FORMA INTEGRADA
De
acordo com o artigo 6º da Deliberação CEE nº 005/2013, a Educação Profissional Técnica de
Nível Médio será desenvolvida de forma articulada com o Ensino Médio.
A articulação é o mecanismo pelo
qual se buscará a unidade entre as dimensões trabalho, ciência, tecnologia e
cultura, como forma de garantir uma identidade unitária de curso, e se
expressará na relação entre o Ensino Médio e a qualificação para o trabalho; na
interdisciplinaridade; na relação entre a teoria e a prática; na integração
entre saberes necessários à produção do conhecimento, à intervenção social e à
participação no desenvolvimento socioeconômico ambiental, devendo constar no
plano de curso e no Projeto Político-Pedagógico da instituição de ensino.
(Deliberação CEE nº 006/2013)
São princípios norteadores da Educação Profissional Técnica de Nível
Médio, de acordo com artigo 6º do Parecer CEE/CEB nº 006/2013:
I - relação e articulação entre
a formação desenvolvida no Ensino Médio e a preparação para o exercício das
profissões técnicas, visando à formação integral do estudante;
II - respeito aos valores
estéticos, políticos e éticos da educação nacional, na perspectiva do
desenvolvimento para a vida social e profissional;
III - trabalho assumido como princípio educativo, tendo sua integração
com a ciência, a tecnologia e a cultura como base da proposta
político-pedagógica e do desenvolvimento curricular;
IV - articulação da Educação Básica com a Educação Profissional e Tecnológica,
na perspectiva da integração entre saberes específicos para a produção do
conhecimento e a intervenção social, assumindo a pesquisa como princípio
pedagógico;
V - indissociabilidade entre educação
e prática social, considerando-se a historicidade dos conhecimentos e dos
sujeitos da aprendizagem;
VI - indissociabilidade entre teoria e prática no processo de
ensino-aprendizagem;
VII - interdisciplinaridade assegurada
no currículo e na prática pedagógica, visando à superação da fragmentação de
conhecimentos e de segmentação da organização curricular;
VIII - contextualização,
flexibilidade e interdisciplinaridade na utilização de estratégias educacionais
favoráveis à compreensão de significados e à integração entre a teoria e a
vivência da prática profissional, envolvendo as múltiplas dimensões do eixo
tecnológico do curso e das ciências e tecnologias a ele vinculadas;
IX - articulação com
o desenvolvimento socioeconômico-ambiental dos territórios onde os cursos
ocorrem, devendo observar os arranjos socioprodutivos e suas demandas locais,
tanto no meio urbano quanto no campo;
X - reconhecimento
dos sujeitos e suas diversidades, considerando, entre outras, as pessoas com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades, as pessoas
em regime de acolhimento ou internação e em regime de privação de liberdade,
XI - reconhecimento
das identidades de gênero e étnico-raciais, assim como dos povos indígenas,
quilombolas e populações do campo;
XII - reconhecimento
das diversidades das formas de produção, dos processos de trabalho e das
culturas a eles subjacentes, as quais estabelecem novos paradigmas;
XIII - autonomia
da instituição educacional na concepção, elaboração, execução, avaliação e
revisão do seu projeto político-pedagógico, construído como instrumento de
trabalho da comunidade escolar, respeitadas a legislação e normas educacionais,
estas Diretrizes Curriculares Nacionais e outras complementares de cada sistema
de ensino;
XIV - flexibilidade
na construção de itinerários formativos diversificados e atualizados, segundo
interesses dos sujeitos e possibilidades das instituições educacionais, nos
termos dos respectivos projetos político-pedagógicos;
XV - identidade
dos perfis profissionais de conclusão de curso, que contemplem conhecimentos,
competências e saberes profissionais requeridos pela natureza do trabalho, pelo
desenvolvimento tecnológico e pelas demandas sociais, econômicas e ambientais;
XVI - fortalecimento
do regime de colaboração entre os entes federados, incluindo, por exemplo, os
arranjos de desenvolvimento da educação, visando à melhoria dos indicadores
educacionais dos territórios em que os cursos e programas de Educação
Profissional Técnica de Nível Médio forem realizados;
XVII - respeito ao princípio constitucional e legal do
pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas.
ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
PERFIL PROFISSIONAL
DE CONCLUSÃO DE CURSO
O Técnico em Meio Ambiente domina conteúdos e processos
relevantes do conhecimento científico, tecnológico, social e cultural
utilizando suas diferentes linguagens, o que lhe confere autonomia intelectual
e moral para acompanhar as mudanças, de forma a intervir no mundo do trabalho
como agente de proteção dos recursos naturais, de orientação de seu uso e de
recuperação das condições degradadas, orientado por valores éticos que dão
suporte a convivência democrática e à defesa da vida. É habilitado
profissionalmente para operar com informações, produzir e interpretar
documentação, relatórios e estudos ambientais; participar na elaboração e
acompanhamento de programas e sistemas de gestão ambiental; atuar no
planejamento e na operacionalização de programas de educação ambiental e de
organização dos processos de redução de consumo, reuso e reciclagem com vista à preservação do recursos naturais.
