sexta-feira, 28 de setembro de 2012

PLANO PERSONALIZADO DE ATENDIMENTO - PPA

A Instrução Nº 008/2012 da SEED/SUED institui o Plano Personalizado de Atendimento - PPA.
(Leia a instrução na íntegra neste link:
 http://www.educacao.pr.gov.br/arquivos/File/instrucoes/instrucao082012.pdf)
Esse Plano propõe corrigir a distorção idade/série por meio de estudos independentes e a
reclassificação para estudantes matriculados, que estão frequentando o Ensino Fundamental e Médio, com defasagem de dois ou mais anos idade/série.
A Instituição de Ensino poderá ofertar o programa, sempre que julgar necessário, desde que contemplado no Regimento Escolar.
As decisões deverão ocorrer com a anuência dos envolvidos no processo, equipe diretiva, equipe técnico-pedagógica, professores, pais ou responsáveis e estudantes.

ESCOLA
Um vez que a escola resolva implantar o PPA, a mesma deverá:
a) proceder ao levantamento dos estudantes com 02(dois) anos ou mais de defasagem idade/série no início de cada ano letivo;
b) identificar as dificuldades escolares dos estudantes documentando-as mediante parecer pedagógico;
c) convocar pais ou responsáveis dos estudantes para esclarecimentos sobre os procedimentos adotados;
d) elaborar cronograma das atividades;
e) informar, aos estudantes e pais ou responsáveis, o cronograma das atividades, bem como, todos os procedimento que envolvem o programa;
f) encaminhar o Termo de Compromisso para assinatura dos pais ou responsáveis;
g) orientar os pais ou responsáveis e estudantes sobre as condições de estudos, acompanhamento, e condições dos espaços físicos que deverão proporcionar para
os estudos independentes;
h) distribuir o material didático, produzido pelos professores, e orientar os estudantes sobre a sua utilização durante os estudos independentes;
i) organizar as aulas preparatórias;
j) encaminhar ao NRE informativos bimestrais referentes ao acompanhamento pedagógico dos estudantes reclassificados.

AVALIAÇÃO
Sobre as Avaliações, estas deverão ser provas escritas com duração de uma hora e o estudante poderá participar de até 04 (quatro) disciplinas, com intervalo de meia hora no mesmo turno;
A realização das avaliações será individual e os estudantes deverão demonstrar apropriação de conhecimento igual ou superior a 60% em cada um dos instrumentos de avaliação.
Os resultados das avaliações serão divulgados no prazo de 07 (sete) dias após a conclusão das correções e sua validação por meio de Conselho de Classe extraordinário, convocado para esse fim, sendo que os resultados serão divulgados de forma individual e registrados em ata específica com assinatura do pai ou seu responsável e do estudante.
As Instituições de Ensino poderão passar por uma reorganização na distribuição de turmas e turnos, solicitando através de e-mail ao NRE as adequações necessárias, após o resultado da reclassificação.
Os estudantes reclassificados ficarão inseridos nas turmas/séries para onde
avançarem e deverão, preferencialmente, participar de atividades voltadas ao
acompanhamento pedagógico ou apoio à aprendizagem.
PROFESSOR
Segundo a Instrução, o professor deverá:
a) elencar os conteúdos fundamentais da sua disciplina, contemplando o contido nas Diretrizes Curriculares Orientadoras do Estado do Paraná e nos Cadernos de Expectativas de Aprendizagem do Ensino Fundamental (anos finais) e do Ensino Médio;
b) organizar o material didático para os estudos independentes;
c) organizar o material didático com clareza, possibilitando a compreensão dos conteúdos e atividades, respeitando as características locais e as particularidades da comunidade;
d) entregar o material à equipe técnico- pedagógica da Instituição de Ensino para apreciação e posterior avaliação da equipe de Educação Básica dos NREs;
e) elaborar as avaliações de acordo com as dificuldades dos estudantes participantes, levantadas pela equipe técnico-pedagógica;
f) organizar aulas preparatórias com características diferenciadas das aulas tradicionais;
g) sanar dúvidas durante as aulas preparatórias, baseando-se no material didático elaborado;
h) organizar as avaliações com 15 questões, sendo 10 questões com alternativas múltiplas com 04 opções, cada uma, e 05 questões dissertativas de leitura, interpretação e produção de texto.

De acordo com o levantamento da SEED, a distorção no Ensino Fundamental em nossa escola escola está assim:

SÉRIENº DE ALUNOSDISTORÇÃOADEQUAÇÃO
6º Ano947,45%92,6%
7º Ano8813,6%86,4%
8º Ano1076,54%93,5%
9º Ano977,22%92,8%


Vamos analisar tal questão, caros professores.
Vejamos com cautela a necessidade disso em nossa escola.
Opine! Sugira! Avalie!

Leia a seguir a Proposta da AMPARE - Assessoria de Mobilização de Pais, Professores e Amigos da Rede Escolar

Apresentação
As escolas estão vivendo um momento crítico, a ordem estabelecida ficou com seus alicerces fragilizados frente aos conhecimentos tecnológicos que “deletaram” os conceitos de espaço e tempo. Passaram-se não mais de cinquenta anos da invenção do computador e da Internet, da criação de redes de comunicação sociais mundiais e as escolas ainda não se adaptam inteiramente aos novos rumos que se descortinam quanto ao futuro.
Um primeiro olhar observador mostra que o futuro que se apresenta evolui muito rapidamente. Crianças e adolescentes que, ainda ontem, em meados dos anos 1900,tinham “todo o tempo do mundo” para estudar, agora “correm contra o tempo”. Antes, defasar um/ dois anos no decorrer do período fundamental era facilmente recuperável. Agora, um segundo olhar observador mostra que o futuro está sem referências ao passado, sem uma aposta na criança e no adolescente, impedindo o professor de ensinar, preso a escola que não conseguem despertar e manter o interesse dos alunos pelos conteúdos curriculares.
Destacam-se, aqui, alunos que estão em defasagem de idade e série em relação ao currículo escolar que deveriam estar seguindo. Alunos excluídos dos seus reais grupos de estudos e que precisam avançar rapidamente em sua aprendizagem para alcançá- los, assegurando seus direitos de cidadãos.
Repensar a “reinclusão” escolar significa repensar o sentido atribuído à educação, além de atualizar as concepções e resignificar o processo de reconstrução desse indivíduos, compreendendo a complexidade e amplitude que este proceder envolve. Evidente também se faz necessário uma mudança de paradigma do processo de ensino, ainda centrado mais no alunos, levando em conta apenas suas potencialidades.
Por isso, a ideia que permeia este processo se fundamenta em uma filosofia que preza, reconhece e valoriza a diversidade como característica inerente à formação e sustentação de qualquer sociedade.
Partido desse pressuposto e antevendo como horizonte o cenário ético dos Direitos Humanos a proposta de corrigir a distorção idade/ série através da reclassificação de alunos do ensino fundamental ( e médio ?) na Rede Estadual de Educação Básica do Estado do Paraná utilizando – se de um currículo alternativo aqui apresentada, sinaliza a certeza do acesso e da participação do acesso e da participação de todos a todos as oportunidades oferecidas, independentemente de suas peculiaridades.
Justificativa
A escola contemporânea quer uma transformação significativa no processo educativo, ocupando o espaço que realmente lhe cabe: transmitir o conhecimento produzido pela experiência humana na preparação de crianças e adolescentes para o exercício da cidadania.
A escola moderna e contemporânea, dá início a uma transformação significativa em busca de se tornar o que se propõe para ima instituição de educação e ensino.
Entendendo sua importância e papel no contexto da sociedade atual, resgatamos os processos de ensino e aprendizagem a partir de uma revisão no planejamento organizacional – valorizado professores, alunos e toda comunidade escolar – e no sistema de avaliação, humanizando – o.
Quanto ao planejamento organizacional, são tomadas decisões que envolvem desde à implementação de regras e normas complementares à reorganização do trabalho pedagógico.
Quanto aos professores, valorização é a palavra de ordem adotada. O incetivo para que os professores “aprendam, se aperfeiçoem, inovem, deve ser constante”1 superando as limitações organizacionais, utilizando recursos e tecnologias disponíveis, visto entendermos que tecnologia em seu conceito mais abrangente significa todos os meios, os apoios e as ferramentas que podem ser utilizadas para que os alunos aprendam. Assim sendo, a organização dos alunos em salas de aula, o olhar os outros, o falar com os outros, o livro, a revista, entre outros, são fundamentalmente tecnologia. Basta utilizá-las adequadamente.
Importante levar em conta que a ordem estabelecida, hoje, é tão avançada que sequer se consegue reter o presente, já que este é sempre o futuro. Neste novo ambiente, percorrer o tempo certo para a concretização do processo de aprendizagem passou a ser fundamental para os alunos em idade escolar, sob pena de ficarem defasados em série e idade em relação aos seus reais grupos de estudo.
É indispensável considerar que as crianças e adolescentes trazem de casa suas experiências transmitidas com base no folclore básico de cada família, isto é, todos os alunos vêm com conhecimentos de realidades que lhes são próprias, que não podem ser desconsideradas, pois fazem parte de suas histórias de vida. Por isso, se surpreendem no universo escolar, porque é um universo desconhecido, no qual são tratados de forma diferente do que o são na família. E ao terem que aprender a conviver com essa nova situação, nem sempre o fazem com bons resultados. Seguem-se a reprovação ao final do período, o abandono da escola, a exclusão do grupo social do qual fazem parte. Daí a necessidade de um olhar diferenciado no sistema de avaliação.
Hoje, baseando-se em experiências vivenciadas no Colégio Estadual Milton Carneiro e em mais quinze escolas piloto na Rede Estadual de Educação Básica do Estado do Paraná, temos plena consciência de sua importância e do seu papel na sociedade humanizando o seu sistema de avaliação procurando aproximar-se da real situação dos alunos em defasagem escolar. É essencial trazer estes alunos para o universo de seus reais grupos de estudo, oportunizando-os a reparação dos seus processos interrompidos na escolarização básica.
Chegamos ao ponto: a recuperação destes alunos. E foi pensando neste grupo que propomos – Equipes de Direção, Equipes Pedagógicas, Docente e famílias – que elaborem e apliquem o Plano Personalizado de Atendimento – PPA – distorção idade/série com o objetivo primeiro de resgatar este grupo de alunos, fazendo sua reinclusão no grupo de estudos do qual realmente faz parte, logo, reconhecendo-os como sujeitos pensantes, capazes de produzirem e contribuírem para a transformação do seu ambiente.
Assumindo o desafio e alcançados resultados ainda mais significativos do que os esperados2, acolhe-se novo e desafiante compromisso aliado a uma proposta curricular flexível levando em conta a comunidade escolar e/ou com dificuldades de aprendizagem, com baixa estima, família desestruturada e poucas perspectivas para o futuro.
A educação é direito assegurado a todos os cidadãos brasileiros, definido pela Constituição da República federativa do Brasil de 19883, que também assegura que o ensino é livre desde que atendidas às condições das normas gerais da educação nacional e recebida a autorização e avaliação de qualidade do poder público4 e a fixação de conteúdos mínimos para o ensino fundamental5.
Também das leis nºs. 8..069/1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente) e 9.304/1996 ( lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) definem que a educação é um dos cuidados6 especiais/direto público subjetivo destinados à criança e ao adolescente.
A aplicação do Plano Personalizado de Atendimento – P.P.A – distorção idade/série aliada à proposta de um conjunto de critérios e orientações capazes de atender à diversidade em um currículo flexível baseado nas Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná, bem como no Caderno de expectativa de Aprendizagem serão capazes de atender desde a organização do perfil físico da instituição escolar, o planejamento, implementação e avaliação do processo educativo e metas para o atendimento dos alunos excluídos.
O currículo oficial brasileiro projeta uma visão do futuro esperado para a sociedade brasileira e as aspirações com relação às novas gerações. Este currículo deve ser concebido como um instrumento capaz de assegurar igualdade de oportunidades.
A flexibilidade curricular propõe uma metodologia baseada em recursos pedagógicos diversos e conteúdos básicos propostos pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná, estratégias de ensino que possibilitem uma melhor assimilação dos conteúdos em sala de aula e um sistema de avaliação diferenciado visando a garantia de aprendizagem dos alunos.
Considerando-se que a flexibilidade curricular como meio alternativo inovador que busca potencializar a diversidade dos alunos, não se trata de uma relação superficial e enganadora de conteúdos que intentam tão somente resolver os problemas gerados pelos alunos excluídos de seus reais grupos de estudos.
É um currículo crítico, porque tem como objetivo primeiro, em suas ações educativas, desenvolver a autonomia da escola, dos professores e dos alunos.
É um currículo pluralista, porque além de a escola ser responsável pela formação integral do sujeito, também é responsável por sua socialização.
É um currículo transformista porque tem uma intenção organizada, clara e objetiva de diminuir as desigualdades na escola considerando que a diversidade é uma realidade que deve ser acatada e trabalhada com responsabilidade e compromisso firmado por todos os integrantes da comunidade escolar.
Dentro deste contexto, a flexibilidade curricular é inovadora para dar conta de satisfazer às exigências, necessidades e interesses de grupos de alunos com diferentes características (cognitivas, culturais, étnicas e sociais) coerente com uma ideologia que leva em conta tanto a história de seus alunos quanto de seus familiares.
Fundamentada na legislação vigente acima e nos pareceres CNE ns. 776/1997 e 583/2001, esta proposta prevê maior flexibilidade na organização de cursos de modo a atender à crescente heterogeneidade da formação inicial e as expectativas e interesse dos sujeitos que fazem a educação.
Flexibilizar exige a observância de alguns princípios, tais como a articulação entre teoria e prática; ensino e aprendizagem centrados na produtividade dos alunos; formação integral dos alunos; indissociabilidade entre ensino, aprendizagem e pesquisa; e3ducação continuada e permeabilidade entre as informações, conhecimentos, saberes e práticas.
Pensando na diversidade e na reinclusão dos alunos em defasagem escolar de idade e série colocam-se inúmeros questionamentos quanto às relações interpessoais, por isso se faz necessário avaliar a realidade e as controvertidas posições e opiniões sobre o currículo flexível.
Também é preciso considerar, com clareza, o papel do professor, visto ser bastante difícil repensar atitudes e hábitos adquiridos já nos bancos escolares de trabalhar com a homogeneidade e não com a diversidade. A tendência é delegar às pessoas e ao sistema educacional as mazelas escolares, centralizando na incompetência do aluno o seu fracasso escolar.
È preciso refletir sobre a educação em geral e pensar na diversidade, um valor a ser preservado na escola e na sociedade, de modo que o desempenho do professor busque qualidade também na universalidade – a educação é um direito básico de todas as pessoas, por isso a proposta do currículo alternativo com ações imediatas na transformação desta realidade – e na igualdade de oportunidades – a escola deve proporcionar a cada um as condições necessárias para que possa participar e receber os benefícios de uma educação de qualidade, suportes da flexibilidade curricular7.
O maior desafio está em envolver os professores buscando mostrar-lhes que o ensino concentrado em um espaço de tempo menor (um/dois anos ou um/dois semestres) é o melhor caminho para a reinclusão dos alunos em defasagem idade/série. Aqui cabe uma revisão do planejamento das aulas, seleção dos temas a serem trabalhados e a readaptação das metodologias de ensino: garantir a aprendizagem é sempre uma condição inegociável.
Os esforços devem ser concentrados no desenvolvimento de uma rotina de trabalho com os decorrentes e a coordenação pedagógica, a partir do currículo oficial existente, para a recuperação para lela dos conteúdos, selecionado aqueles que oferecem aos alunos a possibilidade de avançar o suficiente para retornar às turmas regulares e aos seus reais grupos de estudo.
A avaliação, mais humanizada, será diagnóstica e comparativa da produção do aluno, realizada semanalmente, para a revisão dos processos de ensino e aprendizagem. Uma avaliação coletiva será feita mensalmente, com a apresentação de atividades complementares extra classe à comunidade – uma atividade artística ou pedagógica, escrita ou expositiva, em trabalhos pessoais, que são apresentadas aos pais e comunidade escolar. Todos os trabalhos avaliados receberão um valor nominativo, de zero a dez, arquivados para a avaliação final em Conselho de Classe.
É preciso considerar, ainda, que após a realização do Plano Personalizado de Atendimento – P.P.A – distorção idade/série, os estabelecimentos de ensino deverão passar por uma reorganização física para a distribuição das salas necessárias. A s equipes Pedagógicas e Administrativas farão o escalonamento dos horários para as aulas e o planejamento dos trabalhos docentes.
É preciso considerar que para a aplicação do P.P.A. - distorção idade/série não basta à garantia da legislação, mas sim a introdução de modificações profundas e importantes no sistema de ensino, mudanças que devem ser graduais, planejadas, contínuas levando em conta o contexto sócio econômico, para garantir uma educação excelente. Dependem, essencialmente, de mudança dos valores sociais e de um novo paradigma sustentadas em círculos de reflexões dos professores, direção, pais, alunos e comunidade, levando sempre em conta a diversidade.
1MORAN, JM. Gestão inovadora da escola com tecnologias. In VIEIRA, AT; ALMEIDA, MEB; Alonso, M. (orgs.). Gestão educacional e tecnologia: formação de educadores. São Paulo: Avercamp, 2005.
2Anexo 1: Demonstrativo de melhoria na aprendizagem dos alunos em defasagem escolar idade/série - 2011
3Art. 2005. A educação, direito de todos e dever do Estado e da Família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
4Art. 209.
5Art. 210.
6RAMIDOFFF, ML. Direito da Criança e do adolescente: teoria jurídica de proteção integral. Curitiba: Vicentina, 2008. p.321.
7LEITE, C. A flexibilização curricular na construção de uma escola mais democrática e mais inclusiva. Território Educativo, n. 7, p. 1, dez. 1999.

