O vídeo produzido pelo Canal Futura mostra como o Colégio Estadual Ernani Vidal tem efetivado o ensino da História e Cultura Africana e Afro-brasileira. A escola trabalha na perspectiva de desmistificar preconceitos e romper com estereótipos sobre os negros e o Continente Africano, promovendo o respeito e valorização.
Leia também a reportagem:
A turma que não “se adaptou” a ter uma aluna negra: uma denúncia de racismo!
A reportagem relata o fato ocorrido na escola paulista, mostra a realidade das escolas em se tratando das relações étnico-raciais.
Tal situação explicita as manifestações de preconceito racial dentro e fora do ambiente escolar. É possível observar posicionamentos equivocados que contribuem para a manutenção do racismo, visto que, para tal escola quem está fora dos padrões é a parte desrespeitada, a aluna Lorena, e não a turma inteira que a desrespeitou.
Tal situação explicita as manifestações de preconceito racial dentro e fora do ambiente escolar. É possível observar posicionamentos equivocados que contribuem para a manutenção do racismo, visto que, para tal escola quem está fora dos padrões é a parte desrespeitada, a aluna Lorena, e não a turma inteira que a desrespeitou.
A problematização deverá ser o ponto de partida para a discussão das realidades apresentadas tanto pela reportagem como pelo vídeo, estabelecendo paralelos entre ambas destacando o posicionamento da escola frente ao compromisso de educar as relações étnico-raciais.
Alguns pontos devem ser reforçados ou questionados durante a discussão, de forma que o grupo compreenda que a toda comunidade escolar tem responsabilidades quando o assunto é preconceito, racismo e discriminação já que o resultado desta prática interfere negativamente em todo processo pedagógico da escola.
Alguns pontos devem ser reforçados ou questionados durante a discussão, de forma que o grupo compreenda que a toda comunidade escolar tem responsabilidades quando o assunto é preconceito, racismo e discriminação já que o resultado desta prática interfere negativamente em todo processo pedagógico da escola.
SUGESTÃO
LEITURA: Gênero e Igualdade Racial
Caderno elaborado pela APP-Sindicato para subsidiar a terceira etapa do curso de formação em “Gênero, Etnia e Diversidade Sexual” realizado em conjunto com a Unioeste.
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QUESTIONAMENTOS
1. Qual é o entendimento que o grupo tem sobre educação para as relações étnico-raciais?
2. Há necessidade de enfatizar a educação para as relações étnico-raciais de forma comprometida com a mudança de mentalidade e postura no ambiente escolar e na sociedade?
3.Como a obrigatoriedade da Lei 10639/03 e o ensino de História e Cultura Africana e Afro-Brasileira podem contribuir para mudar essa realidade?
4. O que ainda é necessário para que a escola se posicione efetivamente diante desse desafio?
5. Considerando que grande parte da população brasileira é negra, de que forma devemos agir para evitar que esse tipo de comportamento/atitude continue acontecendo no ambiente escolar?
6. Considerando que a identidade do indivíduo é construída socialmente, e a escola é um ambiente essencialmente social, que reflexões se fazem necessárias para que o estudante negro possa desenvolver sentimentos de pertencimento de forma positiva?
7. Que possibilidades metodológicas são vislumbradas pelos professores e gestores para positivar a presença dos negros na escola?
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8. Como cada um vem abordando a temática da diversidade nas suas práticas de docência?
9. Quais as possibilidades de abordagem vislumbradas para o Plano de Trabalho Docente após essa oficina?
8. Como cada um vem abordando a temática da diversidade nas suas práticas de docência?
9. Quais as possibilidades de abordagem vislumbradas para o Plano de Trabalho Docente após essa oficina?
1- Para que o Brasil seja efetivamente um país multicultural (como afirma o discurso oficial), é necessário trabalhar pontual e constantemente as questões étnico-raciais com os alunos.
ResponderExcluir2- Sim, claro, pois os casos de violência e preconceito acontecem também dentro da escola, que precisa se posicionar a respeito. Afinal, o seu papel é o de educar para o respeito à pluralidade.
3- O conhecimento das nossas origens pode ajudar na construção de uma consciência de respeito a todo e qualquer grupo étnico que faça parte da nossa cultura. Essa intervenção legal foi necessária para romper com o apagamento e o silenciamento impostos historicamente às chamadas minorias.
4- É necessário que o governo possibilite aos professores a formação necessária para lidar com a questão dentro da escola e que a escola, por seu lado, possa ampliar essa discussão para a comunidade (no caso, os pais).
