige no entanto, o encontro de um CONSENSO DE AÇÃO no grupo de cada escola. Deixando de lado o individualismo, para pensar e agir no coletivo. Todos tem ótimas ideias, mas sempre existe entre estas, a mais adequada à cada situação, e ambiente.
    A partir de um trabalho docente efetivamente em consenso, aí então teremos um novo percurso a galgar, o consenso familiar.
    E AÍ VAMOS NÓS!
    Simone - Pedagoga

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  6. Gostei de ler os textos e o vídeo retrata fielmente o que presenciamos no nosso cotidiano. Os nossos alunos são reflexo da família. Eu sempre comento que em sala de aula nós (professores) e os pedagogos no seu trabalho pedagógico com os alunos e família , sabemos sempre o tipo de educação que cada aluno tem em casa pelas suas ações. Parabéns equipe, vamos em frente que a esperança que nós como educadores temos nunca se acaba.Por isso, continuamos na luta e como disse uma colega nossa matando um "leão" todo o dia.
    Profª Filomena- matemática

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    1. Quando acima citei matando um "leão" todo o dia , quis dizer no sentido de enfrentar e resolver os problemas a cada dia da melhor forma possível e nosso caso específico dessa reunião a "violência".
      Profª Filomena

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  7. Marcia Peixoto
    Estamos mediante de tempos violentos e é nosso dever como educadores melhorarmos nossa formação no que se refere a esta problemática. Digo isto, pois esse é um dos caminhos que devemos buscar para trabalharmos com dignidade é claro que no dia a dia desenvolvemos técnicas individuais para que em algumas situações consigamos trabalhar com dignidade.

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