A partir das respostas a estas questões, formularemos uma Minuta sobre o assunto e encaminharemos para NRE / SEED.

1. Escreva sua opinião sobre o documento da SEED e as justificativas da AMPARE sobre a questão distorção idade / série. Quais são as implicações deste tipo de proposta para a realidade escolar?

2. Quais as vantagens desta proposta?

3. Quais as desvantagens?

4. A aplicação desta proposta é interessante para a nossa escola? Justifique.

88 comentários:

  1. Acredito que este plano PPA venha resolver vários problemas que ocorrem principalmente no ensino fundamental, entre eles e no meu ponto de vista o mais grave a indisciplina , é comum vermos criancas muitas vezes amedrontadas por alunos mais velhos, e estes por sua vez deslocados dentro a sua sala de aula, pois sao muito mais velhos que os demais colegas, é claro que aos professores será m trabalho extra, pois devera ser feito um plano diferenciado para trabalhar com estes alunos, mas acredito que o resultado será positivo, e o número de casos em nossa escola é muito maior do que imaginava, foi um susto para mim. Prof Patricia

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    1. Olá Patrícia.
      O número de casos de nossa escola é tão grande assim!
      O índice da tabela é o total de aluno e o percentual, que em média apresenta 5 ou 6 alunos por série em defasagem (média de 2 alunos por turma).
      O que não me parece exagerado.

      Pedagogo Alex

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  2. Ao ler os textos, reflito nos “pós e contras” da implantação deste método de inclusão. Como professora, penso que primeiramente deveremos estar preparados (capacitação do corpo docente), isto em conjunto com toda a organização escolar. Lembrando que toda mudança gera transtorno, rejeição e falta de colaboração, pois é mais fácil continuar no comodismo de uma escola clássica e bancária do que inovadora. Porém devemos focar no real objetivo que é de agente transformador e transmissor do conhecimento, diminuindo assim as desigualdades, considerando que a diversidade que é uma realidade. Entrar no processo é: realmente decidir estar pronto para as mudanças. Estamos prontos? Profª Mariane.

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    1. Realmente a formação é fundamental ao docente, mas estar "preparado" para enfrentar ataulmente é quase uma utopia, pois os desafios são tantos que quando estamos preparados para um, logo vem outros seis ou sete problemas ainda maiores.
      No entanto, a formação docente é essencial para que novos rumos aconteçam.
      E nesse ponto, gostaria de saber melhor sua opinião de como isso deveria acontecer.
      Pode ser?

      Pedagogo Alex

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    2. Nosso sistema educacional precisa ser repensando para implantação. Na expressão capacitação do docente, não seria sobre conhecimento do conteúdo, mas sim, na forma de como esta estrutura iria funcionar, organização do professor, tempo e espaço físico. Não acho que hoje, nossa escola estaria preparada. Também refletindo ainda no texto, fiquei preocupada com a forma expressada de que o problema é gerado na escola. Como fazer o aluno e família se comprometer com planos de estudo, se nem conseguimos fazer os mesmos acompanharem seus filhos em planos atuais. Cria-se projetos e institui e tudo vai acontecer conforme a instrução. Como você disse, é uma utopia.Profª Mariane

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  3. José Melquíades Ursi29 de setembro de 2012 às 09:01

    Há o risco de analisar “em passant” uma instrução de conteúdo intrincado, no sentido de problemático, nem tanto em seu conceito, mas especialmente na sua aplicação. Plano Personalizado de Atendimento? Se for um plano, já está definido. Sendo assim, quais orientações e contexto foram levados em conta para personalizá-lo?

    O PPA parece-me recorrer mais uma vez ao recurso repisado de atribuir ao método panaceias para se solucionar todos os problemas da educação, Por quê? Ora, métodos não demandam custos adequados aos desafios impostos. Um plano coerente e eficaz exige recursos estruturais: dinheiro e condições adequadas de trabalho para aqueles que o levarão a efeito.

    O plano não indica quais recursos serão aplicados e que condições adequadas serão oferecidas à escola e aos educadores para leva-lo em frente.

    A vantagem do plano reside na evidência de se constatar uma distorção: a defasagem de dois ou mais anos idade/série. A desvantagem repete um filme reprisado: O método resolve tudo e não custa nada para o poder político.

    A meu ver, a proposta só seria interessante para uma escola caso fossem levados em conta recursos estruturais e condições adequadas para educadores executarem o plano sem as sobrecargas decorrentes dele. Já não chega a carga pesada a que escola e educadores se impõem pelas carências evidentes na aplicação de uma educação de qualidade e não apenas de quantidade? Não se pode exigir da escola ultrapassar os limites do suportável, sem que se leve em conta recursos financeiros honestos e infraestrutura adequada aos novos tempos, para a execução de qualquer planejamento novo ou mesmo os já convencionais.

    Prof. José Melquíades Ursi
    Filosofia e Sociologia

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    1. Fundamentou bem seu ponto de vista, professor José
      A realidade de planos minimizam ao máximo a ação do governo - SEED - impondo quase que, exclusivamente à escola, a missão de dar conta de um problema que é social... não apenas âmbito educacional (e convenhamos que já temos muitos).
      As necessidades fincanceiras e estruturais são gritantes.
      Em nossa escola, foram quase 4 anos para liberarem a reforma da cozinha!
      E quando isso realmente se concretizará?

      PPA não é simples aceleração!
      Tem muito mais a ver com redução de custos!

      Pedagogo Alex

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    2. Concordo com o senhor professor José,as propostas somente surtirão efeito quando dimensionadas e direcionadas para os problemas reais e não jogadas em ambito geral. A generalização do problema o transforma num futuro próximo no que podemos chamar de banalização deste. Prof. Everson

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    3. Concordo com você, pois é mais fácil para o governo jogar em nossas mãos as mazelas da educação pública sucateada como o nosso, do que realmente fazer uma reforma no sistema educacional. Profª Mariane

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    4. A colocação do professor José é bastante relevante, pois nosso sistema educacional apresenta falhas sim, falhas que devem ser supridas por uma política mais eficaz dentro das atuais mudanças em que vivemos, onde a educação parece perder sua verdadeira função, tornando-se um serviço social e não a base de um país em desenvolvimento e que merece um crescimento mais condizente com o atual momento global. Prof Rogério Larini

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    5. Concordo com suas colocações professor José, sem recursos e condições adequadas, pensar na implantação do PPA é só para quem gosta de viver de faz de conta. Quem está no dia-a-dia da Escola somos nós, onde a realidade não é fácil.Como diz nosso colega Alex é uma utopia.

      Pedagoga Dilene

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  4. 1. Escreva sua opinião sobre o documento da SEED e as justificativas da AMPARE sobre a questão distorção idade / série. Quais são as implicações deste tipo de proposta para a realidade escolar?

    No meu ver a proposta no papel é interessante e é uma realidade que estamos vivendo, mas no contexto escolar creio que se torna inviável uma vez que nós professores não temos tempo exclusivo para trabalhar adequadamente com esses alunos, que estão em distorção escolar.
    A proposta seria interessante se tivéssemos um outro formato de educação escolar como sala ambientes, currículo por projetos de estudo onde inseríamos os conteúdos básicos de cada série, tornando o estudo mais interessante, além de termos um acompanhamento de um professor auxiliar.