5- Não fazendo vista grossa para as situações que se apresentam e tentando resolvê-las no momento. A par disso, é necessário um trabalho constante de conscientização – com os alunos e, se possível, levantando a questão com os pais.
6- Enfatizando permanentemente o fato de sermos todos humanos e lembrando que diferença não tem a ver com superioridade ou inferioridade. É importante também mostrar as razões históricas que levaram à exclusão dos negros na sociedade.
7- Incentivando, no dia a dia, a colaboração, a parceria, o trabalho coletivo com as várias diferenças, para que isso se torne uma prática, sem enfatizar unicamente a questão étnica.
8- Trabalhando pontualmente a questão quando necessário.
9- Em algumas disciplinas, talvez seja difícil colocar isso em prática, mas naquelas mais ligadas à área das ciências humanas, trabalhar – por exemplo- o conhecimento histórico, as questões linguísticas envolvidas na construção da diferença.
Prof. Antonio Carlos - Física e Profa. Denise - Língua Portuguesa
1-Desenvolver no ambiente escolar a diversidade cultural brasileira.
ResponderExcluir2-Sim, em algumas turmas onde há diversidade.
3.No PTD de todas as disciplinas se contempla a lei, tornando desse modo, um norteador para as práticas pedagógicas. Além disso, há a preocupação dos órgãos públicos em promover formações continuadas para professores e funcionários.
4. A partir de projetos multidisciplinares que alavanquem a temática e que se tornem processos pedagógicos.
5. Contemplando o PTD e enfatizando reflexões em situações cotidianas, nas quais as relações étnico-raciais surgirem.
6. Que todos tem os mesmos direitos e deveres, valorizando o respeito pelas diferenças e valorizando a cultura afro-brasileira.
7. Estimular os alunos a protagonizarem a diversidade cultural e, mais que isto, a valorizarem as características étnicas da sociedade brasileira, desconstruindo preconceitos e estigmas. Por exemplo: convidar alunos haitianos a contar sua história de vida, sua cultura, seus costumes, relação aluno escola.
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8. Permitindo reflexões e repassando informações das formações continuadas sobre o tema.
9. Em história: é trabalhado em vários conteúdos, a parte histórica e cultura.
Em matemática: através do conteúdo estruturante (tratamento de informação), que é contemplado em todas as séries, em algumas situações problemas.
Em português: valorizando e exaltando a literatura afro-brasileira.
Professoras: Dalila Ferreira de Jesus Santos
Jane Hister
Marcia Peixoto
Silvana Costa Chaves
1. Trazer para dentro da sala de aula discussões sobre a diversidade no Brasil, de indivíduos de grupos étnicos e “raciais” diferentes. Apresentar a história da formação da sociedade brasileira, com sua diversidade cultural e racial, e desnaturalizar ideias preconceituosas que são socialmente construídas, adotadas pelos alunos como verdades absolutas.
ResponderExcluir2. Existe no Brasil um processo de socialização eurocêntrica, o qual enfatiza a descendência europeia e exclui a origem africana da população brasileira. Esta educação recebida desde a infância, reforça a desigualdade racial e a reprodução de comportamentos racistas. Cabe à escola incluir o tema da cultura africana como vertente da formação da sociedade brasileira, e enfatizar a africanidade do povo brasileiro.
3. No Brasil, por muito tempo se difundiu a existência de uma “democracia racial”, isto é, a igualdade entre raças devido à miscigenação da população brasileira. Assim, desde a abolição da escravidão, nada se foi feito para garantir a inclusão da população afrodescendente à sociedade brasileira. A partir da redemocratização do Brasil, os Movimentos Negros começaram a ser ouvidos, e a ideia da democracia racial começa a ser tratada como um mito. A obrigatoriedade do ensino afro descendente é um início da transformação de uma sociedade desigual para uma sociedade de inclusão da população negra, que foi excluída durante toda a história brasileira.
4.Ainda, muito é necessário para a mudança do racismo institucional instalado no Brasil, a começar pelo material didático, que trazer a história dos povos étnicos formadores do Brasil de forma real e não eurocêntrica, a capacitação de professores, a realização de projetos na escola, que envolvam alunos, funcionários e a comunidade.
5. Mostrar aos alunos, que o conceito de raça já foi superado, e que a diversidade é cultural e não biológica. Somos todos seres humanos, e todos devem ser respeitados, indiferentemente da cor, origem, ou classe econômica. É preciso abrir os olhos para a existência de uma desigualdade não apenas social, mas também racial no Brasil, e que a educação faz parte do processo de mudança da consciência coletiva dos indivíduos da nossa sociedade.
