quinta-feira, 25 de abril de 2013
Visita Musical
Os alunos das turmas de 6º, 7º e 8º ano assistiram hoje a apresentação do Projeto Musical da Congregação Arautos do Evangelho. Além dos números musicais os integrantes da Congregação falaram aos alunos sobre a importância da Educação Musical.
segunda-feira, 22 de abril de 2013
RODA DA LEITURA
O ouvir nos acompanha desde o nascimento, sem
esta habilidade desenvolvida como escrever ler e falar? Precisamos treinar
nossos ouvidos. Pensando nisto o Colégio Estadual Professor Francisco Zardo
continua a parceria com a Casa de Leitura que teve como mediadora: Ana Carolina
com muito entusiasmo apresentou o conto: Medo, horror e morte, de Flávio Moreira
da Costa, dia 10/04/2013 com a turma do 2º ano A, acompanhados pelo Professor
da turma. Esta atividade faz com que o aluno desperte o interesse pela leitura,
soltando sua imaginação. Fazendo uma analogia com o mundo real. Porque as
palavras têm poder para edificar a alma humana.
sexta-feira, 19 de abril de 2013
1ª REUNIÃO PEDAGÓGICA
1ª REUNIÃO
PEDAGÓGICA
SENHORES PROFESSORES
. APRESENTAMOS
O TEXTO E QUESTÕES PARA LEITURA.
.
A PARTICIPAÇÃO DEVERÁ SER FEITA ATRAVÉS DE COMENTÁRIOS, PARECERES E APRECIAÇÃO
A PARTIR DAS QUESTÕES QUE APRESENTAMOS APÓS O TEXTO E DOS COMENTÁRIOS DOS
COLEGAS.
TEXTO
Caminhos para a
aprendizagem inovadora
Texto publicado no
livro Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica, 15ª ed.
SP: Papirus, 2009,
p.22-24
De
tudo, de qualquer situação, leitura ou pessoa podemos extrair alguma informação
ou experiência que nos pode ajudar a ampliar o nosso conhecimento, para
confirmar o que já sabemos, para rejeitar determinadas visões de mundo, para
incorporar novos pontos de vista.
Um
dos grandes desafios para o educador é ajudar a tornar a informação
significativa, a escolher as informações verdadeiramente importantes entre
tantas possibilidades, a compreendê-las de forma cada vez mais abrangente e
profunda e a torná-las parte do nosso referencial.
Aprendemos
melhor quando vivenciamos, experimentamos, sentimos. Aprendemos quando
relacionamos, estabelecemos vínculos, laços entre o que estava solto, caótico,
disperso, integrando-o em um novo contexto, dando-lhe significado, encontrando
um novo sentido.
Aprendemos
quando descobrimos novas dimensões de significação que antes se nos escapavam,
quando vamos ampliando o círculo de compreensão do que nos rodeia, quando como
numa cebola, vamos descascando novas camadas que antes permaneciam ocultas à
nossa percepção, o que nos faz perceber de uma outra forma. Aprendemos mais
quando estabelecemos pontes entre a reflexão e a ação, entre a experiência e a
conceituação, entre a teoria e a prática; quando ambas se alimentam mutuamente.
Aprendemos
quando equilibramos e integramos o sensorial, o racional, o emocional, o ético,
o pessoal e o social.
Aprendemos
pelo pensamento divergente, através da tensão, da busca e pela convergência –
pela organização, integração.
Aprendemos
pela concentração em temas ou objetivos definidos ou pela atenção difusa,
quando estamos de antenas ligadas, atentos ao que acontece ao nosso lado.
Aprendemos quando perguntamos, questionamos, quando estamos atentos, de antenas
ligadas.
Aprendemos
quando interagimos com os outros e o mundo e depois, quando interiorizamos,
quando nos voltamos para dentro, fazendo nossa própria síntese, nosso
reencontro do mundo exterior com a nossa reelaboração pessoal.
Aprendemos
pelo interesse, necessidade. Aprendemos mais facilmente quando percebemos o
objetivo, a utilidade de algo, quando nos traz vantagens perceptíveis. Se
precisamos comunicar-nos em inglês pela internet ou viajar para fora do país, o
desejo de aprender inglês aumenta e facilita a aprendizagem dessa língua.
Aprendemos
pela criação de hábitos, pela automatização de processos, pela repetição.
Ensinar se torna mais duradouro, se conseguimos que os outros repitam processos
desejados. Ex. ler textos com freqüência, facilita que a leitura faça parte do
nosso dia a dia. Nossa resistência a ler vai diminuindo.
Aprendemos
pela credibilidade que alguém nos merece. A mesma mensagem dita por uma pessoa
ou por outra pode ter pesos bem diferentes, dependendo de quem fala e de como o
faz. Aprendemos também pelo estímulo, motivação de alguém que nos mostra que
vale a pena investir num determinado programa, curso. Um professor que
transmite credibilidade facilita a comunicação com os alunos e a disposição
para aprender.