    2. Quais as vantagens desta proposta?
    As vantagens desse programa é estimular o aluno para que ele dê continuidade ao estudo e não abandone a escola e que ele consiga acompanhar sua idade com a série correspondente.

    3. Quais as desvantagens?

    Como desvantagem creio que é nós educadores conseguirmos trabalhar nessa proposta com turmas muito numerosas, uma vez que esse aluno requer atenção a atividade diferenciada pois já viu esse mesmo conteúdo anteriormente.


    4. A aplicação desta proposta é interessante para a nossa escola? Justifique.

    Creio que sim, pois temos alguns alunos com essas características que percebemos que não avançam por não se sentirem estimulados, mas creio que para que isso ocorra é preciso e promover o avanço com aulas de reforço, adaptações curriculares e flexibilização da avaliação, professores em extra turno para trabalhar os conteúdos com os alunos, estrutura física salas onde se trabalhe esse processo e principalmente a participação do corpo doscente e da comunidade.
    Estou encaminhando uma reportagem da revista Nova Escola que explica de modo simples um projeto que esta dando certo, espero que seja útil para o debate.

    Professora Solange - Geografia

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    1. Pois é professora, Solange
      Você sintetizou o ideal de escola de muitos professores: "salas ambientes, currículo por projetos de estudo, professor auxiliar..."
      Já temos várias possibilidades para os alunos melhorarem, como a Sala de Apoio.
      Porém, despertar o interesse em nossos alunos, no modelo que temos, é missão extremamente difícil.
      Assim, esbarramos no modelo de escola, como você mesmo citou.
      A utopia fica cada vez mais distante da realidade.

      Pedagogo Alex

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  5. A vantagem de incluir e estimular o aluno voltar a frequentar a série própria para sua idade é muito válida,pois sabemos que alunos que passam por uma,duas até três reprovações tem dificuldades em integrar-se com os colegas mais novos, são alunos com autoestima afetada, normalmente agressivos e desinteressados. Uma preocupação real com relação a reclassificaçaõ é quanto a capacidade de absorção dos conteúdos atrasados em pouco tempo,outra questão:como serão selecionados, organizados e trabalhados estes conteúdos. A escola precisa ser inclusiva,inovadora e disposta a enfrentar desafios,este é mais um... Prof. Vera - Biologia

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    1. Esse é um ponto bastante sério professora: absorção de conteúdo pelo aluno.
      Adequar a questão de4 faixa etária (mesmo grupo social) não garante, por si só, o despertar do interesse e a motivação.
      Muito mais que isso, é o conjunto de ações da escola.
      Será culpa da escola e do trabalho dos professores reprovações múltiplas de alguns alunos?

      Pedagogo Alex

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    2. Professora Vera concordo com sua colocação no que diz respeito a como determinados alunos se setem por serem reprovados nesta sequência, e como muitos agem, embora a um outro lado existem o que realmente não se importam e agem com naturalidade e são muito bem resolvidos com o grupo mais novo, os desafios estarão sempre presente na educação e temos que enfrentalos, só saberemos se o PPA será viável se acontecer e quem atuar for bem preparado para este desafio. Ana - Arte

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    3. É claro que não é culpa da escola e nem do trabalho dos professores essas reprovações múltiplas dos alunos, ainda mais que todo esse nosso trabalho tem a sua avaliação pelo órgão superior competente, sendo assim de que adianta recolocar o aluno na série em que compete à sua idade sem a devida adequação, do devido conhecimento do conteúdo para que o mesmo conclua essa fase de sua vida como um cidadão que deve ser com o conhecimento básico para o mundo do trabalho, formando-se profissionais que todos necessitaremos mais adiante.
      Temos que ter muito cuidado com essa proposta para que a educação não siga um caminho contrário ao que todos almejamos. Prof Rogério Larini

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  6. Everson Adelmo Pasquali29 de setembro de 2012 às 11:05

    A meu ver, entendo que o plano PPA venha ajudar a resolver um sério problema com relação aos alunos com distorção série/idade, uma vez que estes dentro do processo ensino aprendizagem começam a se sentir sem estímulo, pois, percebem que sua idade cronológica aponta os mesmos para anos subsequentes e estes se encontram vivenciando um ambiente que não é o seu, causando desestímulo, baixo rendimento, e só não causa evasão devido aos processos do FICA. Sobre o PPA acredito ser como o antigo processo chamado na época de correção de fluxo, que até surtiu efeito em alguns casos, porém, em sua integra não fora bem aplicado conforme o projeto previa. Criaram salas para possíveis alunos especiais, com dificuldades devido a esta distorção idade/série, mas fora tratado pelos docentes como sala especial para alunos sem qualidade, isto acredito ter sido o famoso tiro no pé.
    Nesta nova modalidade acredito resolver positivamente,um sério problema em séries do ensino fundamental que é a indisciplina, causada por estes alunos fora de idade que se julgam excluídos, deslocados e muitas vezes se sentem superiores aos novos alunos.
    Fico um pouco temeroso com relação a este plano já vir ate as escolas já pronto, não observando as diferentes realidades, e nem observando as reais necessidades de nossos alunos. É um equivoco da mantenedora atentar para projetos globais, onde temos problemas pontuais. Pode resolver determinados problemas, mas não sendo aplicado em massa dentro do sistema. Me reporto a isto devido a este plano não definir quais recursos serão aplicados e em que condições e principalmente no que ira suprir esta defasagem.
    Obsevados pontos positivos e negativos fico receoso quanto ao sucesso deste plano, pois sua metodologia não esta muito clara com relação ao rendimento do aluno e não com relação a correção de distorção série/idade.
    Acredito que para o sucesso desta proposta, devemos primeiro buscar capacitação de nosso corpo docente e principalmente criação de recursos didático e de novas metodologias para aplicação desta prática, e visando principalmente as diferentes particularidades que cada escola apresenta.
    Prof. Me. Everson Adelmo Pasquali

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    1. Também levo em conta esse questionamento que você manifestou: "É um equivoco da mantenedora atentar para projetos globais, onde temos problemas pontuais."
      Embora tenhamos, no Ensino Fundamental, uma média de 2 alunos por turma com distorção, no conjunto geral, é bastante aluno.
      Mas a nós cabe analisar, antes de qualquer coisa, as razões de reprovações.
      Será que foi a escola quem reprovou?

      Pedagogo Alex

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  7. A proposta do Plano em si é compreensível, aplicável àqueles que necessitam de um apoio exclusivo. O que preocupa não é o Plano em si , mas sim como este instrumento será utilizado e que não fuja ao objetivo que é oferecer ao aluno a oportunidade diferenciada da qual ele necessita. Antes de qualquer plano deve-se pensar numa instituição que prestigie, valorize, respeite os profissionais da educação sem tirar a sua autoridade em prol de alunos que fazem da escola mais um local de desordem onde tudo pode a favor deles e nada ser cobrado, nem mesmo a obrigação de estar presente ás aulas. Isto tudo deve ser repensado , pois ao longo dos anos o professor perdeu sua posição em sala de aula, sendo mero apresentador quando interessa ouvi-lo. A sociedade mudou, são reflexos do que assistimos nas ruas, o que lemos nos jornais estão presentes em salas de aulas. A tecnologia invadiu a sala de aula sem pedir licença na forma de "celulares " sem decreto, planos... nada que interditasse o seu aparecimento ,"incômodo" para o professor, não para quem o carrega ! Então antes de qualquer plano que amenize a dificuldade de alunos que realmente necessitam, há a necessidade urgente de um plano de ação de educar, tarefa difícil, pois contestar a presença desses " aparelhinhos mágicos " em sala requer firmeza, autoridade que não parte do professor diretamente mas sim antes que chegue a sala de aula já passaram pelo portão, corredores...esta ação conjunta já é um passo a favor de uma sala de aula mais confortável e mais atenção às aulas. Não creio que mais um plano resolva a deficiência de anos e anos acumulados onde a clientela já acostumada a ter direitos no grito e nada dar em troca surja resultados quantitativos no decorrer dos anos. Nessas quase três décadas de magistério acompanhei mudanças e mais mudanças na educação, planos, decretos... sem a verdadeira finalidade de educar para a cidadania, isto foi se perdendo e a instituição "escola " se calando ou se acomodando, aniquilando o papel do professor como educador. Rose Mary/ Geografia

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  8. "...aniquilando o papel do professor como educador"
    Essas suas palavras me fizaram ficar pensando.
    Reportei-me a um professor que defende que esse foi o problema: o professor assumir o papel exclusivamente de educador e não realizar o seu papel de "professar".
    E é por isso, e por muitas outras questões, que acabamos recebendo na escola propostas como este PPA na tentativa de resolver um problema que é bem maior que a escola.
    Reprovações múltiplas não são causadas pela escola, simplesmente.
    Há um conjunto de outros problemas que também devem ser levados em consideração.

    Pedagogo Alex

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    1. sim, a palavra educador já diz tudo, somos educadores no sentido amplo da nossa vocação de ensinar e aprender com as novas experiências e acima de tudo pensar e buscar novas soluções, propostas para que não fiquemos apenas na crítica. Esse é o papel do professor/educador . Rose /Geo

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  9. Fico preocupado quando vejo este tipo de projeto,(projetos que vem e vão) , tratando de maneira superficial um problema sério da nossa educação que é a adequação idade/série. Concordo que deve se oportunizar resgatar estes alunos que não se apropriaram dos conhecimentos necessários para avançar para os anos seguintes, mas da forma que será feito acredito que não priorizará a qualidade, apenas as estatísticas, que resolverão problemas a curto prazo, mas num segundo momento, um próximo mandato, o fracasso pode ficar evidente. Estamos entre a cruz e a espada, se o aluno frequenta uma turma a qual está defasado, acaba na maioria das vezes criando problemas, atrapalhando e até comprometendo a educação dos demais. Quando promovidos para a série adequada a sua idade lhe falta a base de conhecimento para avançar. É complicado dentro da nossa estrutura escolar falha, seja na quantidade de profissionais, estrutura física e até preparo das pessoas envolvidas, abraçar um projeto a mais sem termos as condições para efetivarmos o ensino convencional a que estamos preparados. Estamos com falta de professores para substituir os que saíram e assim como realizar aulas preparatórias para adequar alunos em defasagem se estamos sem professores para as aulas regulares? Como efetivar a participação de pais no projeto, sendo um requisito fundamental, quando sabemos que a defasagem do aluno muitas vezes se dá pelo abandono do acompanhamento destes mesmos pais? Como preparar atividades extras se os alunos muitas vezes não dão conta das atividades regulares? Qual será o resultado disto na avaliação do IDEB e tantos outros? Tudo isso, neste momento parece contraditório e muito mais político do que educacional. Precisamos refletir e em primeiro plano buscar as condições primordiais para um ensino regular de qualidade e num segundo momento ter o suporte adequado para o resgate destes alunos.
    Professor Cassio – Ed. Física

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  10. É complicado opinar a respeito sem se ter uma visão mais aprofundada de como será aplicada esta proposta. Até acredito que possa funcionar se além de professores, equipe pedagógica e diretiva, haja mais suporte como apoio de psicólogos e assistentes sociais. Pois a partir do momento em que se concentra uma grande quantidade de alunos com distorção de idade/série, certamente, concentra-se, também, uma série de problemas de cunho social que fizeram com que esses alunos estivessem nessa condição. É de extrema importância salientar que, o grande problema que gera a distorção idade/série é, na maioria das vezes, a falta de estrutura familiar; e, uma reestruturação na organização pedagógica das instituições de ensino, não mudará o quadro social de nossos alunos e, certamente, não acarretará uma mudança significativa na condição de aprendizagem dos mesmos.
    Se for implantado, o PPA poderá minimizar problemas de indisciplina em sala de aula à medida em que os alunos com distorção de idade/série se enquadrarem na proposta. No entanto, pode se ter em contrapartida um grande número de alunos com problema de indisciplina em uma única sala, onde mesmo se tendo uma metodologia diferenciada, o trabalho com eles se torne quase impossível.
    Visualizando a porcentagem de alunos com distorção de idade/série, acredito não ser um número muito alto a ponto de se necessitar implantar a proposta em nossa escola e acredito que por se tratar do Ensino Fundamental, o espaço físico não permite, realmente, que seja implantada sem que haja redução nas turmas de alunos com a idade adequada, o qual discordo veementemente.

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    1. É realmente de extrema importância profª Débora levarmos em consideração as questões sociais.

      A proposta do PPA deve ser muito bem pensada, pois não é simplesmente implantar o plano que deu certo em uma escola mas atacar na raiz da causa do problema.

