O TEXTO EM QUESTÃO É FRAGMENTO ADAPTADO DE ARTIGO SOBRE EVASÃO ELABORADO PELO PROFESSOR DE CIÊNCIAS SAMUEL CORTEZ, NO RIO GRANDE DO SUL, BEM COMO A JUSTIFICATIVA DA EVSÃO OCORRIDA NOS CURSOS TÉCNICOS SUBSEQUENTES DA NOITE NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2012.
A evasão escolar não é um problema recente, já se verifica há muito tempo. Inicialmente é necessário compreender o perfil do aluno do noturno hoje, para que se consiga entender as causas da evasão.
O aluno do ensino médio público noturno, em sua maioria, trabalha, está na faixa etária inadequada para a série em que estuda e normalmente vive com os pais (um ou ambos). Tem na escola a visão de uma chance para melhorar o salário (profissão). A maioria só pretende terminar o ensino médio, não havendo perspectiva de ingressar no ensino superior.
O aluno trabalhador tem no emprego a sua prioridade, relegando a escola a um segundo plano. Segundo CARNEIRO, 2005:
“Pelas observações e pelos depoimentos analisados, conclui-se que dentre os impedimentos para que o aluno desenvolva com sucesso seu processo de escolarização destacam-se as pequenas empresas, informais ou não, de todos os ramos de atividades, as quais, ao arrepio da lei, salvo raras exceções (as que se preocupam em ter responsabilidade social), com seu descompromisso social criam entraves para que o aluno não freqüente regularmente a escola.”
Percebe-se neste ponto um paradoxo: sendo o aluno trabalhador e querendo melhorar financeiramente, deveria dar mais importância para o estudo.
Mas o que leva este aluno do noturno ter este perfil de comportamento?
Estamos falando de uma pessoa que, trabalhadora ou não, chega no turno da noite tendo uma atividade durante todo o dia. A grande maioria dos profissionais graduados pelo ensino superior freqüentou a escola noturna. Inclusive nós professores. Se lembrarmos do “nosso tempo”, enquanto aluno, veremos que não foi muito diferente a nossa reação ao ensino. Nosso objetivo... Passar. Muitas vezes chegávamos cansados e outras vezes desmotivados.
A evasão escolar não é um problema recente, já se verifica há muito tempo. Inicialmente é necessário compreender o perfil do aluno do noturno hoje, para que se consiga entender as causas da evasão.
O aluno do ensino médio público noturno, em sua maioria, trabalha, está na faixa etária inadequada para a série em que estuda e normalmente vive com os pais (um ou ambos). Tem na escola a visão de uma chance para melhorar o salário (profissão). A maioria só pretende terminar o ensino médio, não havendo perspectiva de ingressar no ensino superior.
O aluno trabalhador tem no emprego a sua prioridade, relegando a escola a um segundo plano. Segundo CARNEIRO, 2005:
“Pelas observações e pelos depoimentos analisados, conclui-se que dentre os impedimentos para que o aluno desenvolva com sucesso seu processo de escolarização destacam-se as pequenas empresas, informais ou não, de todos os ramos de atividades, as quais, ao arrepio da lei, salvo raras exceções (as que se preocupam em ter responsabilidade social), com seu descompromisso social criam entraves para que o aluno não freqüente regularmente a escola.”
Percebe-se neste ponto um paradoxo: sendo o aluno trabalhador e querendo melhorar financeiramente, deveria dar mais importância para o estudo.
Mas o que leva este aluno do noturno ter este perfil de comportamento?
Estamos falando de uma pessoa que, trabalhadora ou não, chega no turno da noite tendo uma atividade durante todo o dia. A grande maioria dos profissionais graduados pelo ensino superior freqüentou a escola noturna. Inclusive nós professores. Se lembrarmos do “nosso tempo”, enquanto aluno, veremos que não foi muito diferente a nossa reação ao ensino. Nosso objetivo... Passar. Muitas vezes chegávamos cansados e outras vezes desmotivados.
A tempos atrás ou você concluía o ensino básico ou simplesmente não estudava. Hoje em dia, além dos cursos técnicos, pagos ou gratuitos e muitas vezes financiados pelo empregador, existem mecanismos que facilitam a formação do ensino básico, como EJA, a progressão parcial e cursos à distância. O aluno muitas vezes “opta” por abandonar determinadas matérias a fim de concluí-las mais adiante, já que não vê perspectivas de cursar uma faculdade, não tem pressa em concluir o ensino básico.