Aprendemos
pelo prazer, porque gostamos de um assunto, de uma mídia, de uma pessoa. O
jogo, o ambiente agradável, o estímulo positivo podem facilitar a aprendizagem.
Aprendemos
mais, quando conseguimos juntar todos os fatores: temos interesse, motivação
clara; desenvolvemos hábitos que facilitam o processo de aprendizagem; e
sentimos prazer no que estudamos e na forma de fazê-lo.
Aprendemos
realmente quando conseguirmos transformar nossa vida em um processo permanente,
paciente, confiante e afetuoso de aprendizagem. Processo permanente, porque
nunca acaba. Paciente, porque os resultados nem sempre aparecem imediatamente e
sempre se modificam. Confiante, porque aprendemos mais se temos uma atitude
confiante, positiva diante da vida, do mundo e de nós mesmos. Processo
afetuoso, impregnado de carinho, de ternura, de compreensão, porque nos faz
avançar muito mais.
Conhecimento pela comunicação e pela interiorização
O
conhecimento se dá fundamentalmente no processo de interação, de comunicação. A
informação é o primeiro passo para conhecer. Conhecer é relacionar, integrar,
contextualizar, fazer nosso o que vem de fora. Conhecer é saber, é desvendar, é
ir além da superfície, do previsível, da exterioridade. Conhecer é aprofundar
os níveis de descoberta, é penetrar mais fundo nas coisas, na realidade, no
nosso interior. Conhecer é conseguir chegar ao nível da sabedoria, da
integração total, da percepção da grande síntese, que se consegue ao
comunicar-se com uma nova visão do mundo, das pessoas e com o mergulho profundo
no nosso eu. O conhecimento se dá no processo rico de interação externo e
interno. Pela comunicação aberta e confiante desenvolvemos contínuos e
inesgotáveis processos de aprofundamento dos níveis de conhecimento pessoal,
comunitário e social.
Conseguimos
compreender melhor o mundo e os outros, equilibrando os processos de interação
e de interiorização. Pela interação entramos em contato com tudo o que nos
rodeia; captamos as mensagens, nos revelamos e ampliamos a percepção externa.
Mas a compreensão só se completa com a interiorização, com o processo de
síntese pessoal, de reelaboração de tudo o que captamos através da interação.
Temos
muitas chances de interagir, de buscar novas informações. Somos solicitados
continuamente a ver novas coisas, a encontrar novas pessoas, a ler novos
textos. A sociedade - principalmente pelos meios de comunicação - nos puxa em
direção ao externo e não há a mesma preocupação em equilibrar a saída para o
mundo com a interiorização, com o ambiente de calma, meditação e paz
necessários para reencontrar-nos, para aceitar-nos, para elaborar novas
sínteses.
Hoje
há mais pessoas voltadas para fora do que para dentro de si, mais repetidoras
do que criadoras, mais desorientadas do que integradas.
Interagiremos
melhor se soubermos também interiorizar, se encontrarmos formas mais ricas de
compreensão, que levará para novos momentos de interação. Se equilibramos o
interagir e o interiorizar conseguiremos avançar mais, compreender melhor o que
nos rodeia, o que somos; conseguiremos levar ao outro novas sínteses e não
sermos só papagaios, repetidores do que ouvimos.
Os
processos de conhecimento dependem profundamente do social, do ambiente
cultural onde vivemos, dos grupos com os que nos relacionamos. A cultura onde mergulhamos
interfere em algumas dimensões da nossa percepção. Um jovem dos anos sessenta
se parece com um jovem da década de noventa, mas, ao mesmo tempo, muitas
percepções e valores mudaram radicalmente. Do hippie contestador dos anos
sessenta passamos hoje para um jovem mais conservador, mais preocupado com sua
qualidade de vida pessoal, com o seu futuro profissional, em querer ter acesso
aos bens de consumo. É um jovem, em geral, menos idealista e com menos
sentimentos de culpa que os seus próprios pais.
O
conhecimento depende significativamente de como cada um processa as suas
experiências quando criança, principalmente no campo emocional. Se a criança se
sente apoiada, incentivada, ela explorará novas situações, novos limites, se
exporá a novas buscas. Se, pelo contrário, se sente rejeitada, rebaixada,
poderá reagir com medo, com rigidez, fechando-se defensivamente diante do
mundo, não explorando novas situações.
As
interferências emocionais, os roteiros aprendidos na infância levam a formas de
aprender automatizadas por alguns mecanismos, que ajudam e complicam o
processo. Um deles é o da passagem da experiência particular para a geral, o
processo chamado de generalização. Com a repetição de algumas
situações semelhantes, a tendência do cérebro é a de acreditar que elas
acontecerão sempre do mesmo jeito, e isso torna-se algo geral, torna-se padrão.