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    2. Débora,
      Suas palavras foram exatas quando diz: "É de extrema importância salientar que, o grande problema que gera a distorção idade/série é, na maioria das vezes, a falta de estrutura familiar; e, uma reestruturação na organização pedagógica das instituições de ensino, não mudará o quadro social de nossos alunos...".
      O que reforça muitas de nossas reflexões, quanto à escola estar sempre abraçando sozinha questões sociais muito pesadas, não é?
      Contudo...vamos seguir em frente, quem sabe um dia outras facções importantes de nossa sociedade, juntem-se a nós.
      Parabéns por suas colcações.

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    3. Débora,
      Suas palavras foram exatas quando diz: "É de extrema importância salientar que, o grande problema que gera a distorção idade/série é, na maioria das vezes, a falta de estrutura familiar; e, uma reestruturação na organização pedagógica das instituições de ensino, não mudará o quadro social de nossos alunos...".
      O que reforça muitas de nossas reflexões, quanto à escola estar sempre abraçando sozinha questões sociais muito pesadas, não é?
      Contudo...vamos seguir em frente, quem sabe um dia outras facções importantes de nossa sociedade, juntem-se a nós.
      Parabéns por suas colocações.
      Simone

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    4. Débora,
      Suas palavras "a partir do momento em que se concentra uma grande quantidade de alunos com distorção de idade/série, certamente, concentra-se, também, uma série de problemas de cunho social que fizeram com que esses alunos estivessem nessa condição. É de extrema importância salientar que, o grande problema que gera a distorção idade/série é, na maioria das vezes, a falta de estrutura familiar; e, uma reestruturação na organização pedagógica das instituições de ensino, não mudará o quadro social de nossos alunos...", foram a tradução de muitos de nossos pensamentos diários em meio ao tabalho.
      Contudo...vamos em frente. uem sabe um dia, outras importantes facções de nossa sociedade,juntem-se à nós.
      Parabéns por suas colocações.
      Simone

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  11. São necessários três fatores para se alcançar uma educação de qualidade: acesso, permanência e aprendizagem. Uma das principais consequências da distorção idade-série é o baixo desempenho dos alunos em atraso escolar quando comparados aos alunos regulares, o que pode ser evidenciado pelos resultados inferiores aos esperados nas avaliações nacionais do Ensino Fundamental. Por estas e outras dificuldades, o aluno acaba ficando rebelde, agressivo, e entra em um círculo vicioso, no qual perde o referencial e a ligação com a Educação. As consequências são duas: ou fica em situação de distorção ou evade. O professor precisa resgatar a capacidade de o aluno sonhar, de ter perspectivas. É preciso somar fatores para a gente superar esses índices. Evidentemente que passa pela formação de professores, pela permanência do aluno, pelo fornecimento de material pedagógico também, tanto para os professores como para os alunos, e são evidentemente projetos que o ministério já vem desenvolvendo. Para tanto as salas devem ter um numero menos de alunos, aulas no contra turno e principalmente adaptação do espaço escolar onde se possa trabalhar este processo. Temos que estar muito bem estruturados para que isto tudo se realize. Espero que nossos governantes nos deem todos os recursos necessários para que este projeto saia do papel e de certo, apesar de ter muito receio com projetos muito grandiosos e que acabam não dando em nada.
    Professora Tatiana Ferla-Física

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    1. Olá profª Tatiana!

      De acordo com a proposta da AMPARE não está explícito TODOS os recursos necessários para sua implantação.

      No entanto, quando cita que tem receio é preciso ter mesmo.

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    2. Acesso se tem, a permanência é reflexo da aprendizagem e que depende muito do aluno, pois nossos professores são bastante competentes no que lhes diz respeito. Fazer com que alunos desinteressados com o estudo, sem focalizar no conteúdo, desviando pensamentos com qualquer outra banalidade e depois disso e com tudo isso ainda termos que nos preocupar que sua idade está fora da realidade com a série que cursa (!), faça-me o favor hein.
      Deve existir uma outra preocupação, muito maior, para que a política educacional vise mudanças desde sua base para que, justamente, isso que estamos presenciando não aconteça. Prof Rogério Larini

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  12. PPA - Plano Personalisado de Atendimento - visando a reinclusão de alunos com distorções idade-série, em seus grupos de fato. Dá até arrepios pensar em projetos como esse, que de certa forma, são impositivos à comunidade escolar. Sendo a distorção idade-série consequencia de um sistema educacional, pensado e organizado para atender uma clientela específica em um determinado contexto histórico, muito diferente da realidade escolar atual, não é um projeto como o PPA que vai solucionar o problema. Seria preciso uma reforma estrutural no sistema educacional, pois do meu ponto de vista, os alunos reincluídos, iriam se excluir novamente, pois para eles esse modelo de educação não lhes servem. O PPA tem como vantagem apenas possibilitar que os alunos tenham a mesma idade-série nos próximos anos de estudo e tem como desvantagem reincluir sem nenhuma preocupação com a qualidade de ensino, alunos que de certa forma, a sociedade já excluiu, visto que a escola está organizada para servir apenas a alguns grupos da sociedade, ou seja, aqueles que já trazem de casa uma bagagem cultural semelhante a da escola. A aplicação dessa proposta seria interessante não só para a nossa escola, mas, para qualquer escola, desde que a SEED ofereça estrutura condizente com o projeto e professores qualificados para desenvolvê-lo.
    Profª Augusta - Sociologia

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    1. Olá Profª Augusta!

      É salutar seu ponto de vista. É preciso uma reforma estrutural no sistema educacional.

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  13. .... criar turmas especiais só faz sentido quando há um grande número de alunos nessa situação.... "Quando são poucos, essa medida deve ser evitada. Nesse caso, o ideal é promover o avanço nas turmas regulares e recuperar o atraso por meio de aulas de reforço, adaptações de currículo e flexibilização de avaliações", diz Ana Inoue. http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/diretor/avanco-garantido-classes-aceleracao-defasagem-idade-serie-gestao-escolar-curriculo-avaliacao-518335.shtml
    Acho que a proposta não abarca a nossa escola, afinal como mostra o quadro da porcentagem de alunos em defasagem por série, são poucos. Além do mais, lendo o que deverá ser feito(todas as medidas que devem ser tomadas, encaminhadas, junto às familias, etc etc, só mesmo numa escola com muitos alunos em defasagem.
    O melhor método, seria o de maiores investimentos na educação para o que o professor tivese redução de alunos em sala de aula e maior tempo de elaboração ( par aulas diferenciadas) como pretende "o plano" e assim pudesse atender a todos- dando um atendimento personalizado- durante o ano inteiro do ensino regular. Pudesse identificar qual aluno não aprendeu o que, e para isso tivesse tempo de corrigir todos os trabalhos escritos,ou em sala, orais e pudesse ouvir todos, ver onde ele errou e poder dar o feed back nas aulas em que todos(teoricamente) prestassem atenção...(utopia); Tentamos fazer isso, damos o melhor de nós, corrigimos provas e trabalhos em casa para que possamos identificar qual aluno precisa de mais apoio e atenção, pois com um número elevado de alunos em sala não dá.
    A melhor maneira de fazer com que o aluno aprenda e não fique pra trás é a sala de apoio.( Que deveria ser estendida à todas as séries). Isto de uma certa maneira já é feito, e as famílias são avisadas, e há um acompanhamento da equipe pedagógica, assim mesmo tem alunos que não comparecem.
    A proposta é trabalhosa, demanda alteração de estruturas nas escolas (reorganizar turmas e turnos).. Tempos atrás já tivemos um programa semelhante chamado "correção de fluxo", criado para atender exatamente este público-alvo...por que acabou? Será que acabou porque zerou o índice de alunos em defasagem? claro que não... Tenho a impressão de que este Plano de estudo personalizado é aquele só que com outro nome..
    .Não sou contra um plano para alunos que pararam e querem voltar ou para aqueles que necessitam de atendimento diferenciado,e esta é uma das vantagens, mas não é o caso da nossa escola hoje.

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    1. Vejamos professora, quando você cita a sala de apoio, que é um programa já existente, se analisarmos vemos que seria possível avaliações a partir dos conteúdos trabalhados nestes espaço e aproveitamento para possíveis progressões.

      Pedagoga Ivani

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  14. A proposta da AMPARE já em seu 1º parágrafo faz pontuações pertinentes a mudança que estamos vivendo com a globalização mas em momento algum pontua que para as mudanças tecnológicas foram implantadas POLITICAS PÚBLICAS para atender esse novo cenário nacional tecnológico.
    É inegável que a distorção idade/série é um problema, mas diante do documento não vejo preocupação com recursos destinados para adequar as escolas e assim atender a demanda necessária.Mas afinal, a implantação da proposta resolveria o problema que está assolando nossas escolas? Pois como é de praxe nas séries iniciais o aluno passa de um ano para o outro mesmo não tendo condições e daí quando chega nas séries finais do ensino fundamental a prática é outra.

    Esse aluno que corre contra o tempo é fruto de uma família que corre contra o tempo também para "TER"... e assim deixa de cumprir o seu real papel na educação dos filhos, terceirando para a escola.

    Para tanto, devemos pensar muito sobre a implantação desta proposta pois a demanda maior depende não somente da escola e sim de políticas sérias no âmbito educacional e social também.
    No caso da nossa escola o número de alunos não é tão expressivo assim, porém devemos ter uma visão sistêmica do fato pois não podemos nos manter na linearidade uma vez que, é um conujunto de fatores que desencadeiam o abandono, a repetência...
    Pois segundo Freire "Percebe-se então que a educação brasileira apresenta problemas extra escolares relacionados à infra-estrutura e organização institucional, fruto de uma indefinição política para operar efetivamente novas mudanças nos pilares de sustentação das políticas para a educação nacional. Verifica-se, portanto que apesar de se estar vivendo na era da informática, temos uma grande parcela da população que permanece excluída do mais elementar dos direito do cidadão: comunicar-se através dos códigos da leitura e da escrita. O avanço tecnológico deve caminhar em conjunto com a humanização do homem e da mulher, pois: “Não podemos perder a batalha do desenvolvimento, assim como, não podemos perder a batalha da humanização do homem brasileiro.” ( FREIRE, 1990)

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    1. Essas práticas diferentes entre as séries iniciais e finais são práticas que não deveriam acontecer, e creio que essa proposta não resolverá mesmo o problema da educação e das escolas públicas.
      O papel da família é fundamental para o desenvolvimento intelectual do "seu" filho e nosso aluno.
      Muito respeitável sua observação de Paulo Freire. Prof Rogério Larini

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  15. Caros colegas!
    Como pedagoga, analiso esse Plano Personalizado de Atendimento mais uma tarefa para que a escola de conta de um problema que não é somente da escola.
    Temos alunos com defasagem de conteúdo quando chegam em nosso 6º ano, em virtude do ciclo básico e que “empacam” na mesma série por anos pois não tiveram uma boa base inicial. Esse aluno que já não tem uma base, cada vez mais irá se distanciar da escola, pois sua idade não corresponde com a dos colegas e cada vez mais será mais difícil acompanhar um raciocínio que não teve a base. A escola tem que dar conta de salas com quase 40 alunos e ainda com defasagem, pois a grande maioria chega na escola com uma base de conhecimento muito abaixo do nível que devemos dar continuidade. E assim vamos fazendo uma grande “ bola de neve” nas séries (anos)seguintes. Com o PPA vamos acelerar alunos que não tem base?
    Também temos inúmeros outros problemas que envolvem a realidade da escola, gerando essa defasagem. Onde ficam os deveres dos pais em acompanhar os conteúdos trabalhados em sala de aula e auxiliar os filhos em casa para que acompanhem o processo de ensino aprendizado?
    Onde fica o papel do governo de dar subsídios para que a escola consiga desenvolver um trabalho nessa amplitude?
    Pois vimos que não são poucos alunos que temos que atender individualmente. Que horas os professores atenderiam esses alunos? Em que sala? Com salário diferenciado também?
    Como seria um processo de continuidade com o mesmo professor para cada aluno? (visto que é um atendimento personalizado de cada aluno, não podemos trocar o professor, já que este deve acompanhar seu enriquecimento e desenvolvimento, não é mesmo!?) Capacitação para esses profissionais diferenciada?
    Com que recursos a escola ofertaria para atender esses alunos e professores? Salas de aulas menores e disponíveis em horários de aula? Lanche para essas crianças também?
    Para o governo é fácil criar um processo de aceleração e inclusão. Parece que não tem noção da realidade da escola e de todos os problemas que ela enfrenta para dar conta de sua real função. Na verdade não existe uma fórmula mágica que alguém cria e todos os problemas irão se resolver, é todo um contexto que deve ser modificado e acrescentado conforme a realidade globalizadora.

