terça-feira, 1 de outubro de 2013

SIMPÓSIO DE EDUCAÇÃO – FOZ DO IGUAÇU, JUNHO/2013

Enquanto atuamos como profissionais da Educação, estamos professores, e em dados momentos como este, nos tornamos alunos, e podemos afirmar que escrevemos este texto com grande satisfação, dada pela oportunidade de estudar, aprender e fazer parte da aquisição do conhecimento, propiciada no Estado do Paraná, e que esta ocorra de maneira contínua.
            Realizou-se o Simpósio da Educação Profissional, na cidade de Foz do Iguaçu, no período1 de 17 a 21 de junho de 2013, engajados no GRUPO II, cujo grupo teve a participação dos professores do Colégio Estadual Professor Francisco Zardo – Ensino Fundamental, Médio e Técnico, Bairro de Santa Felicidade, que atende aos Cursos profissionalizantes de Técnico em Meio Ambiente, Administração e Informática. Os professores que representaram o Colégio foram a Professora de Biologia e Coordenadora do Curso de Meio Ambiente Matutino e Coordenadora de Estágio Celia Regina Fylyk e a professora de Biologia e diversas disciplinas do Curso Técnico em Meio Ambiente Gilmara Raquel Trombetta.
            O evento teve duração de uma semana, com várias programações. Dentre estas, palestras com diversos profissionais da Indústria, comércio e Instituições como SESI/SENAI, profissionais da Secretaria de Estado da Educação, equipes de alunos com apresentações artísticas e a participação dos professores da Educação profissional da rede pública de diversas cidades do Estado do Paraná.
            Alguns dos eixos de discussões nas Oficinas foram:
- Legislações pertinentes ao Ensino Técnico Integrado e Subsequente;
- Legislações sobre as diretrizes de Estágio profissional supervisionado;
- Motivação;
- Formação profissional de nossos educandos;
- Planejamento e organização de Cursos;
- Integração da teórica com a prática = “práxis”;
              E por fim, a Educação como agente de transformação e de sustento para o inicio de carreira, para seu desenvolvimento, para entender melhor o mundo, as pessoas e entender a si mesmo, enfim, para crescer como cidadão, assim como contribuir para que o educando continue a desenvolver-se com aprendizado para constante evolução, com treinamento embasado na fundamentação teórica e com isso desperte para a curiosidade e ambição, evoluindo para o crescimento e aparecimento de seu potencial individual e coletivo, e assim possa compreender melhor o mundo, os fatos, fazer as interrelações com o sistema e o mercado global, enfim, perceba oportunidades amplas e voltadas ao crescimento profissional e pessoal do educando do Ensino Técnico Profissionalizante. Segundo Kawakami (2013) a educação que importa permite entender o mundo criticamente, permite entender a globalização, que é fundamental a habilidade de compreender as tendências e influências em todos os níveis do negócio. Para Victorino (2012) o educando que sai com a formação técnica e está apaixonado por uma idéia, deve correr atrás, e sim, este alcançará. É preciso ter um brilho nos olhos e uma vontade de fazer, mesmo que seja a segunda, terceira, quarta iniciativa. O sentimento é quase tudo. Se você gosta de alguma coisa e confia nas pessoas, toca o barco e vai embora. É assim, com este sonho, com esta ânsia de ver nossos educandos ao final dos cursos técnicos com este brilho nos olhos, que nós educadores trabalhamos nos cursos técnicos.
      Quanto às oficinas ofertadas aos participantes, foram divididas por eixos, cujos professores do Colégio Professor Francisco Zardo participaram de duas delas, a Oficina 2 –com o tema A Organização do Trabalho Pedagógico”, professora Celia Regina Flick, e Oficina 4 – com o tema “A Indissociabilidade entre a Teoria e a Prática”/“O uso adequado dos Laboratórios”, professora Gilmara Raquel Trombetta.
        Na Oficina 2  foi discutida  A Organização do Trabalho Pedagógico”, e as orientações sobre os estágios dos Alunos do Curso Técnico em Meio Ambiente.
        Quanto ao aproveitamento do curso, o mesmo veio para enfatizar as orientações e os critérios dos trabalhos entre os docentes, pedagogos, coordenadores de curso, coordenadores de estágio, coordenadores de prática de formação de docentes e supervisor de estagio.