Diante de novas experiências, a tendência será enquadrá-las rapidamente nos
padrões anteriores fixados, sem analisá-las muito profundamente, a não ser que
haja divergências extremamente fortes. Com a generalização facilitamos a compreensão
rápida, mas podemos deturpar, simplificar a nossa percepção do objeto
focalizado. O estereótipo é um processo de generalização e fixação de conteúdo,
que se cristaliza e dificilmente se modifica.
Esses
processos de generalização e de interferências emocionais levam a mudanças, a
distorções, a alterações na percepção da realidade. Cada um conhece a partir de
todos esses filtros, condicionamentos. Muitos dados não são sequer percebidos,
são deixados de lado antes de serem decodificados. Quando há muitos estímulos
simultâneos, o cérebro seleciona os que considera principais e corre em busca
dos estereótipos e das formas já familiares. Cada um pensa que a sua percepção
é completa e verdadeira e tem dificuldade em aceitar as percepções diferentes
dos outros.
Se
nossos processos de percepção estão distorcidos, podem levar-nos desde pequenos
a enxergar-nos de forma negativa, a não avaliar-nos corretamente. Conhecer a si
mesmo, aos outros, o mundo de forma cada vez mais ampla, plena e profunda é o
primeiro grande passo para mudar, evoluir, crescer, ser livre e realizar-nos.
Um
dos eixos das mudanças na educação passa pela sua transformação em um processo
de comunicação autêntica e aberta entre professores e alunos,
principalmente, incluindo também administradores, funcionários e a comunidade,
principalmente os pais. Só vale a pena ser educador dentro de um contexto
comunicacional participativo, interativo, vivencial. Só aprendemos
profundamente dentro deste contexto. Não vale a pena ensinar dentro de
estruturas autoritárias e ensinar de forma autoritária. Pode até ser mais
eficiente a curto prazo - os alunos aprendem rapidamente determinados conteúdos
programáticos - mas não aprendem a ser pessoas, a ser cidadãos.
Parece
uma ingenuidade falar de comunicação autêntica numa sociedade altamente
competitiva, onde cada um se expõe até determinado ponto e, na maior parte das
vezes, se esconde, em processos de comunicação aparentes, cheios de
desconfiança, quando não de interações destrutivas. As organizações que quiserem
evoluir terão que aprender a reeducar-se em ambientes mais significativos de
confiança, de cooperação, de autenticidade. Isso as fará crescer mais, estar
mais atentas às mudanças necessárias.
As
tecnologias nos ajudam a realizar o que já fazemos ou que desejamos. Se somos
pessoas abertas, elas nos ajudam a ampliar a nossa comunicação; se somos
fechados, ajudam a controlar mais. Se temos propostas inovadoras, facilitam a
mudança.
Com
ou sem tecnologias avançadas podemos vivenciar processos participativos de
compartilhamento de ensinar e aprender (poder distribuído) através da
comunicação mais aberta, confiante, de motivação constante, de integração de
todas as possibilidades da aula-pesquisa/aula-comunicação, num processo
dinâmico e amplo de informação inovadora, re-elaborada pessoalmente e em grupo,
de integração do objeto de estudo em todas as dimensões pessoais: cognitivas,
emotivas, sociais, éticas e utilizando todas as habilidades disponíveis do
professor e do aluno.
QUESTÕES
A
partir da leitura do texto: Caminhos
para a aprendizagem inovadora do autor José
Manuel Moran, responda:
1-
No início do texto, o autor afirma que tornar as informações significativas,
escolher as informações verdadeiramente importantes, compreendê-las e torná-las
parte do nosso referencial é um dos grandes desafios para o educador.
Em
seguida, o autor descreve diversas maneiras de aprender, seja nas relações com
o outro ou com o meio.
Isto
posto, quais estratégias você utiliza em sala de aula para motivar os seus
alunos a aprenderem? E como viabilizar as informações para se efetivarem no
processo ensino-aprendizagem?
2
- Reflita e comente o trecho “... só vale a pena ser educador dentro de um
contexto comunicacional participativo, interativo, vivencial. Só aprendemos
profundamente dentro deste contexto. Não vale a pena ensinar dentro de
estruturas autoritárias e ensinar de forma autoritária. Pode até ser mais
eficiente a curto prazo - os alunos aprendem rapidamente determinados conteúdos
programáticos - mas não aprendem a ser pessoas, a ser cidadãos.”
[1] Doutor
em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo. Escola de
Comunicações e Artes. Tese: Educar para a Comunicação; Análise
das experiências latinoamericanas de leitura crítica da comunicação. Publicada,
com alterações, com o título: Leituras dos Meios de Comunicação. São Paulo,
Editora Pancast, 1993.
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