    Pedagoga Fabíola

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    1. Olá colega,

      Quando você citou o ciclo básico me deu arrepio, porque para mim o caos na Educação se deve em grande parte a partir da implantação do CBA(Ciclo Básico de Alfabetização) nas séries iniciais, que chegou como uma imposição sem oferecer estrutura e condições adequadas. As poucas capacitações oferecidas na época não davam conta de preparar os profissionais. Infelizmente mesmo com resultados tão ruins o CBA permanece e continua promovendo alunos que não se apropriam de conteúdos básicos e desta forma perdem o interesse, pois as dificuldades vão aumentando e percebendo que não vão dar conta continuam frequentando a escola por imposição dos pais ou acabam desistindo para voltar mais tarde, ocasionando essa distorção idade/série. As mudanças tem que acontecer na Educação Infantil e Séries Iniciais, não deixar o indivíduo chegar a adolescência para inventar planos, pois nesta fase estão dispertando para outros interesses e o estudo já não é o principal.

      Pedagoga Dilene

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  16. Creio que pelo percentual que a escola apresenta não se faz necessário a aplicação imediata do PPA, porém é um plano interessante no sentido de ofertar ao estudante meios para recuperar conteúdos condizentes a sua idade escolar e retirá-los, às vezes, de sua situação de marginalização e baixo autoestima, mas penso: de que forma? Para não virar uma "empurroterapia" tem que ser muito bem estruturado e quanto a essa estrutura... vejo muitas lacunas como tempo que o professor terá para elaborar o material, local, forma de aplicação e o acompanhamento individual professor/aluno. A educação é um processo, deve ter uma base muito bem fundamentada nas séries iniciais a fim de sanar problemas básicos de aprendizagem daí sim a aplicação de um plano de distorção, para resolver problemas daquele ano específico e não por exemplo, 3º ano do ensino médio resgatar conceito de operação matemática de divisão decimal. Devemos pensar se oportunizará de fato a correção ou se é uma forma de transformar em estatística a não reprovação. Profª Stela Maris, Práticas Secretariais.

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  17. O PPA destaca encaminhamentos específicos à uma realidade problemática de nossas escolas sob diferentes aspectos, a distorção idade/série. Vindo o plano propor ações oportunas a esta necessidade de adequação. Porém existe um ponto extremamente "incomodativo" para mim, ou seria mais adequado dizer negativo para o sucesso de qualquer proposta educacional, a definição que acaba por vir a frente de cada um destes projetos, o comum curto prazo. Característica que impede o "preparo do terreno", ou seja a formação e adequação dos envolvidos, o que é fundamental para o sucesso de qualquer proposta que envolve seres pensantes, de conhecimentos, sentimentos e valores diferentes.
    Um passo a passo, não encaixa-se apenas para receitas prontas, mas para todo planejamento que segue objetivos bem determinados.
    O que vem exigir, um médio ou longo prazo de preparo e duração. Ponto nada interessante para nossas últimas políticas educacionais. Pois, o que mais observamos é falta de continuidade entre as mesmas.
    Um fator que me preocupa demais nestas ações, é a falta de projeção coletiva na disposição de "culpados e vítimas", que acabam por ser apontados nas entrelinhas.
    Pois como outros colegas já apontaram com diferentes colocações, a escola não é uma instituição a parte da sociedade, e sim, faz parte dela. Nada mais correto então, para o sucesso de uma ação coletiva dentro do ambiente escolar, do que considerar as demais responsabilidades das facções sociais que envolvem nosso aluno.
    Resumindo, o que falta permear nestes projetos oficiais, assim como em nossos planos pessoais/profissionais de ação, é a cooperação e consenso, do pensamento de responsabilidade individual para o bom aproveitamento no coletivo.
    Não vejo essa minha colocação como conclusão, mas sim como necessidade de trocar reflexões. Pois aproveitei muito a leitura de colcação das demais postagens.
    É ótimo dispor deste espaço, vamos em frente.
    Simone - Professora Pedagoga.

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  18. Ante ao que temos vivido na rotina de nossa escola, a questão mais problemática, certamente não é a da distorção idade/série (questão sempre trazida pelas políticas neoliberais).
    O que temos tido de maiores problemas é de origem externa à escola, visto que nestes últimos anos temos empreendido ações que deram identidade aos nosso processos de avaliação, à nossa maneira de comunicação interna, ao atendimento aos pais e à toda rotina de atendimento e acompanhamento ao professor, entre outros.
    Quero dizer que construimos e fortalecemos nosso Projeto de escola (PPP) e os profissionais que atuam trabalham muito para melhorar e implementar este projeto.
    Ainda temos muitas falhas (afinal, esbarramos na falta de componentes que dependem da SEED), mas quando percebidas, tentamos resolver.
    Assim, a falta de interesse dos alunos, a evasão, as drogas, o não acompanhamento dos problemas de alunos pelas suas famílias (de saúde, hiperatividade, dislexia, atrasos, defasagens, etc) são problemas originados no seio do meio social que "arrebenta" na escola.
    Particularmente, como diretor auxiliar e pedagogo, não considero eficiente mover as as forças pedagógicas e administrativas da nossa escola para atender 30 ou 35 alunos, sendo que há outros 1500 que podem ser atendidos em ações verdadeiramente inclusivas e educacionais.
    Achar que movendo um ajuste de idade de aluno mudaria a rotina e resolveria os problemas, para mim, é um ingenuidade.
    Necessitamos atacar os problemas onde eles estão, em sua origem. E isso demanda o fortalecimento com políticas de saúde, de assistência social e de segurança.
    Cada vez mais ficamos reféns de problemáticas sociais e pouco percebemos a ação dos profissionais de outras áreas colaborando para a melhoria do ambiente escolar, para que a escola cumpra sua função social. Não à toa estamos cansados, desgastados e desanimados.
    Apoio toda e qualquer ação que traga o fortalecimento das equipes escolares, não propostas que prevêm trabalhos a mais, tarefas a mais, planilhas e fichas a mais, sem contribuir para resolver verdadeiramente os problemas.
    Planos devem ser gestados pela própria escola, de acordo com suas necessidades e levantamentos e, não empurrados de cima abaixo, criando expectativas e dando falsas esperanças com discursos e fundamentações duvidosas.

    Alexandro Muhlstedt
    (Pedagogo - Diretor Auxiliar da tarde)

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    1. Caro colega Alex,
      Devemos sim, ter muita cautela...por trás desta apresentação vaga do PPA está um discussão muito maior sobre currículo e organização do trabalho pedagógico.
      Segundo, existem instruções sobre progressão e reclassificação que já constam em nosso Regimento. E ainda, citam apenas as experiências vivenciadas pelo colégio Estadual Milton Carneiro, de um colégio da rede Estadual do Parana,sem dados plausíveis a respeito.
      Abraço,
      Pedagoga Michele.

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  19. Há diversos fatores que contribuem para a distorção idade-série, inclusive a impossibilidade de frequentar a escola.Independente do número de alunos que se encontram nessa situação, acredito ser conveniente oportunizar ao aluno a possibilidade de continuar os estudos dentro de um grupo com maturidade emocional. Mais ainda, é preciso observar se a desmotivação causada pela idade avançada não prejudique ainda mais o aluno no quesito aprendizagem. É verdade que é mais um programa governamental, provavelmente transitório como tantos outros, mas temos que tirar o melhor e pensar no que será melhor para o aluno. Confesso que é dificíl opinar.

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    1. Profª Marga!

      É dificil opinar sim, pois são diversos os fatores que contribuem para a distorção idade-série.

      Para tirarmos o melhor, necessário se faz investimentos estruturais melhores antes de mais nada.

      Caso contrário, o plano pode ser o melhor possível mas infelizmente não terá o resultado almejado.

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  20. Conforme podemos ver no início deste texto publicado pelo próprio Ministério da Educação:
    “ A repetência, o abandono e a evasão são problemas crônicos, que sempre estiveram presentes na história da educação escolar brasileira.
    Encontrando-se na origem do complexo problema da defasagem idade/série, o insucesso escolar tem sido uma deficiência grave, tanto para o aluno, levado à perda da auto-estima, como para o sistema onerando significativamente os custos da educação pública”.
    LDB e Políticas de Correção de Fluxo Escolar
    Iara Glória de Areias Prado
    Secretána de Educação Fundamental do Ministério da Educação.
    Então vemos que a preocupação é também com os gastos públicos, o que também não deixa de ser uma preocupação nossa.
    Para a aceitação e aplicação deste novo plano – P.P.A. precisaríamos de maiores subsídios, de mais esclarecimentos de como se deu a implantação nestas escolas onde foram aplicadas.
    Como já foi citado, tivemos a Correção de Fluxo e outras tentativas de atender a legislação vigente, porém não teve-se educacional como um todo, êxito, em poucas escolas deu um bom resultado, mas foram nas quais houve investimento externo.
    Acredito que se houver, pela mantenedora, investimento quanto a recursos humanos, físicos e materiais teremos sucesso.
    Pedagoga Ivani

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  21. Lendo a documentação referente ao PPA me reportei aos anos em que convivi, no Ângelo Volpato, com outro projeto posto em vigor pela SEED, conhecido da maioria de vocês, com certeza, chamado Correção de Fluxo. Tinha suas peculiaridades, mas de certa maneira era a mesma proposta de correção de distorção idade/série. Lecionei para alunos no primeiro ano do Ensino Médio no Zardo, egressos do referido sistema, vindos do Ângelo Volpato. Uma catástrofe...
    A idéia não deixa de ter seu valor. Resolveria alguns problemas disciplinares e até de auto estima de determinados alunos. Minhas preocupações no entanto são saber, por exemplo, se quem teve ou quer implantar a idéia pensou em buscar os motivos dessas distorções. Imagino que não seja apenas por peculiaridades e/ou dificuldades individuais e sim provocadas talvez por outros projetos implantados pela própria SEED, como o CBA (Ciclo Básico de Alfabetização). Penso também em termos de logística da escola, visto que a carga de trabalho de determinados profissionais (pedagogos e professores) aumentaria consideravelmente. Colocar programas como esse em vigor requer investimento, aumento de pessoal, treinamento, etc, e não tenho visto isso acontecer, historicamente...

    Prof. Damasceno - História

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    1. Olá Profº Damasceno!

      O PPA resolveria os problemas citados (indisciplina/auto estima) porém de acordo com o texto da AMPARE o problema é somente distorção idade/série.

      As questões de logística será que tem alguma relevância para a Associação?

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    2. Ped. Marcia

      Acho que não. A julgar por tudo o que já presenciei, por ocasião desses projetos, só se tem as idéias e se implanta, sem considerar esses aspectos. E sendo repetitivo, o problema é que quem defende esses projetos, normalmente não tem noção do que é a roda viva de uma escola...

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  22. Com certeza algo deve ser feito diante a esse problema de distorção idade/série, pois devido esse fato alguns alunos com essa distorção acabam desistindo de frequentar as aulas, pois os colegas não os aceitam, e eles não conseguem se encaixar em nenhum grupo. Mas esse plano deve ser muito bem pensado antes de ser implantado, pois com a experiência que já temos com alunos que precisam fazer adaptações, percebemos que somente trabalhos e atividades podem não ajudar esses alunos quanto aos conteúdos que devem ser adquiridos. Sabemos que apesar da idade muitos alunos são imaturos e não saberão lidar com esse novo método. E como contar com os pais para nos auxiliar, sendo que muitos não têm tempo para seus filhos? E quanto ao professor, receberá capacitação para tal função? E terá mais tempo na escola para preparar as atividades e aulas diferenciadas?
    Professora Karina - Inglês

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  23. Conforme texto e levantamento da SEED feito em nossa escola referente a distorção idade/escola é um número significativo, o ideal é que todoa estivem em séries conforme idade, e esta questão sempre existiu independente das tecnologias, referente a valorizaçaõ dos professoresdeve existir mesmo que o pograma não seja implementado, pois nos queremos atingir todos os alunos na aprendizagem e aprovação, principalmente os alunos em defasagem.Quanto a reinclusão no grupo de estudo o qual o aluno faz parte colocado pelo PPA, é o ideal sem dúvida de forma que o trabalho seja desenvolvido positivamente, havendo comprometimento e responsabilidade de todos os envolvidos principalmente o apoio e investimento do ínicio ao término do Plano de Atendimento Personalizado é possível ter um resultado satisfatório.
    Independente do número de defasagem idade/série em nossa escola se for para beneficiar nossos alunos o PPA deve ser bem analisado visando o progresso dos mesmos.
    Ana Lucia T. Bartapelli/Arte

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  24. Boa noite caros colegas.