Outro ponto importante do perfil do aluno do noturno é o real uso do que ele está aprendendo na escola. Se um aluno que não tem a perspectiva de um curso superior, ouve de um professor que é importante àquela matéria para o vestibular, ele certamente irá se desinteressar pelo assunto.
Outro ponto importante do perfil do aluno do noturno é o real uso do que ele está aprendendo na escola. Se um aluno que não tem a perspectiva de um curso superior, ouve de um professor que é importante àquela matéria para o vestibular, ele certamente irá se desinteressar pelo assunto.
Devemos considerar como “agravantes” neste processo de evasão, o fato do turno da noite oferecer várias opções alternativas em relação à escola, como cinema, festas, bares, etc. O diurno já não oferece tais opções. Na maioria das vezes o aluno sai de casa com a intenção de realmente vir ao colégio, mas ao tomar conhecimento de outro “programa” melhor acaba desistindo. Às vezes até estimulado pelos colegas.
É comum observar que, muitas vezes os alunos do noturno ficam parados na frente do prédio, conversando sem a preocupação de assistirem as aulas. A impressão é a de que eles ficam esperando o surgimento de outra opção, como desculpa, para não freqüentarem a aula. Novamente a prioridade errada para o momento.
Essas observações se reportam ao aluno do Ensino Médio regular, mas há uma outra realidade da Evasão em nossa escola que á a do aluno dos cursos técnicos subsequentes. Em função disso, foi solicitado pelo NRE um relatório que explicasse as razões/motivos da evasão escolar nos cursos subseqüentes do período noturno – Administração, Informática e Meio Ambiente - no Colégio Estadual Professor Francisco Zardo.
É comum observar que, muitas vezes os alunos do noturno ficam parados na frente do prédio, conversando sem a preocupação de assistirem as aulas. A impressão é a de que eles ficam esperando o surgimento de outra opção, como desculpa, para não freqüentarem a aula. Novamente a prioridade errada para o momento.
Essas observações se reportam ao aluno do Ensino Médio regular, mas há uma outra realidade da Evasão em nossa escola que á a do aluno dos cursos técnicos subsequentes. Em função disso, foi solicitado pelo NRE um relatório que explicasse as razões/motivos da evasão escolar nos cursos subseqüentes do período noturno – Administração, Informática e Meio Ambiente - no Colégio Estadual Professor Francisco Zardo.
A evasão dos cursos técnicos subsequentes não é um problema exclusivo da nossa escola. É uma problemática escolar oriunda de questões sociais abrangentes e complexas. Mesmo assim, sendo aspectos que interferem diretamente nas questões pedagógicas, estabelecemos estratégias para levantar os motivos e organizar ações em combate à evasão.
No dia 02 de julho de 2012, de acordo com o Calendário Escolar, realizamos o Conselho de Classe e por meio dele formatamos o conjunto de informações para concluirmos o presente relatório.
No levantamento do número de alunos matriculados e evadidos, notamos:
No curso de Admnistração houve 40 matrículas e 12 evasões.
Em Informática, 29 matrículas e 07 evasões.
No curso de Meio Ambiente, 24 matrículas e 09 evasões.
No curso de Admnistração houve 40 matrículas e 12 evasões.
Em Informática, 29 matrículas e 07 evasões.
No curso de Meio Ambiente, 24 matrículas e 09 evasões.
Os motivos da evasão, de acordo com levantamentos feitos pela Equipe Pedagógica e coordenadoras de Administração e Meio Ambiente, via telefone e visitas, são:
- Alunos que mudaram de endereço e de município (3) – dificultando o acesso à escola e chegada no horário;
- Aluna atendida pela Lei de Amparo a Maternidade (1), porém desistiu pela impossibilidade de atender filho e estudos.
- Mudança no horário de trabalho (5) (sendo o término entre 19 e 20h) se tornando inviável freqüentar as 3 primeiras aulas.