EMENTAS DAS DISCIPLINAS ESPECÍFICAS
ANÁLISE, CONTROLE E QUÍMICA AMBIENTAL
Carga horária
total: 240 h/a - 200 h
EMENTA: Métodos
e técnicas de análises químicas; Polímeros e meio ambiente; Tecnologia
ambiental; Raízes dos problemas ambientais; Vidrarias e segurança em
laboratórios.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Carga horária
total: 80 h/a - 67 h
EMENTA: Sustentabilidade,
desenvolvimento humano e indicadores socioambientais; Programas e Projetos de
Educação Ambiental; Saúde e Meio Ambiente; Evolução histórica da educação
ambiental; conceituações sobre meio ambiente e educação ambiental; Educação
ambiental formal e informal.
GESTÃO
DE RECURSOS NATURAIS
Carga horária
total: 240 h/a - 200 h
EMENTA: Recursos
Hídricos; Noções de Silvicultura, Áreas Protegidas e Paisagismo, Pedologia /
Edafologia, Energias Alternativas.
GESTÃO
DE RESÍDUOS
Carga horária
total: 160 h/a - 133 h
EMENTA: Gestão de
resíduos sólidos, orgânicos e políticas públicas, veículos coletores,
caracterização de resíduos sólidos urbanos, lixões, aterros controlados,
aterros sanitários, contaminação por agrotóxicos.
INFORMÁTICA
APLICADA
Carga horária total: 80 h/a - 67 h
EMENTA: Informática
aplicada ao meio ambiente; Planilhas sobre emissões atmosféricas (fumaças,
material particulado) Pesquisas sobre efeito estufa, chuva ácida, desmatamento
e queimadas. A importância da informática na educação ambiental. Considerações
sobre a informática ambiental. Utilização da legislação com a internet. Métodos
e análise de resultados.
LEGISLAÇÃO E SEGURANÇA AMBIENTAL
Carga horária total: 160 h/a - 133 h
EMENTA:
Constituições, Legislação federal, estadual e municipal, planos diretores,
estatuto da cidade, objetivos do milênio, normas reguladoras no trabalho e
segurança ambiental.
METODOLOGIA CIENTÍFICA E COMUNICAÇÃO
Carga horária total: 80 h/a - 67 h
EMENTA: Ciência
e conhecimento; Método Científico; Pesquisa científica; Elaboração,
planejamento e desenvolvimento de projetos; Técnicas de pesquisa; Estudo de
processos de leitura e de produção escrita de textos; Normas/ABNT.
SISTEMAS DE GESTÃO
AMBIENTAL
Carga horária
total: 160 h/a - 133 h
EMENTA: Sistemas de gestão ambiental;
Princípios e Políticas ambientais; Normas ISO; Evolução histórica da gestão
ambiental; Planejamento ambiental; Ciclo de vida dos produtos; Sistemas de
gerenciamento ambiental; Certificações.
____________________________
QUESTÃO 1
Após a leitura princípios
norteadores da Educação Profissional Técnica de Nível Médio, pontue, a partir do mencionado nos itens IV e VI,
o que faz parte da sua rotina em sala de aula e o que não faz, explicando as
razões.
QUESTÃO 2
O
que precisa ser alterado / modificado para fins de atualização de sua
disciplina? Explicite o que precisa ser aprofundado de modo a expressar a
realidade e almejar o alcance da concepção da disciplina.
Após a leitura princípios norteadores da Educação Profissional Técnica de Nível Médio, pontue, a partir do mencionado nos itens IV e VI, o que faz parte da sua rotina em sala de aula e o que não faz, explicando as razões.
ResponderExcluirQuestão 1:
Na rotina docente observando-se as diversas mudanças sócio políticas, econômicas e culturais vivemos um momento de transformação, refletindo sobre nossas práticas pedagógicas do professor e o que se espera delas.
O que caracteriza o professor de outros profissionais é a ação de ensinar não sendo estático, sendo construído no dia a dia em seus diferentes níveis de entendimento, unindo os saberes empíricos aos técnicos, permitindo ao estudante, construir seu conhecimento em conjunto com os conceitos aprimorados pelo docente. Fazer com que estes se apropriem de um saber “conhecimento”.
O que nos docentes não devemos fazer é de não menosprezarmos nossos estudantes, darmos oportunidades para que participem e interajam com qualquer informação na união dos conceitos. Somos de uma geração que participou de uma educação nada democrática então nosso primeiro passo é a quebra de barreiras visando vestirmos este espírito de democracia como o conceito o diz.
QUESTÃO 2
O que precisa ser alterado / modificado para fins de atualização de sua disciplina? Explicite o que precisa ser aprofundado de modo a expressar a realidade e almejar o alcance da concepção da disciplina.
Questão 2:
A área ambiental é aparentemente nova na área das ciências e tecnologias, por exemplo a educação ambiental teve seu início na década de 70 com sua primeira conferência datada de 1972 em Estocolmo na Suíça. Por ser nova e de extrema importância muitos estudos em todos os sentidos de proteção e preservação dos recursos naturais vem sendo divulgados, por isso, nos docentes devemos estar sempre em busca destas novidades literárias. Também devemos estar ligados com o que diz a legislação maior “Constituição Federal”.
Trabalho duas disciplinas distintas, Metodologia, a qual deve seguir as NBRs constantes da ABNT, e transformadas para a realidade da escola, e a educação ambiental (EA), vem sendo construída através das políticas públicas, e cabe a nos docentes nortearmos estes conhecimentos entre nossos estudantes.
Por prof. Everson Adelmo Pasquali