    A fragilização da escola frente aos meios de comunicação tem sendo sentida, pelos educadores, principalmente nos últimos dez anos, pois o tempo e o espaço “virtual e informativo” sucumbe o espaço calmo, constante e direcionado do aprendizado sequencial dos conteúdos, os quais podem e devem ainda hoje, ser tratados como a base da formação técnica e científica de todos, sem exceção do tipo de profissional a ser formado.
    Não há separação entre o passado e futuro, pois ambos são construídos conjuntamente. Na verdade, se buscado for, compreende-se que as formas e metodologias de aprendizagem, ao longo do tempo, e que o ato de estudar e aprender nunca foi um “tarefa fácil” para nenhum estudante, talvez esta seja um agravante pelo desinteresse em compartilhar da escola, quando tudo lá fora é “mais legal” e oportunizado.
    A defasagem de idade e série em relação ao currículo escolar ocorre há muitos anos, no Brasil, e por vários motivos, entretanto, repensar a “reinclusão” escolar significa repensar o sentido atribuído à educação, além de atualizar as concepções e resignificar o processo de reconstrução destes indivíduos, compreendendo a complexidade e amplitude que este proceder envolve.
    A proposta de corrigir e estruturar a adequação/série é uma ideia a se pensar e analisar, entretanto, há que se pensar também, o quanto é valoroso e enriquecedor o crescimento do educando, que se dá através de sua frequência anual e seu contato e convívio diário e contínuo com os conteúdos a aprender. É necessário considerar ainda que, a transmissão de conhecimento é uma das fortes bases para a formação e exercício da cidadania.
    No Brasil, muito se fala, em escola moderna, contemporânea, humanista, significativa na busca das ações de ensino – aprendizagem, entretanto rever o planejamento e propor ações diferenciadas, em cima de um sistema educacional com diversos problemas e desajustes, será que realmente estamos caminhando na direção certa para obter resultados eficientes?
    Compreende-se no texto proposto, enquanto revisão de planejamento, o currículo, o planejamento organizacional, estrutural e pedagógico, a valorização dos profissionais, a humanização dos educandos, dentre outros, entretanto, todas estas ações ocorrem de maneira lenta, e nem sempre integrada.
    Professora Gilmara.


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  25. O Plano Personalizado de Atendimento – PPA – distorção idade/série exige mais estudos prévios e conhecimentos sobre o Plano e sua aplicação, assim como, analisar as realidades e locais de aplicação do Projeto; no entanto, é necessário citar que ações voltadas a resgatar, corrigir e inserir os alunos não adequados, em séries e conteúdos sem distorções, é relevante e necessário, e fortalecerá a busca pela igualdade de oportunidades.
    A escola deve proporcionar a “cada um as condições necessárias para que possa participar e receber os benefícios de uma educação de qualidade, suportes da flexibilidade curricular”, e aí vem a pergunta: o estado vai fornecer as condições e o suporte necessário para isto, ou mais uma vez a escola e seus profissionais terão que reger o processo sozinha? Posteriormente, serão cobrados resultados apenas da escola? A escola terá que responder o porquê o aluno não absorveu o mínimo, pelo desinteresse, pelas competições com a mídia, sendo que, muitas vezes, para muitos alunos, todos os focos deste, estão voltados para outra direção?
    De acordo com os dados publicados, para o Colégio em questão, teve um variante entre 6% e 13% de distorção idade série. Admite-se que estes valores, são relevantes sim, necessitam de um olhar critico e constante, entretanto, quando analisados em número de alunos, sua representação é menor.
    As vantagens são reais, com a implantação e aproveitamento em 100% por parte dos alunos, só assim é possível reduzir os percentuais apresentados. Por outro lado, não necessariamente, este tipo de Plano de ação atende a realidade de alguns alunos, e ainda despendiará profissionais, materiais, equipamentos, dentre outros.
    É preciso considerar que para a aplicação do P.P.A. - distorção idade/série não basta à garantia da legislação, mas sim a introdução de modificações profundas e importantes no sistema de ensino, mudanças que devem ser graduais, estruturais, planejadas e contínuas, levando em conta o contexto sócio econômico e estrutural da educação, e principalmente das escolas e seus profissionais, considerar também, os valores sociais, culturais, ambientais, sanitários e econômicos das famílias brasileiras, pois todos tem influência direta na adequação e permanência ano/série das crianças na escola.

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    1. O que é necessário fortalecer é a sala de apoio, que em sua essência, possui muito mais subsídios aos alunos que um Plano.
      Afinal, estudar no contraturno é algo que contribui para a aprendizagem do aluno, e não para seu avanço sem saber conteúdos básicos.

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  26. Lendo o texto verifico que mais uma vez os governantes estão fazendo um remendo no sistema de educação. Estão querendo que os alunos atrasados em relação a sua idade, sejam empurrados para os próximos anos ou séries, sem o mínimo conteúdo aprendido. Falam de flexibilidade curricular, para aprovar estes alunos, sendo que é necessário que haja uma flexibilidade curricular, no sistema atual.
    Quando no texto afirma que “É indispensável considerar que as crianças e adolescentes trazem de casa suas experiências transmitidas com base no folclore básico de cada família, isto é, todos os alunos vêm com conhecimentos de realidades que lhes são próprias...”. O Currículo hoje, é o mesmo para os alunos do centro da cidade como por exemplo o Colégio Estadual Xavier da Silva, com para o colégio localizado na vila Pantanal. Vejo que isto não está sendo considerado, nem ao menos escrevem correto o número da LDB que é 9.394/1996. Aproveitando, os artigos da constituição que tratam de “Educação no Brasil”, começa com o Artigo 205 até o Artigo 214.
    Por outro lado no texto está escrito “Entendendo sua importância e papel no contexto da sociedade atual...”, confirma-se que não há um plano para corrigir estas disparidades e sim para melhorar os indicadores do IDEB e para poderem ir aos bancos internacionais buscarem recursos para projetos obscuros como o metrô.
    Quanto aos professores o texto fala: “Quanto aos professores, valorização é a palavra de ordem adotada...”, perguntamos onde está o plano para melhorar a remuneração dos professores?
    A controvérsia maior que vejo no do texto: “O incetivo para que os professores “aprendam, se aperfeiçoem, inovem, deve ser constante” superando as limitações organizacionais, utilizando recursos e tecnologias disponíveis, visto entendermos que tecnologia em seu conceito mais abrangente significa todos os meios, os apoios e as ferramentas que podem ser utilizadas para que os alunos aprendam.” Os professores devem aprender novas tecnologias “disponíveis”, onde estão computadores disponibilizados para os professores. Nosso colégio tem porque a direção é firme.
    Desculpem-me a franqueza, mas esta é a minha opinião. Chega de remendos, vamos assumir a educação neste estado, neste país, como questão de soberania nacional.
    Prof. Alberto - Informática

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    1. Concordo plenamente, todo sistema educacional deve ser revisto por quem enfrenta sala de aula e sabe das dificuldades de ambos os lados e não planos para mascarar , cobrir o que não foi feito, refeito durante anos na educação do país. Rose / Geo

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    2. Olá professor Alberto, você tem toda razão quando aponta que esse Ampare nada mais é do que um remendo no processo educacional. E que o Estado que tem a obrigação, conforme nos aponta a Constituição e demais codumentos sobre educação escolar, está se escamoteando de suas responsabilidades.
      E o que mais nos deixa descrente de uma luta pela escolarização que propicie acesso aos conhecimento historicamente produzido, são exemplos de escolas que implantaram e estão sendo propostos como modelo. Por que promover mudanças radiciais oferecendo escolas para todos os alunos com acompanhamento realmente sério para os primeiros anos escolares? Afinal todo fracasso escolar é culpa de ós professores despreparados e incapazes de nos capacitarmos.
      E a valorização não sica restrita à remuneração apenas, mas nas condições de trabalho que você já apontou.
      Vamos à luta, pelo menos nos estabelecimentos onde podemos nos posicionar.
      Abraços:
      Salvina - Sociologia

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    3. pois é prof. Salvina, e o que mais nos assusta, é que todos estão parece aceitando esta ideia como boa, infelizmente sabemos que estes remendos não darão em nada como todo plano que o governo cria, sem consultar aqueles que realmente estão por dentro do processo de aprendizagem, os professores.
      Enquanto aceitarmos ideias copiadas, sem levar em consideração nossa realidade, como queremos que algo de certo.
      Precisamos sim de condições de trabalho, e não só melhor remuneração, precisamos de tempo para realizar nossas atividades preparar aulas, e assim motivar nossos alunos, mesmo tendo a ideia que a motivação tem que vir deles também.
      Prof. Aline - química

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  27. A proposta do Ampare - Assessoria de Mobilização de Pais, Professores e Amigos da Rede Escolar - nos propõe algumas reflexões, além daquelas já apontadas pelos colegas.
    Quem é que está assessorando esse projeto? Por que não há nomes de seus idealizadores?
    Pelo que entendi devemos trabalhar como se a sala de aula fosse multisseriada, além de prepararmos os materiais para atingirmos a todos os alunos? Se isso for, se parece com o projeto Correção de fluxo do Lerner entre os anos de 1987-1989, mais ou menos. Como alguns colegas já apontaram, também trabalhei ao longo dos 3 anos desse projeto; os alunos foram separados em salas específicas, o professor, no primeiro ano do peojeto somente, receberam materiais para ano todo. E no final do ano o aluno poderia avançar duas séries ou dependendo da situação poderia ir para o ensino médio.
    Esse tipo de projeto, de acordo com minha experiencia serviu para um tipo específico de auno: os que perderam tempo por conta de constantes mudanças dos pais, ou por aqueles que soram cedo demais para o mercado de trabalho e acabaram abrindo mão da escola.
    Os professores e alunos destas turmas foram tratados pelos demais membros da comunidade escolar como inferiores, incapazes e os culpados pelo fracasso dos alunos que acabaram indo para o ensino médio. O que era para, teoricamente incluir, o que é questionável, acabou provocando mais preconceito.
    A atua proposta, a meu ver não é interessante para nossa escola, pois como mostra os dados apresentados, temos poucos alunos em defasagem de idade-série. E esses alunos, mesmo assim acabariam indo para as séries/anos seguintes com mais dificuldades ainda.
    Ademais devemos ter em mente que essa proposta é mais um engodo para a nossa prática pedagógica e está dentro da retomada do projeto neoliberal para nossa educação.
    Se nós abrirmos espaços assim vamos acabar perdendo o foco na construção de uma escola que realmente tenha como projeto a aprendizagem e desenvolvimento de conhecimento.
    Retirei algumas frases que podem nos fazer pensar com muita cautela.
    "(...) O incentivo para que os professores “aprendam, se aperfeiçoem, inovem, deve ser constante” superando as limitações organizacionais, utilizando recursos e tecnologias disponíveis, visto entendermos que tecnologia em seu conceito mais abrangente significa todos os meios, os apoios e as ferramentas que podem ser utilizadas para que os alunos aprendam. Assim sendo, a organização dos alunos em salas de aula, o olhar os outros, o falar com os outros, o livro, a revista, entre outros, são fundamentalmente tecnologia. Basta utilizá-las adequadamente."

    “A flexibilidade curricular propõe uma metodologia baseada em recursos pedagógicos diversos e conteúdos básicos propostos pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná, estratégias de ensino que possibilitem uma melhor assimilação dos conteúdos em sala de aula e um sistema de avaliação diferenciado visando a garantia de aprendizagem dos alunos.
    Considerando-se que a flexibilidade curricular como meio alternativo inovador que busca potencializar a diversidade dos alunos, não se trata de uma relação superficial e enganadora de conteúdos que intentam tão somente resolver os problemas gerados pelos alunos excluídos de seus reais grupos de estudos.
    É um currículo crítico, porque tem como objetivo primeiro, em suas ações educativas, desenvolver a autonomia da escola, dos professores e dos alunos.
    É um currículo pluralista, porque além de a escola ser responsável pela formação integral do sujeito, também é responsável por sua socialização. (Como se nós não soubêssemos!)
    E bservem as referências que estão utilizando: LEITE, C. A flexibilização curricular na construção de uma escola mais democrática e mais inclusiva. Território Educativo, n. 7, p. 1, dez. 1999.
    Vou parando por aqui.
    Abraços:
    Salvina - Sociologia

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    1. Profª Salvina,
      Adorei os seus apontamentos! Dê uma olhada no meu comentário, vai nesse sentido. Realmente a AMPARE nos apresenta um texto ideológico, tentando sensibilizar o educar que a tecnologia é um problema, que o "folclore básico de cada família", seria um problema. A meu ver, estas terminologias são preconceituosas e tentam mascarar as verdadeiras intensões deste projeto neo correção de fluxo, para não dizer, neoliberal por inteiro, que busca resultados por meio de uma avaliação. A questão curricular, da "flexibilidade" é que está em pauta e devemos tomar cuidado. Só estamos começando a nossa discussão! Grande abraço,
      Pedagoga Michele.