- Alunos que foram aprovados no Vestibular (2) – optando por frequentar o Ensino Superior;
- Alunos com problemas familiares (3) (alcoolismo, drogadição e problemas de saúde – câncer) optando por cuidar da família;
- Alunos que tiveram promoção no trabalho (2) e optaram pela formação profissional da própria empresa.
- Alunos que não encontraram no curso aquilo que procuram numa formação profissional (4) – inadequação curso X perspectiva pessoal;
- Alunos que efetuaram matrícula porém nunca compareceram (8) .
Analisando as causas que originaram o abandono do curso técnico, percebe-se que, na maioria das vezes, há relação dos motivos apresentados para a evasão com a condição de vida de aluno trabalhador.
Chama a atenção que para justificar a evasão foi dada maior ênfase para questões do trabalho.
Vale ressaltar questões sobre o tipo de aula que é oferecido no curso. A metodologia empregada pelo professor conta muito, uma vez que isso pode motivar ou, simplesmente desmotivar o aluno que está em sala de aula porque quer, não para cumprir obrigação. Neste sentido, a crítica dos alunos evadidos remete, em parte, à realidade dos cursos de formação para professores, que são direcionados para o aluno que frequenta a escola na “idade certa”, dando pouca ou nenhuma ênfase à educação escolar em cursos técnicos.
Cabe-nos refletir sobre a evasão escolar no ensino noturno como um fenômeno inserido numa complexidade ampla, que envolve, sobretudo, fatores sócio-econômicos e culturais, mas também perpassa a responsabilidade da escola, que revela despreparo para cumprir esta tarefa e acaba sendo um fator a mais para a expulsão do aluno do curso técnico do processo de cidadania.
A equipe escolar (pedagógica e coordenação), imbuida em atenuar o problema da evasão, desenvolveu, como ação preventiva e de retomada das ações educativas, o levantamento dos alunos faltosos, pré-conselho (no mês de abril) e contato telefônico com os mesmos.
Chama a atenção que para justificar a evasão foi dada maior ênfase para questões do trabalho.
Vale ressaltar questões sobre o tipo de aula que é oferecido no curso. A metodologia empregada pelo professor conta muito, uma vez que isso pode motivar ou, simplesmente desmotivar o aluno que está em sala de aula porque quer, não para cumprir obrigação. Neste sentido, a crítica dos alunos evadidos remete, em parte, à realidade dos cursos de formação para professores, que são direcionados para o aluno que frequenta a escola na “idade certa”, dando pouca ou nenhuma ênfase à educação escolar em cursos técnicos.
Cabe-nos refletir sobre a evasão escolar no ensino noturno como um fenômeno inserido numa complexidade ampla, que envolve, sobretudo, fatores sócio-econômicos e culturais, mas também perpassa a responsabilidade da escola, que revela despreparo para cumprir esta tarefa e acaba sendo um fator a mais para a expulsão do aluno do curso técnico do processo de cidadania.
A equipe escolar (pedagógica e coordenação), imbuida em atenuar o problema da evasão, desenvolveu, como ação preventiva e de retomada das ações educativas, o levantamento dos alunos faltosos, pré-conselho (no mês de abril) e contato telefônico com os mesmos.
Após este levantamento, e no Conselho de Classe e pós-conselho, foram efetivadas as seguintes ações pedagógicas:
- Chamamento individual dos alunos para conversa e orientação (via telefone), mas nem todos os faltosos compareceram.
- Desenvolvimento de atividades e aumento dos prazos para entrega dos trabalhos, a fim de corrigir a rigidez em prazos que muitas vezes ignora as razões dos alunos (que na grande maioria são adultos).
- Registro em ata e na Ficha individual do aluno de desempenho geral e orientações pedagógicas.
- Replanejamento, com os professores, adequando os conteúdos e organizando atividades para melhor aprendizagem pelo aluno.
- Ligação telefônica aos alunos e / ou suas famílias, solicitando os motivos das faltas e / ou abandono.
- Intensificação de um trabalho permanente com os professores, elaborando e sugerindo atividades diferenciadas (palestras, seminários, visitas técnicas, etc, que foi tudo sendo publicado no Blog da Pedagogia).
- Reunião com os alunos Monitores no qual solicitamos avaliação de cada disciplina e do curso com o intuito de corrigir as falhas por meio do apontamento dos próprios alunos.