6. A identidade do indivíduo é socialmente construída desde o seu nascimento, através do convívio com seus pares. As ideias racistas são reproduzidas e ensinadas, mesmo que de forma inconsciente. Sendo assim, se o indivíduo aprendeu a excluir o diferente, ele pode aprender que todos são seres humanos e iguais, que todos os brasileiros são descendentes da população negra e que possuímos uma cultura plural. A inclusão do negro na sociedade, deve partir da mudança de pensamento daquele que exclui, no caso, do branco.
7. É necessário tratar a cultura africana como parte de todos os brasileiros, como uma das matrizes da constituição da nossa sociedade, e não diferenciá-la, o que promove a continuidade da exclusão. Metodologicamente falando, trata-se de trabalhar o conteúdo da história brasileira de forma ampla, mostrando a africanidade como proveniente de todos os brasileiros.
8. Existe a dificuldade em se trabalhar a temática da diversidade e das relações étnico-raciais principalmente em disciplinas exatas e biológicas, como matemática, física, química, etc. Para tanto, é relevante trabalhar estes temas de forma interdisciplinar. Além disso, faz-se necessário o trabalho cotidiano de professor e aluno, sensibilizando para a necessidade do respeito e igualdade.
9. A abordagem pode ser feita através de projetos dentro da escola, feiras de ciências, gincanas, mobilizando os alunos em torno de temática socialmente relevantes de forma interdisciplinar.
Professoras Cristiane Lenzi (Química) e Caroline Mazeto (Sociologia)
1. Toda transformação deve ter como base a escola. Essa transformação deve ser constante, contínua e, principalmente, atingir, além dos alunos, a família, que é o primeiro exemplo seguido pelos alunos. As crianças refletem as atitudes que a família tem e, por isso, a importância de se realizar um trabalho que atinja toda a comunidade escolar.
ResponderExcluir2. Como já mencionado acima, as atitudes preconceituosas, na maioria das vezes são reproduções de atitudes cometidas pela família e é, extremamente, importante que a escola consiga atingir a família durante o processo de educação para as relações étnico-raciais.
3. Vivemos num comodismo e, infelizmente, tomamos uma postura com relação ao trabalho desse tema a partir do momento que existe uma obrigatoriedade. Sendo assim, o fato de existir uma lei que trate o tema, faz com que os educadores saiam da sua zona de conforto e busquem informação e maneiras para trabalhar o assunto em sala de aula.
4. Primeiramente integração e disposição em querer tratar o tema. Em seguida, pensar em maneiras de se trabalhar nas disciplinas de forma isolada e, também, de maneira interdisciplinar. Para que, finalmente, essa pratica se torne cotidiana na proposta pedagógica da escola.
5. Trabalhar a questão do respeito é fundamental. Todos devem ter claro em mente a importância de que somos todos iguais e o que nos difere são nossas atitudes e não nossa aparência física. Outra maneira de se tratar o tema é apresentar a riqueza da cultura africana e o quanto ela está presente no nosso cotidiano e, principalmente, que somos frutos dessa etnia.
6. Primeiramente, os negros devem se aceitar como são, sem querer ser diferente daquilo que, realmente, são. E, acreditar que somos todos iguais e que devem ser respeitados como toda etnia. Depois, o trabalho deve ser feito com relação aos demais para que compreendam e aceitem que todos somos iguais e portadores dos mesmos direitos e deveres. É importante, também, se trabalhar com relação aos conceitos de “belo”, pois temos um conceito equivocado em acreditar no fato de que se não acho “bonito”, não respeito.
7. O trabalho constante de respeito entre todas as raças, intervindo em situações preconceituosas quando as mesmas acontecem durante a aula. Buscar a realização de atividades que envolvam a equipe escolar que valorizem a questão cultural afro-brasileira.
8. Apenas em situações pontuais do cotidiano escolar, buscando enfatizar a importância do respeito e, principalmente, valorizando a raça negra.
9. Buscar o conhecimento a respeito do tema, para que se possa reorganizar o plano de trabalho docente de forma que vislumbre à questão e, também, pensar em atividades interdisciplinares que possam ser realizadas de forma contínua, conseguindo assim, realizar uma transformação na comunidade escolar com relação a educação e as relações étnico-raciais.