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  28. Considero que a proposta sobre a questão distorção idade/série para nossa escola não é interessante, nem viável tendo em vista um número muito pequeno, conforme levantamento (2 a 3 alunos por turma).
    Como professora do Ensino Fundamental (9º anos), trabalhando com alguns desses alunos com defasagem idade/série, observo que há um desinteresse total, mesmo propondo atividades diferenciadas no nosso dia a dia. Já é ofertado a esses alunos aulas da sala de apoio e eles não comparecem, ficando assim evidente a falta de acompanhamento dos pais na vida escolar desses alunos.
    Não adianta trazer propostas “novas” para a escola, mas trazer profissionais, como psicólogos e assistentes sociais, para vir somar com a escola, acredito que muito dos problemas seriam amenizados.
    A escola é para todos, portanto temos que investir e valorizar mais os alunos que realmente querem aprender no ensino regular.
    Silvana - Matemática

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    1. Concordo com você prof. Silvana,
      pois sabemos que os professores fazem malabarismos para que a educação seja diferenciada e chame a atenção dos alunos, mas estes demonstram total falta de interesse, talvez pela falta de apoio familiar, talvez pelo momento em que a educação esta tão sem importância como agora, não adianta propostas sem base e conhecimento da nossa realidade.
      Prof. Aline - Química

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    2. Olá Profª Silvana!

      Realmente em nossa escola o número de alunos com distorção idade/série não é expressivo.
      Você tem toda razão quando lembra da falta de acompanhamento do responsável na vida escolar do aluno, pois faz muita diferença quando a família caminha junto com a escola (parceira).

      É inegável a falta dos profissionais citados pela professora para atuar junto na escola.

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    3. Valorizar alunos, valorizar professores e valorizar escola, ou seja, valorizar a educação. No entanto, a implantação dessa proposta parece não valorizar nada e sim mascarar resultados.
      Parabéns pela sua colocação professora Silvana
      Prof Rogério Larini

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  29. Concordo com vocês professores, em relação a que a educação se tornou assistencialista e que o governo novamente quer jogar para nós a responsabilidade de planos educacionais sem levar em consideração nossa realidade. prof. Aline - química

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  30. 1) Pela pesquisa que fiz este plano é de 2010 e feito pelo MEC. Segundo a secretária da Educação Básica do MEC (2010), será aplicado R$ 96,00 por aluno ao ano. Portanto podemos entender que alguém está interessado nessa verba, independentemente dos resultados alcançados pelo plano, o que importa é verba, pois eles não terão de fazer nada, é só colocar os escravos para fazer.
    2) Não vejo vantagens, somente desvantagens para os professores, para a escola e alunos.
    3) Desvantagens:
    Para os professores – pesquisar e preparar todo o material necessário, ou seja, aumento de serviço sem aumento de salário.
    Para a escola – reformulação de turmas, espaço físico e outros, sem aumento de verbas.
    Para os alunos – continuarão na mesma, sem aprender, serão apenas enganados.
    4) Creio que não há vantagens na aplicação desta proposta no Colégio pelos motivos citados acima.

    Elias Cicero Mattar Sobrinho

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    1. Sintetizou muito bem, Professor Elias.
      Aumento se serviço sem aumento de salário ao professor.
      Alunos enganados e achando que está "normal".

      É complicado imaginar que um plano possa desencadear a solução a um problema que tem outras origens.

      Pedagogo Alex

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  31. Após leitura do material, vejo que o PLANO PERSONALIZADO DE ATENDIMENTO deixa uma reflexão: hoje já oferecemos inúmeros meios para se concluir um ano letivo, são oferecidas diversas formas e oportunidades de recuperação tanto da nota quanto do conteúdo: sala de apoio, estudo diferenciado para os hospitalizados que passarão algum tempo fora da escola, estudo para gestantes, recuperações etc... Com esse plano personalizado de atendimento, estaremos mais uma vez abrindo as portas para o descompromisso vivido por parte de “alguns” no cotidiano, me explico: já estamos vendo alunos descompromissados os três primeiros bimestres, confiantes que no conselho serão aprovados, ou seja, deixando para a ultima hora e olhe lá, imagine sabendo que ao perder um, ou dois anos de estudos poderão fazer parte de um plano especial de estudo? Ai é que não se comprometerão mesmo com o imediato, deixarão para se preocupar sabe Deus quando.
    Que qualidade da educação eu professora, poderei oferecer ao seu filho durante o ano letivo, se meia dúzia de alunos de cada sala resolver “esperar” esse plano personalizado? Provavelmente se ocuparão de outras coisas: perturbarão e tirarão a atenção dos demais colegas, será o mesmo que chover no molhado. Pois esperarão o plano de personalizado de atendimento, confiantes que serão promovidos para o ano seguinte. Preocupo-me com esta tentativa da educação em corrigir idade e serie, porém fico de mão atadas, pois sempre sobra para nós a resolução de tudo! A escola, a escola, a escola... Até quando? Até quando nos seremos responsabilizados? Porque outros setores públicos não manifestam com projetos, grupos de estudos, etc... Para discutir esses problemas enfrentados pela sociedade? Cabe somente aos educadores discutir, pensar e resolver tudo isso?
    Prof: Vagna – Biologia.

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    1. Como vemos isso acontecer entre a prova e a prova de recuperção, em que alunos ficam "esperando", e querendo que uma seja a mesma que a outra, saber que há mais um cano de escape para não estudar, é realmente revoltante.
      Bem lembrado, professora Vagna, o detalhe de que planos como este é mesmo "mais uma vez abrir as portas para o descompromisso vivido por parte de “alguns”".
      Bravo pela suas colocações!!

      Pedagogo Alex

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  32. José Melquíades Ursi30 de setembro de 2012 às 09:02

    Depois de ficar fora do magistério em torno de vinte anos, as 60 mensagens dos colegas, até aqui, ajudam-me a entender melhor particularidades do processo educacional e de sua estrutura. Auxiliam-me ainda a compreender as preocupações de cada colega de profissão e um "cadino" (mineirinho) da alma de todos. Minha ignorância, nesse aspecto, diminuiu um pouco. Espero que tenha me auxiliado também a respeitar cada vez mais as diferenças históricas e originais de cada ser humano e ser solidário com as vicissitudes próprias de cada vida, desde as mais "humildes", estas as mais significativas. Daí a dificuldade a superar: Ouvir com suavidade pensativa a intervenção de cada ser com os quais convivemos ou apenas nos deparamos. Minha cadelinha Quica Também é dessa categoria: oferece-me subsídios nessa direção. Só não sei se sempre a "escuto" ou se a entendo. Agora, por exemplo, ela abana o rabinho pitoco.

    Este pode parecer um texto estranho, mas apenas tento registrar a importância do espaço que é dado a todos para se manifestar livremente e de forma interativa. Viva pois a liberdade genuína de todos nós.

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    1. Nem um pouco estranho seu texto, tampouco suas palavras são descoladas do contexto.
      Como já dissesmos, este espaço é justamente para expressarmos nossas opiniões, nos conhecermos e balizarmos o melhor para nossa escola.
      Que o governo pouco se preocupa com as necessidades reais da escola, isso já sabemos.
      Mas isso não nos isenta (lá vem a nossa moralidade ética de missão)de fazermos algo... e não precisa ser coisa grandiosa!
      Basta que sejam momentos, como este do blog, para manifestarmos opiniões e definirmos juntos a nossa caminhada!
      Valeu pela partilha de pensamentos, professor José!

      Pedagogo Alex

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  33. Entendo que o Estado deve se preocupar com a educação de todos, indistintamente e, por isso, deve tentar através de projetos e programas resolver a questão que aparece como de fundamental importância para a nação brasileira. Mas, será que realmente a escola exercerá a sua competência? Ou seja, a de transmitir o conhecimento. Com a presença destes alunos, será que não perderá essa função? Pela experiência de 27 anos de magistério creio que faz-se necessário antecipar todo e qualquer imprevisto para que a escola não saia do rumo de seu projeto pedagógico, contribuindo, por exemplo, na indisciplina.

    Nesse sentido essa é uma proposta interessante na medida que haja todo apoio institucional e da comunidade para atender, primeiramente os professores e alunos. Todo esforço deve ser divido entre os alunos e as instituições de ensino com o objetivo de leva-lo a avançar com o máximo de conhecimento possível.

    Profª Joceli

    História

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  34. Filomena - Matemática30 de setembro de 2012 às 12:00

    Em minha opinião, o PPA quando bem estruturado e com pleno acompanhamento de todas as partes envolvidas seria uma maneira plausível de corrigir sérios problemas de ensino/aprendizagem e série/idade. Em muitas escolas que apresentam altos índices de evasão escolar, isto é, alunos que começam e desistem pelos os mais diversos motivos; reprovação por falta de estudo, problemas na estrutura familiar, falta de interesse, pouco acompanhamento pedagógico seria o ideal desde que aplicado corretamente e com conteúdos essenciais. Penso que em nosso colégio não há necessidade de ser introduzido uma vez que o índice em cada ano é muito baixo, isto é a porcentagem de distorção é muito pequena. Talvez fosse, o caso de encaminhar esses poucos alunos para colégios que tenham implementado esse programa. As desvantagens que posso vis ualizar de imediato seriam: quando o aluno fosse inserido na série certa, vai conseguir novamente acompanhar? Será que com pouco tempo de estudo, esses alunos vão conseguir estudar independentemente?

    Profª Filomena Maria Farinha António - Matemática

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    1. Profª Filomena,
      Lendo o PPA não o considero bem estruturado e sim vago, porque não define o que considera estudo independente, tentam nos vender uma proposta de uma flexilização curricular. Não deixam claro em que momentos este aluno fará os estudos, se será em contraturno, ou em sua casa. Existe por trás disso uma discussão curricular. Como o professor irá dar conta de preparar os alunos para uma avaliação? Fará apostilas para todos os conteúdos? Imagine a sobrecarga de trabalho para um curto período de tempo, para repassar um aluno para frente. Isso seria uma falsa diversidade ideológica.
      Abraço,
      Pedagoga Michele.

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  35. O Plano Personalizado de Atendimento – PPA traz á primeira vista uma solução para a defasagem de dois ou mais anos idade/série, mas olhando mais de perto se pode perceber que na realidade, o que se propõe mais uma vez como já colocado por outros colegas é um repasse de responsabilidade do governo para os professores onde nós é que seremos responsáveis pelo processo em si.
    Como se já não bastasse à sobrecarga carregada por nós nos dias de hoje, o plano seria bem vindo se fosse para trazer investimentos na educação e treinamento aos professores.
    Se pudéssemos trabalhar em conjunto com o estado, acredito que muitos planos educacionais como esse funcionariam, mas nesse jogo de empurra fica como mais um plano que acabará engavetado ou fadado ao fracasso.
    Professora Josiane

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  36. Acredita-se que em primeiro momento deveremos estar preparados a partir da (capacitação do corpo docente), infraestrutura adequada e em conjunto com toda a organização escolar. Toda mudança gera transtorno, rejeição e falta de colaboração continuada e que deve ser revisada a todo momento. Porém parece-me que tal objetivo que de nossos governantes é estar realmente preocupados talvez em “mascarar” a educação impondo inovações, projetos, mudanças e às vezes impensadas; atribuídas ao do lado de implementar para (escolas professores, funcionários, etc), tornando-se onerosas ao corpo escolar. Uma inovação no ambiente escolar deve ser muito bem analisada, estudada e buscar meios de ir adequando a medida que evolui. Não é só criar meios; mas deve-se estudar com muita cautela quais mudanças devem ocorrer, de que forma isso vai se concretizar.