        Assim, o estágio supervisionado e obrigatório, que segue a proposta curricular dos cursos em que são obrigatórios, vem como um instrumento de integração do estudante com o exercício prático, na linha de formação profissional, possibilitando a aplicação prática de conhecimento teórico e a vivência de situações reais de vida e trabalho. Para tanto fica evidente as atribuições das coordenações em organizar e acompanhar os relatórios, identificar as oportunidades de estágio junto às empresas, fornecer aos alunos estagiários a documentação necessária e o mais importante, a aprendizagem adquirida com a prática vivenciada.
        Pudemos também trocar experiências com os demais grupos, podendo assim evidenciar falhas e melhorá-las.
              Na Oficina 4 - “A Indissociabilidade entre a Teoria e a Prática” / “O uso adequado dos Laboratórios”, cujo tema é sumariamente importante para a boa formação de nossos educandos. Segundo Marx “O homem para manter as condições mínimas de sobrevivência necessita de alimentação, de vestimenta e de moradia, requisitos necessários para a produção social da vida”.
              Por meio da prática o homem enfrentou a realidade dominando-a teoricamente.
Segundo Luckesi:  “O ser humano age sobre o meio ambiente, natural e social ao mesmo tempo e subsequentemente, reflete sobre a sua ação, para entender o seu modo de agir; a seguir, volta à ação, instrumentalizado por um entendimento mais avançado e assim sucessivamente”. O homem deve refletir sobre suas ações, ou seja, reflexão-ação-reflexão e produz o conhecimento teórico e prático, assim o homem constrói sua evolução, que pode ser pela imitação, pela reflexão ou outras diversas formas de ver e viver o mundo, para isso as ações pedagógicas desenvolvidas e aplicadas nos cursos técnicos devem ter ações voltadas a praxis no próprio meio ambiente, embasado na realidade unida aos conhecimentos científicos, apropriando a formação técnica profissionalizante de acordo com a organização e o desenvolvimento curricular, com os componentes do Plano Pedagógico de cada curso profissionalizante.
   Para haver a união destas ações teorias e práticas é necessário que se tenha espaços físicos apropriados como laboratórios de diversas áreas e diversos locais com equipamentos, vidrarias, materiais para realizar as práticas.
            É sabido, por nós profissionais da educação, que a desvinculação entre a teoria e a prática não produz bons frutos, na verdade fragmenta o processo de ensino aprendizagem, assim as aulas devem ser articuladas para obtenção da eficácia deste processo que resulta, na soma das modificações produzidas no aluno no que diz respeito a sua linguagem técnica, idéias, comportamentos, e atitudes frente à resolução de problemas de sua área de estudo.”, e a busca pela ânsia em empreender no mundo dos negócios.
      Um dos pontos apresentados foi a Proposta de Maguerez cuja técnica é o Arco que prima pela qualidade pela observação, teorização e aplicação à realidade com um arco curvo voltado à prática, e o mais importante é a vivência do estágio, obrigatória em vários cursos técnicos, é importantíssima, pois é o momento em que o aluno se aproxima, mantém contato com o mundo do trabalho, o estágio é responsável por integrar o aluno a práxis do trabalho com o olhar do empreendedorismo, para tanto são necessários locais reais e com condições reais para se executar estes momentos de aprendizagem, na indústria, no comércio, nas instituições de maneira geral, considerando o momento de estágio como uma estratégia de profissionalização, como a oportunidade do aluno vivenciar sua futura profissão, assim não é possível negar o aspecto da aprendizagem desse momento prático, que se dá pela integração.
              Nós profissionais da Educação Profissional agradecemos a SEED e todos os profissionais que participaram deste momento de aprendizagem e formação continuada que nos foi proporcionado, e reiteramos a importância de investimentos pedagógicos e estruturais na educação profissional, cuja importância se verifica na prática, com um país mais digno, correto, com idéias voltadas ao crescimento socioeconômico e ambiental de todos os seus cidadãos.

MARX, K. A Ideologia Alemã. 10. ed. São Paulo: Hucitec, 1996.



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