No início do 2º Bimestre, quando vários alunos foram contados para retornarem às aulas, muitos relataram que não teriam condições de recuperar o período “perdido”.
Mediantes aos fatos relatados, fica evidente nossa preocupação com o problema que atinge nossos cursos técnicos e eviodenciamos que, em nenhum moento deixamos que conferir os motivos do abandono do curso pelos alunos. Incentivamos muito as atividades diferenciadas a fim de que as aulas sejam motivadoras e dinâmicas.
Sabe-se que a evasão escolar é um dos problemas mais preocupantes, mais sérios da educação brasileira. É um fenômeno muito complexo e está presente em todas as estatísticas do sistema escolar brasileiro. O esforço de políticas educacionais, no decorrer dos anos, para a ampliação de vagas no sistema escolar não assegurou uma política competente com uma educação de qualidade, capaz de promover a permanência e o sucesso dos alunos, principalmente dos que dela mais precisam para melhorar sua condição socioeconômica.
O fracasso escolar, mais especificamente a repetência, é um dos principais fatores que determinam a evasão escolar. Contudo, Schwartzman (2008, p. 13) adverte que:
O grande número de jovens que não estuda nem trabalha, sobretudo entre a população mais pobre, e o número significativo dos que estudam e trabalham, mostram que o que tira o adolescente da escola não é tanto a necessidade de trabalhar, como alguns economistas ainda pensam, mas o fracasso escolar em retê-lo. O principal indicador disso são as altas taxas de repetência, que são fortemente influenciadas mais uma vez, pelo nível sócio-econômico das famílias dos estudantes.
Libâneo (1994) também assinala que o fracasso escolar se evidencia pelo elevado número de reprovações nas séries iniciais do ensino de 1º grau, pela insuficiente alfabetização, que exclui silenciosamente o aluno da escola ao longo dos anos, e pelas dificuldades escolares não superadas, que comprometem o prosseguimento dos estudos.
QUESTIONAMENTOS
Sabe-se que a evasão escolar é um dos problemas mais preocupantes, mais sérios da educação brasileira. É um fenômeno muito complexo e está presente em todas as estatísticas do sistema escolar brasileiro. O esforço de políticas educacionais, no decorrer dos anos, para a ampliação de vagas no sistema escolar não assegurou uma política competente com uma educação de qualidade, capaz de promover a permanência e o sucesso dos alunos, principalmente dos que dela mais precisam para melhorar sua condição socioeconômica.
O fracasso escolar, mais especificamente a repetência, é um dos principais fatores que determinam a evasão escolar. Contudo, Schwartzman (2008, p. 13) adverte que:
O grande número de jovens que não estuda nem trabalha, sobretudo entre a população mais pobre, e o número significativo dos que estudam e trabalham, mostram que o que tira o adolescente da escola não é tanto a necessidade de trabalhar, como alguns economistas ainda pensam, mas o fracasso escolar em retê-lo. O principal indicador disso são as altas taxas de repetência, que são fortemente influenciadas mais uma vez, pelo nível sócio-econômico das famílias dos estudantes.
Libâneo (1994) também assinala que o fracasso escolar se evidencia pelo elevado número de reprovações nas séries iniciais do ensino de 1º grau, pela insuficiente alfabetização, que exclui silenciosamente o aluno da escola ao longo dos anos, e pelas dificuldades escolares não superadas, que comprometem o prosseguimento dos estudos.
QUESTIONAMENTOS
Analise o Texto e o Mapa Conceitual e responda:
1) Quais são os motivos da evasão escolar no Ensino Médio noturno que você percebe em suas turmas?Quem são os principais responsáveis por esta evasão?
Os motivos para evasão do aluno do noturno não se resume a um só. Como o proprio texto ressalta, pela pesquisa feita com alunos que se evadiram, são tantos e variados os motivos. Cada um tem o seu. Atribuir somente ao professor, ou ao aluno desinteressado, ou à necessidade de trabalhar, ou expectativas frustradas em relação ao curso é concentração indevida de responsabilidade. Não existe um motivo pontual...Agora: não há dúvida que uma escola bem equipada, com laboratórios de quimica e física, quadras de esportes, salas de Artes, uma estrutura física voltada para a prática tanto quanto para a teoria seria mais atrativa! Vejo por mim...quando temos aulas de pintura, ou com multimídia, os alunos participam mais e me pedem bis!( pena que não é sempre assim, por vários motivos)... Se é isso que vai mantê-los na escola, não sei, mas que eles se mostram mais interessados e participativos é notório. É isso. Marilise
ResponderExcluirOlá Marilise, tdo bem?