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  37. Acredita-se que em primeiro momento deveremos estar preparados a partir da (capacitação do corpo docente), infraestrutura adequada e em conjunto com toda a organização escolar. Toda mudança gera transtorno, rejeição e falta de colaboração continuada e que deve ser revisada a todo momento. Porém parece-me que tal objetivo que de nossos governantes é estar realmente preocupados talvez em “mascarar” a educação impondo inovações, projetos, mudanças e às vezes impensadas; atribuídas ao do lado de implementar para (escolas professores, funcionários, etc), tornando-se onerosas ao corpo escolar. Uma inovação no ambiente escolar deve ser muito bem analisada, estudada e buscar meios de ir adequando a medida que evolui. Não é só criar meios; mas deve-se estudar com muita cautela quais mudanças devem ocorrer, de que forma isso vai se concretizar.
    Prof. Jorge/ Informática

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    1. Prof. Jorge,

      Concordo com você, quanto a cautela e este ônus pode ser muito maior que apenas financeiro, um caminho de abertura para uma política neoliberal, pautada em avaliação de resultados. Aqui só iniciamos a análise e discussão!
      Abraço,
      Pedagoga Michele.

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  38. Caros colegas docentes, mais uma vez teremos que lidar com o desafio de conciliar a teoria com a práxis. O Plano Personalizado de Atendimento – P.P.A, possui uma boa intenção, está aparentemente bem estruturado, mas peca por tentar corrigir “distorções” (palavra usada com frequência ao longo do texto) dos efeitos e não procurar atacar as causas das defasagens do ensino fundamental. Parece que a escola se transformou numa instituição onde desembocam todos os problemas sociais e devido a fatores de deterioração dos princípios que norteiam a moral e regulam a ética, perdeu-se o foco da formação cidadã e geradora de conhecimentos e capital intelectual, se tornando um “lócus” de regulação, normatização, disciplina e punição de consciências, distorcidas pelos apelos de uma sociedade de consumo, que na verdade, consome nossas crianças e jovens com promessas muito mais interessantes que nossos currículos insossos e anacrônicos. Como competir com um “canto de sereias” tão doce e sedutor que fala aos ouvidos inexperientes dos nossos jovens? Como ensinar-lhes como evitar as armadilhas espalhadas em todos os lugares, esperando espíritos incautos e despreparados para lidar com as estratégias de lobos ferozes?
    Bom, voltando ao nosso tema, podemos elencar inúmeras situações e problemas a serem vencidos. O principal deles, na minha opinião, é definir papéis para cada um de nós, ou seja, definir o papel da escola como um todo e depois os papeis dos professores em específico, para lidar com o problema do aluno deslocado de sua série e quais conteúdos não foram apropriados por ele.
    Um plano geral de ação que pode ser implementado, deve valorizar uma maior integração das disciplinas, já que a fragmentação não ocorreu apenas no processo de ensino e aprendizagem, mas também na falta de sentido que disciplinas desarticuladas produzem no sujeito aprendente. Portanto um plano personalizado de atendimento, deve passar, ao meu ver, por um projeto articulado e multidisciplinar, que considere não apenas conteúdos isolados, mas o “sentido e significado” que a escola e o estudo deve fazer para o aluno.
    A Gazeta de Povo de hoje, 30 de setembro de 2012, trouxe uma página no caderno principal, Vida e Cidadania, uma excelente reportagem sobre “O DEGRAU QUE DIVIDE O ENSINO PÚBLICO” que descreve muito bem, a realidade do Ensino Municipal e Estadual e a pressão que o IDEB exerce nas políticas educacionais e a importância de uma boa gestão nas instituições escolares. Vale a pena ler, pois seu conteúdo diz respeito diretamente ao nosso trabalho e a esta reunião pedagógica.
    Bom colegas, essa é nossa realidade! Compreender e transformá-la são duas coisas diferentes. Gostaria de citar um texto retirado do link:
    https://blogdaformacao.wordpress.com/2008/05/29/o-que-sao-escolas-aprendentes/

    Segundo Santos Guerra, pode contudo dizer-se, hoje, que o diagnóstico dos obstáculos à aprendizagem está razoavelmente completo e bem feito (o mesmo se não poderá afirmar em outras matérias referentes à escola, até porque, de acordo com o mesmo autor, “quando o diagnóstico é mal feito, as soluções são inevitavelmente deficientes”), urgindo, portanto, a análise séria e aprofundada desses obstáculos. E isto porque parece ser consensual que “uma instituição fechada à aprendizagem, hermética face às interrogações e alicerçada em rotinas, acabará por repetir inevitavelmente os mesmos erros. Jamais aprenderá” (2001:11)

    Um grande abraço e uma ótima semana a todos.
    Profº Marcos Gomes

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    1. POsitiva a sua sugestão de repostagem na Gazeta do Povo: "O DEGRAU QUE DIVIDE O ENSINO PÚBLICO”
      Encontrei o texto on line e aqui está o link.

      http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?id=1302570&tit=O-degrau-que-divide-o-ensino-publico

      Aproveito e sugiro que veja o filme "O GAROTO DA BICICLETA", no cinema Novo Batel.
      Interessante observar como traficantes usam os adolescentes e como seduzem-nos!


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  39. O que observo em nossa escola, especialmente nas turmas em que leciono, e que há poucos alunos em defasagem idade/série.Os poucos que se encontram nessa situação,não se deve ao fato de terem conteúdos inapropriados ou a grande distância entre a esola e a sua realidade, temos enquanto escola que evoluir e buscar melhorias com certeza, mas não são nossos métodos que contribuem unicamente para que haja essa defasagem. Eles estão em defasagem por não realizarem atividades e por não revisarem conteúdos em casa, pois com um pequeno esforço, simplesmente entregando trabalhos ou desenvolvendo as lições de casa, já conseguiriram ter o aproveitamento necessário para aprovação.
    Os alunos que realmente apresentam dificuldades, que são a minoria, deveriam ter acesso a sala de apoio (para todas as séries) e termos um menor número de alunos por turma para podermos trabalhar melhor indivdualmente. as dificuldades.
    No momento não consigo ver vantagens deste tipo de plano para nossa escola, precisamos sim,de políticas que nos deem amparo e autonomia para trabalharmos com esse alunos fora da faixa etária e principalemente para trabalhar com as famílias de educandos que correm esse risco, pois desde o começo do ano letivo, estamos chamando a atenção para casos de possíveis reprovaçãoes.
    Concordo com meus colegas que a proposta não deixou claro alguns itens e aumenta o trabalho do professor, sem garantir qualidade na educação. E nas escolas que realmente se faz necessária essa adequação a antiga "Correção de fluxo" era um metodologia mais interessante, pois desenvolvia melhor os conteúdos.
    Profª Andreia-Biologia
    P

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  40. Ao ler os documentos da Instrução nº 008/2012 do Plano de Apoio Personalizado e a Proposta da AMPARE, sobre a distorção da idade série pelos estudos independentes, pela proposta de flexibilidade curricular ou ainda, do currículo flexível para se chegar nas provas de reclassificação, surgiram várias indagações: o que de fato entendemos por currículo, o que as questões ideológicas querem propor ao educador, como preparar aulas preparatórias para uma avaliação, o que entendem por estudo independente? Culpar a tecnologia, tentar escrever numa linguagem que menospreza o educador, num projeto ideológico de cunho neoliberal? Currículo flexível, crítica, pluralista e transformista visando a “produtividade dos alunos”, “seleção de temas”? Neste sentido, busco em Arroyo (2011), Tadeu da Tomaz da Silva (1999) e no clássico Freire, da pedagogia crítica e da autonomia, para alguns questionamentos, pensando para além da reclassificação como um resultado, mas na organização do trabalho pedagógico, com vistas ao currículo como um território de disputas, sejam elas políticas, de identidade cultural e profissional, de criatividade de nós educadores, que damos sentido a ele em nosso dia a dia em sala de aula, pensando na formação dos alunos dentro da heterogeneidade existente e na apreensão de conhecimentos categorizados como legítimos. Sendo assim, não podemos reduzir o nosso trabalho a “um kit de avaliação neoliberal ideológico”, para reclassificar pela aprovação rápida, sem levar em conta o processo de ensino e aprendizagem e de fato valorizar o professor, com salários dignos e condições de trabalho pedagógico de qualidade, que não condiz com a intensificação, flexibilização e reestruturação atual.
    Pedagoga Michele.

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  41. Suas palavras denotam um ponto de vista bastante interessante e importante.
    Dua questões me chamam a atenção: currículo e presença do procedimento em nosso regimento.
    O aspecto pedagógico - currículo - é algo que vem sendo discutitdo e reorganizado há muito tempo, e não pode tomar outra direção, sem consentimento dos profissionais que há anos se dedicam a ele; e o aspecto jurídico - regimento - já está consolidado e as alterações devem ser por meio de adendos, não de planos do governo.
    Assim, o que você direciona em seu texto, devem ser melhor explorados e embasados, e com isso, fundamentar mais ainda a nossa rica minuta exposta aqui, em fragmentos, pelos professores.

    Pedagogo Alex

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  42. Marion - Biologia / Ciências1 de outubro de 2012 às 18:04

    Acredito que a educação deve passar por reformas para atender a demanda atual, desenvolvendo habilidades nos alunos que os preparem para viver em uma sociedade imediatista e altamente competitiva.Porém a reforma deve partir a nível curricular,condições de trabalho dos professores (carga horária,número de alunos, condições pedagógias adequadas na utilizaçaõ de espaços que são ofertados mais que não tem condições de ser utilizado por falta de funcionários, etc),propostas imediatistas não resolvem de maneira efetiva os problemas da educação, servem somente para mascarar resultados. Pois a questão aprendizado não é respeitada pelo sistema atual, o que se buscam são números e não indivíduos realmente intelectualizados capazes de serem atuantes em uma sociedade que precisa tanto de pessoas esclarecidas, bem formadas, para mudar a triste realidade da desigualdade social em que vivemos.

    Profª Marion

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  43. Creio que o Plano Personalizado de Atendimento pode ser avaliado sob dois pontos de vista. O primeiro, otimista, aponta para uma “alinhagem” dos alunos com defasagem de idade/série, oferecendo aos alunos que se encontram nesta situação uma oportunidade de retornar ao rumo correto (ao menos no que diz respeito a idade escolar) e alavancar de repente uma mudança de mentalidade nos mesmos, gerando uma melhora na autoestima e busca de novas conquistas.
    Por outro lado, analisando de uma maneira mais “pessimista” penso se a implantação deste plano não será mais uma alternativa a ser usada de maneira depreciativa pelos alunos. Ou seja, a oportunidade de lançarem mão deste plano para mascararem suas dificuldades e/ou falta de compromisso e comprometimento com suas obrigações enquanto estudantes.
    Ressalte-se também, como bem disse o professor Marcos Gomes, qual a parte caberia a cada segmento pois a implantação demandará de trabalhos e responsabilidades que exigirão tempo e dispêndio de disponibilidade para que tudo funcione como será necessário a fim de atender o verdadeiro (?) sentido deste PPA.

    Professor Vladimir – Educação Física

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  44. Esse Plano Personalizado de Atendimento – APA que propõe corrigir a distorção idade/série é mais um repasse as escolas para resolver um problema educacional que é de responsabilidade do governo, pois o grande problema está na base educacional. Enquanto este problema não for resolvido continuaremos ter alunos com esta distorção. Outro problema é social, famílias desestruturadas, e a tecnologia tão presente em nossos alunos que muitas vezes acabam influenciando-os de uma maneira errada. É interessante que o aluno conclua os seus estudos para que possa ter um futuro melhor em sua vida, mas o interesse tem que partir dele.

    Dirlene Zampieri - Química

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  45. Creio que se for de uma forma bem centrada, organizada e justa, proporcionará ao aluno se equiparar aos colegas melhorando sua autoestima.
    Por outro lado fica a impressão de uma nova correção de fluxo, para que simplesmente possa se livrar desses alunos "atrasados".
    Para que possa dar certo terremos que mudar o currículo, quantidade de alunos em sala, material adequado,...e isso não acontece de um ano para outro. Devemos estudar mais as possibilidades e de que modo isso aconteceria.

    Profª Célia R. Fylyk

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  46. De acordo com li, percebo que há necessidade de um maior aprofudamento ainda mais se tratando de uma metodologia nova que poderá ser implantada.Não se trata de resistir ao um novo paradigma que ora se apresenta, porque creio que os nossos educandos estão sendo bem assistidos de acordo com as possibilidades oferecidas e garantidas pela Escola, mas de se preparar bem para se trabalhar dentro de uma nova perspectiva educacional de atendimento. Há que se ter cautela para que haja aproveitamento, visando resultado efetivos. concordo com a professora Michele, é preciso ter cuidado sim! Discutir conjuntamente a questão. Prof. João (filososfia). Obs. não vi minha publicação realizada no sábado dia 29/09.

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