Enquanto
atuamos como profissionais da Educação, estamos professores, e em dados
momentos como este, nos tornamos alunos, e podemos afirmar que escrevemos este
texto com grande satisfação, dada pela oportunidade de estudar, aprender e
fazer parte da aquisição do conhecimento, propiciada no Estado do Paraná, e que
esta ocorra de maneira contínua.
Realizou-se o Simpósio da Educação
Profissional, na cidade de Foz do Iguaçu, no período1 de 17 a 21 de junho de
2013, engajados no GRUPO II, cujo grupo teve a participação dos professores do
Colégio Estadual Professor Francisco Zardo – Ensino Fundamental, Médio e
Técnico, Bairro de Santa Felicidade, que atende aos Cursos profissionalizantes
de Técnico em Meio Ambiente, Administração e Informática. Os professores que
representaram o Colégio foram a Professora de Biologia e Coordenadora do Curso
de Meio Ambiente Matutino e Coordenadora de Estágio Celia Regina Fylyk e a
professora de Biologia e diversas disciplinas do Curso Técnico em Meio Ambiente
Gilmara Raquel Trombetta.
O
evento teve duração de uma semana, com várias programações. Dentre estas,
palestras com diversos profissionais da Indústria, comércio e Instituições como
SESI/SENAI, profissionais da Secretaria de Estado da Educação, equipes de
alunos com apresentações artísticas e a participação dos professores da
Educação profissional da rede pública de diversas cidades do Estado do Paraná.
Alguns
dos eixos de discussões nas Oficinas foram:
- Legislações pertinentes ao Ensino
Técnico Integrado e Subsequente;
- Legislações sobre as diretrizes de
Estágio profissional supervisionado;
- Motivação;
- Formação profissional de nossos
educandos;
- Planejamento e organização de Cursos;
- Integração da teórica com a prática =
“práxis”;
E por fim, a Educação como agente de transformação e de
sustento para o inicio de carreira, para seu desenvolvimento, para entender
melhor o mundo, as pessoas e entender a si mesmo, enfim, para crescer como
cidadão, assim como contribuir para que o educando continue a desenvolver-se
com aprendizado para constante evolução, com treinamento embasado na
fundamentação teórica e com isso desperte para a curiosidade e ambição,
evoluindo para o crescimento e aparecimento de seu potencial individual e
coletivo, e assim possa compreender melhor o mundo, os fatos, fazer as
interrelações com o sistema e o mercado global, enfim, perceba oportunidades
amplas e voltadas ao crescimento profissional e pessoal do educando do Ensino
Técnico Profissionalizante. Segundo Kawakami (2013) a educação que importa permite entender o mundo criticamente, permite entender a
globalização, que é fundamental a habilidade de compreender as tendências e
influências em todos os níveis do negócio. Para Victorino (2012) o educando que
sai com a formação técnica e está apaixonado por uma idéia, deve correr atrás,
e sim, este alcançará. É preciso ter um brilho nos olhos e uma vontade de
fazer, mesmo que seja a segunda, terceira, quarta iniciativa. O sentimento é
quase tudo. Se você gosta de alguma coisa e confia nas pessoas, toca o barco e
vai embora. É assim, com este sonho, com esta ânsia de ver nossos educandos ao
final dos cursos técnicos com este brilho nos olhos, que nós educadores
trabalhamos nos cursos técnicos.
Quanto às oficinas ofertadas aos
participantes, foram divididas por eixos, cujos professores do Colégio Professor
Francisco Zardo participaram de duas delas, a Oficina 2 –com o tema “A Organização do Trabalho Pedagógico”,
professora Celia Regina Flick, e Oficina 4 – com o
tema “A Indissociabilidade
entre a Teoria e a Prática”/“O
uso adequado dos Laboratórios”, professora Gilmara Raquel Trombetta.
Na Oficina 2 foi
discutida “A Organização do Trabalho Pedagógico”,
e as orientações sobre os estágios dos Alunos do Curso Técnico em Meio
Ambiente.
Quanto ao aproveitamento do curso, o
mesmo veio para enfatizar as orientações e os critérios dos trabalhos entre os
docentes, pedagogos, coordenadores de curso, coordenadores de estágio,
coordenadores de prática de formação de docentes e supervisor de estagio.