ExcluirConcordo com você, e penso que os investimentos são primordiais para a manutenção adequada da escola e seus alunos, e é de competência da sociedade como um todo, governos, empresas, familias e cidadãos essa manutenção. Concordo com você também, quanto a questão do trabalho muito cedo, que pode ser um problema que nós vivemos em nossa adolescencia, entretanto, muitos, muitos são os fatores que reunidos provocam a evasão....
Abraço, Marilise.
É verdade Marilise quando se tem um ambiente de acordo com a proposta dos cursos,ate memo da disciplina é muito mais interessante para o aluno faz a diferença,embora nao nos garante solucionar a questão envasão,como você mesmo diz são diversas as questões.
ExcluirAna Lucia um abraço.
Os motivos são os mais variados, percebidos de maneira diferente em cada turma, cada qual com um perfil próprio. O Ensino Noturno, por si só é "um segundo plano" na vida de alguns alunos, sempre, entretanto, visto por nós profissionais com a mesma importância que o ensino diurno. Quanto aos responsáveis, o próprio sistema capitalista e educacional é responsável, pois observa-se que alguns alunos param no inicio do curso por necessitarem trabalhar, outros pelas distancias percorridas, horários diversos, frustração em relação ao curso, desanimo em estudar, visto que "estudar não é tarefa facíl", vários alunos com diversos problemas familiares e sociais, os quais desembocam na escola, dentre outros....
ResponderExcluirO governo precisa incentivar a educação, principalmente com adequações de qualidade, através de laboratórios de midia, que sejam funcionais, equipamentos de datashow, disponibilidade de livros, artigos e formas de pesquisa, assim como, estrutura física para as escolas; investir também na efetiva e continua formação dos profissionais da educação.
A valorização dos alunos também é importante, pois quando sentem-se valoridos a motivação e a produção técnica/científica aumenta, assim como, investimentos a nível social em infraestrutura das cidades, melhorias em emprego e renda para que de maneira indireta vislumbre, nas pessos, a importância do conhecimento, através da valorizaçào da escola e seus profissionais. a melhoria social do salário dos menos favorecidos também é fator de peso.
Gilmara.
Olá colega Gilmara, concordo com você quando diz que tratamos do ensino noturno igualmente ao diurno, com o mesmo empenho e com o mesmo intuito, mas acredito que um dos fatores da evasão do período noturno esta embasada na falta de querer crescer. Muitos vem para o ensino noturno com o discurso de que matriculou passou, e já de cara enfrentam professores cheios de conteúdo, com uma proposta pedagógica de trabalho que os faz repensar, e por isso, na primeira desculpa que sempre é o trabalho pulam fora e só vem para aumentar este índice de evasão. É notório visto que muitos além deste fator matriculam-se para participarem de processos de estágio, ou por que a empresa exige, mas nunca frequentam, ou somente nas primeiras semanas. E nos educadores ficamos tendo que justificar o que não nos compete. Abraço, Everson
ExcluirInfelizmente Everson é a mais pura verdade, e pra ficar pior, para alguns alunos "esta concepção erronea", "tenta"desfavorecer o nosso trabalho, entretanto, penso que temos que continar firmes como somos....abraço, boa semana. Gilmara.
Excluir1) Não posso perceber os motivos da evasão escolar , pois não tenho acesso as informações e dados do colégio sobre o assunto. Portanto, creio que os motivos são geralmente os mencionados nos textos. Mas, talvez a raiz seja outra, o país chamado Brasil.
ResponderExcluir2) Não acredito que medidas pedagógicas da alçada da escola evitaria o alto índice de evasão, mas a mantenedora poderia sim ajudar a diminuir o índice, aplicando mais recursos para a melhoria de toda a estrutura da escola.
Elias
O texto destaca, e meus colegas reforçam, uma questão importante na compreensão dessa situação de evasão noturna, os motivos encontrados são DIVERSOS. Ou seja, a evasão tem uma abrangência que vai muito além da escola, uma extensa abrangência social.