Débora – Matemática
Jorge – Informática
Jurema – Ed. Física
Professores: Dirlei - Geografia
ResponderExcluirLanataner - Química
1- Que ainda hoje existe muito preconceito racial na sociedade e que é necessário uma conscientização para o melhor compreendimento para a diversidade cultural, já que a cultura brasileira é constituído por três elementos étnicos.
2 - Sim, porem que essa enfatização seja continua nas escolas.
3 - Pode contribuir na compreensão das diferenças étnicas dentro de sala de aula evitando conflitos e a prática do bullying entre alunos-alunos, aluno-professor e ate mesmo professor-professor, e ao mesmo tempo construir o conhecimento da nossa história cultural com movimentos interdisciplinares.
4 - Falta de material didático para a prática pedagógica, dificuldade de adaptar o trabalho interdisciplinar entre os professores.
5 - Conscientizá-los que somos todos iguais independe de etnias ou raças, enfatizar reflexões sobre situações cotidianas de racismo.
6 - Que todos tem o mesmo direito e deveres dentro do ambiente escolar, valorizar a cultura afro-brasileira, assim como qualquer outra etnia.
7 - As possibilidades metodológicas adotadas pelos professores devem procurar novas praticas proporcionando ao aluno maior compreendimento em relação a diversidade cultural, desconstruindo preconceitos e estigmas.
8 - Em relação a disciplina de Geografia abordo constantemente diversas etnias de todo o globo, e trabalho as diferenças étnicas, culturais e raciais sempre enfocando o respeito ao ser humano. Já em relação a disciplina de Química já é um pouco mais difícil a adaptação deste tema em relação a matéria ministrada.
9 - Em geografia já é abordado no PTD. Em química é necessário um replanejamento para que seja acrescentado este tama de forma coerente.
1. Qual é o entendimento que o grupo tem sobre educação para as relações étnico-raciais?
ResponderExcluirR: A escola como ambiente de diversidade precisa olhar com seriedade e preparo situações cotidianas a respeito de questões étnicos raciais. A escola não deve aceitar tais situações como questões de indisciplina do aluno, mas sim como cultural e que o preconceito é em muitos casos falta de informação, formando opiniões que muitas vezes acontece a partir de conceitos que não são reais.
2. Há necessidade de enfatizar a educação para as relações étnico-raciais de forma comprometida com a mudança de mentalidade e postura no ambiente escolar e na sociedade?
R: Sim apesar do século em vivemos o preconceito ainda está enraizado em nossa sociedade.
3.Como a obrigatoriedade da Lei 10639/03 e o ensino de História e Cultura Africana e Afro-Brasileira podem contribuir para mudar essa realidade?
R:A escola deve ser uma instituição que sempre deve buscar a transformação da comunidade e para isso a realidade da sociedade deve ser inserida e trabalhada junto com os conteúdos programáticos.
4. O que ainda é necessário para que a escola se posicione efetivamente diante desse desafio?
R:A mantenedora oferecer cursos com pessoas capacitadas que formem professores para trabalhar a diversidade no ambiente escolar.Tais cursos podem ser ministrados durante as formações continuadas durante o ano letivo.
5. Considerando que grande parte da população brasileira é negra, de que forma devemos agir para evitar que esse tipo de comportamento/atitude continue acontecendo no ambiente escolar?
R:Em primeiro lugar deixar de aceitar situações cotidianas que ocorrem em relação ao assunto como questão de indisciplina, tendo a consciência de que o preconceito racial é cultural e nesse sentido deve ser trabalhado com a tentativa de mudar conceitos e atitudes.
6.Considerando que a identidade do indivíduo é construída socialmente, e a escola é um ambiente essencialmente social, que reflexões se fazem necessárias para que o estudante negro possa desenvolver sentimentos de pertencimento de forma positiva?
R:Se faz necessário que a escola prepare-se para acolher esse aluno com naturalidade e respeito.
7. Que possibilidades metodológicas são vislumbradas pelos professores e gestores para positivar a presença dos negros na escola?
R: Fala-se da necessidade de desenvolvimento de projetos e de estudos que melhorem o ambiente escolar em relação a diversidade.
8. Como cada um vem abordando a temática da diversidade nas suas práticas de docência?
R:Acredito que a abordagem deve ser feita aproveitando situações que ocorrem em sala e se possível juntamente com o conteúdo trabalhado.
9. Quais as possibilidades de abordagem vislumbradas para o Plano de Trabalho Docente após essa oficina?
R: Tentar relacionar conteúdos com tais questões, mas para isso o professor precisa de preparo e orientação e isso requer tempo e objetividade.
Professora Marion Ribeiro - Biologia / Ciências
Professora Angélica - Matemática