Assim, o estágio supervisionado e obrigatório,
que segue a proposta curricular dos cursos em que são obrigatórios, vem como um
instrumento de integração do estudante com o exercício prático, na linha de
formação profissional, possibilitando a aplicação prática de conhecimento
teórico e a vivência de situações reais de vida e trabalho. Para tanto fica evidente
as atribuições das coordenações em organizar e acompanhar os relatórios,
identificar as oportunidades de estágio junto às empresas, fornecer aos alunos
estagiários a documentação necessária e o mais importante, a aprendizagem
adquirida com a prática vivenciada.
Pudemos também trocar experiências com
os demais grupos, podendo assim evidenciar falhas e melhorá-las.
Na Oficina 4 - “A Indissociabilidade entre a Teoria e a Prática” / “O uso adequado dos Laboratórios”, cujo tema é
sumariamente importante para a boa formação de nossos educandos. Segundo Marx “O
homem para manter as condições mínimas de sobrevivência necessita de
alimentação, de vestimenta e de moradia, requisitos necessários para a produção
social da vida”.
Por
meio da prática o homem enfrentou a realidade dominando-a teoricamente.
Segundo
Luckesi: “O ser humano age sobre o meio
ambiente, natural e social ao mesmo tempo e subsequentemente, reflete sobre a
sua ação, para entender o seu modo de agir; a seguir, volta à ação,
instrumentalizado por um entendimento mais avançado e assim sucessivamente”. O homem
deve refletir sobre suas ações, ou seja, reflexão-ação-reflexão e produz o
conhecimento teórico e prático, assim o homem constrói sua evolução, que pode
ser pela imitação, pela reflexão ou outras diversas formas de ver e viver o
mundo, para isso as ações pedagógicas desenvolvidas e aplicadas nos cursos
técnicos devem ter ações voltadas a praxis no próprio meio ambiente, embasado
na realidade unida aos conhecimentos científicos, apropriando a formação
técnica profissionalizante de acordo com a organização e o desenvolvimento
curricular, com os componentes do Plano Pedagógico de cada curso
profissionalizante.
Para
haver a união destas ações teorias e práticas é necessário que se tenha espaços
físicos apropriados como laboratórios de diversas áreas e diversos locais com
equipamentos, vidrarias, materiais para realizar as práticas.
É sabido, por nós profissionais da
educação, que a desvinculação entre a teoria e a prática não produz bons
frutos, na verdade fragmenta o processo de ensino aprendizagem, assim as aulas
devem ser articuladas para obtenção da eficácia deste processo que resulta, na
soma das modificações produzidas no aluno no que diz respeito a sua linguagem
técnica, idéias, comportamentos, e atitudes frente à resolução de problemas de
sua área de estudo.”, e a busca pela ânsia em empreender no mundo dos negócios.
Um dos pontos apresentados foi a Proposta
de Maguerez cuja técnica é o Arco que prima pela qualidade pela observação,
teorização e aplicação à realidade com um arco curvo voltado à prática, e o
mais importante é a vivência do estágio, obrigatória em
vários cursos técnicos, é importantíssima, pois é o momento em que o aluno se
aproxima, mantém contato com o mundo do trabalho, o estágio é responsável por
integrar o aluno a práxis do trabalho com o olhar do empreendedorismo, para
tanto são necessários locais reais e com condições reais para se executar estes
momentos de aprendizagem, na indústria, no comércio, nas instituições de
maneira geral, considerando o momento de estágio como uma estratégia de profissionalização, como a oportunidade
do aluno vivenciar sua futura profissão,
assim não é possível negar o aspecto da aprendizagem desse momento prático, que se dá pela integração.
Nós
profissionais da Educação Profissional agradecemos a SEED e todos os
profissionais que participaram deste momento de aprendizagem e formação
continuada que nos foi proporcionado, e reiteramos a importância de
investimentos pedagógicos e estruturais na educação profissional, cuja
importância se verifica na prática, com um país mais digno, correto, com idéias
voltadas ao crescimento socioeconômico e ambiental de todos os seus cidadãos.
MARX,
K. A Ideologia Alemã. 10. ed. São Paulo: Hucitec, 1996.
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