ResponderExcluirPorém,isso não nos abona da responsabilidade educacional que nos cabe.
Essa empreitada não é simples. É longa, requer perseverança e determinação, mas é possível. Tão possível, que estamos aqui frente à discussões e análises, que representam um ponto de partida fundamental para a geração de medidas pedagógicas eficientes.
Minha ação como educadora pode parecer sonhadora, mas somada às ações que observo ao meu redor, julgo ser promissora de sucesso.
No atendimento de cada aluno do ensino noturno, busco engajá-lo às atividades escolares, a partir de sua rotina e realidade diária, para a organização de seu estudo próprio, particular às suas possibilidades, apresentando nessa ação uma perspectiva de não abandono aos estudos.
"O sonho pode deixar de ser sonho, se sonharmos juntos", esse pensamento está em uma canção cantada por Zé Ramalho. Então...que tal cantarmos, e sonharmos junto?
Vamos lá colegas!
Simone Grachiki
A partir da leitura, e os apontamentos realizados pelos profissionais do colégio noto que nós educadores, vivenciamos o investimento de força desprendido pela equipe como um todo.
ResponderExcluirForam elencadas várias ferramentas usadas, na tentativa de minimizar este problema de EVASÃO o qual sabemos não existe apenas no Colégio Estadual Professor Francisco Zardo, existe em nível de Brasil.
Sendo profissional do ensino, já presenciei inúmeras vezes a direção orientar e pedir para que as aulas sejam atrativas aos alunos. Entretanto, os professores se desdobram para que este “atrativo” aconteça como auxílio de ferramentas pedagógicas todos os dias. Mesmo não dominando com excelência as mídias disponíveis a educação, o esforço em se ajudar é notório, nas poucas horas de permanência que temos, sempre vejo professores se ajudando, na tentativa real de primar pela qualidade. Todavia, digo que é de nosso interesse que o aluno conclua seus estudos, trabalhamos para eles e por eles. A escola também prima para que prossigam estudando, aprendendo e reproduzindo seus conhecimentos.
No dia-a-dia, estamos cansados de trabalhar para oferecer aos alunos o que falta nas ações de boas políticas publicas, é notório o investimento da direção para que tenhamos um ambiente limpo e organizado, o qual, estimule a produção de conhecimento e a apropriação do mesmo. Refiro-me a estrutura do prédio, sem dúvida a direção busca melhorar o que temos todos os dias, aplicando o fruto do trabalho comunitário de alunos/pais, professores/funcionários e direção/equipe pedagógica na melhoria do ambiente escolar. Todos esses investimentos deveriam ser custeados pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), pois, o abandono e a evasão refletem na escola, uma vez que é organizada a partir do número de alunos efetivamente matriculados e freqüentando a escola. Enfim, estamos em busca de minimizar os resultados de evasão e maximizar a qualidade do ensino.
Vagna Ap. S. Munhão.
Biologia/GRN e GR.
Bom dia Professora Vagna
ExcluirUma boa reflexão!
Perceber o envolvimento dos profissionais, o trabalho, o compromisso, a busca e a pesquisa para aulas melhores realmente dá ânimo para nossa jornada.
Realmente temos colegas extremamente envolvidos e comprometidos.
Pena que os alunos não tenham esse gás todo para estudar.
Mantêm-se distantes e indiferentes a qualquer esforço para ajudá-los.
Quiça um dia tenhamos nosso trabalho refletido em alunos que queiram aprender.
A evasão escolar no noturno muitas vezes ocorre conforme o texto menciona é o fator trabalho,pois o aluno já vem para o noturno com esta finalidade,por estar também em faixa etária fora da série inserida,e muitas vezes o atrativo da noite são mais interessantes que a escola.
ResponderExcluirA forma como a pedagogia conduz a questão está correta ,ela busca saber do aluno com sua família o motivo de sua ausência,mas nem sempre este retorna,aos que retornam é feito um trabalho para recuperar o tempo perdido.
A evasão não é problema só da escola em si,envolve sem dúvida toda a sociedade ,muitos apoiam a educação mas o mais interessado não investe com deve, porque as escolas do estado e das prefeituras não tem uma instrutura como outras escolas,a mantenedora deve investir para as melhorias devidas, os pais devem incentivar e mostrar ao seus filhos a impotância dos estudos.
Ana Lucia - Arte
Bom dia Professora Ana
ResponderExcluirA sua frase "muitos apoiam a educação mas o mais interessado não investe como deve" sintetiza bem o que vivemos no cotidiano.
Mesmo os alunos apoiam a educação e quando questionado, falam extremamente bem da importência da escola.
Porém, na rotina, na hora do estudar para valer é outra história.
Assim acontece com nossos governantes.
O discruso é "educação é prioridade".
Mas os resultados estão aí e mostram comprovadamente que a educação vai mal.
O triste é que, na linha que estamos analisando aqui, a evasão acaba tendo como culpada a escola... e a mesma sendo "castigada" com cortes e mais cortes.
De qualquer forma, não desanimaremos em realizar aquilo que está ao nosso alcance e além!
A respeito do texto sobre evasão, buscamos sempre um verdadeiro culpado, muitas vezes nos punindo, acreditando estar este, no ato de realizarmos nosso trabalho em sala de modo deficitário, ou fora da realidade dos alunos, ou arcaico. Os tempos evoluíram, tecnologicamente, mas nos docentes, somos frutos da educação sem tecnologia e em nenhum momento paramos de sonhar e também de buscar nossos objetivos. A de se pensar que não é praticando aulas mirabolantes, cheias de requintes, como os aulões de cursinho, que nos vamos obter êxito com esta clientela. Também não cabe a nos avaliar ou julgar os verdadeiros motivos da evasão. Não nos cabe explicar o que todos já sabemos. Culpado é o sistema que requer a responsabilidade sobre o professor que segundo este, não cumpre seu papel direito e faz com que o aluno desista do sonho iniciado. Só esta faltando ao sistema pedir para que nos alem de educadores passemos a fazer um papel de assistente social. O que não nos compete... Sabemos qual é o nosso papel como educadores. Gráficos, notas, aprovação em massa, isso quem busca é o sistema. Cumprimos o nosso papel e é o que nos compete.
ResponderExcluirOlá Everson, concordo plenamente com você quando você identifica o Sistema como um dos principais culpados pela evasão... Acredito que grande parte dos nossos alunos, com os mais diversas dificuldades (ou não) advindas da sua vida cotidiana, não irão passar pelo portão do Zardo e de forma mágica sofrerem uma transformação em sua motivação, visão de mundo, responsabilidade, etc... Na minha opinião o que há a necessidade de se admitir é que a Escola é apenas e tão somente uma ponta em um Universo que envolve falta de estrutura familiar, envolvimento com drogas, falta de perspectivas futuras e também, infelizmente, uma cultura de inércia/indiferença acerca dos compromissos que cabem aos estudantes. Um grande abraço - Vladimir
ExcluirMediante a leitura do primeiro texto, que foi adaptado do material do prof. Cortez e da segunda parte, da realidade local da escola, no período noturno, fica evidente que a escola para o aluno da noite "serve" para que receba uma certificação de Ensino Médio, que o levará ao mundo do trabalho ou ainda, garantirá a sua permanência por mais tempo. A grande maioria não a frequenta a escola, infelizmente, para aprofundar os conhecimentos que o levem a um curso superior. Quanto a demanda dos cursos técnicos a realidade é a mesma, ter uma formação para o trabalho. Acredito que o empenho da equipe pedagógica para fazer com que o aluno volta à escola, sem dúvida é válido, por demonstrar a preocupação institucional com o mesmo e a capacitação, a formação continuada de professores para este público também tornasse primordial. Temos que ter em mente que estamos lidando com um aluno trabalhador que vem para a escola e não com um aluno que irá para o mercado de trabalho. Assim, começamos a repensar a nossa lógica pedagógica e metodológica.
ResponderExcluirMichele P A Santos.
em muitas escolas tem diretores e cordenador que não está preparado para o cargo não sabe a hora certa de agir diciplinarmente qulquer motivo leve já ameaça expulsar o aluno quando uma escola for centenciada na justiça ai vai jogar a culpa para o pai que colocou na justiça sem conversar com a escola não adianta conversar por que eles acha que estão certos então tem que ser levado a justiça sim?
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