domingo, 28 de junho de 2015

AVALIAÇÃO EM ARTE

A concepção de avaliação para a disciplina de Arte proposta nestas Diretrizes Curriculares é diagnóstica e processual. É diagnóstica por ser a referência do professor para planejar as aulas e avaliar os alunos; é processual por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica. A avaliação processual deve incluir formas de avaliação da aprendizagem, do ensino (desenvolvimento das aulas), bem como a autoavaliação dos alunos.
De acordo com a LDB (n. 9.394/96, art. 24, inciso V) a avaliação é “contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais”. Na Deliberação 07/99 do Conselho Estadual de Educação (Capítulo I, art.8º), a avaliação almeja “o desenvolvimento formativo e cultural do aluno” e deve “levar em consideração a capacidade individual, o desempenho do aluno e sua participação nas atividades realizadas”.
De fato, a avaliação requer parâmetros para o redimensionamento das práticas pedagógicas, pois o professor participa do processo e compartilha a produção do aluno. Ou seja, a avaliação permite que se saia do lugar comum, dos gostos pessoais, de modo que se desvincula de uma prática pedagógica pragmatista, caracterizada pela produção de resultados ou a valorização somente do espontaneísmo. Ao centrar-se no conhecimento, a avaliação gera critérios que transcendem os limites do gosto e das afinidades pessoais, direcionando de maneira sistematizada otrabalho pedagógico.
Assim, a avaliação em Arte supera o papel de mero instrumento de medição da apreensão de conteúdos e busca propiciar aprendizagens socialmente significativas para o aluno. Ao ser processual e não estabelecer parâmetros comparativos entre os alunos, discute dificuldades e progressos de cada um a partir da própria produção, de modo que leva em conta a sistematização dos conhecimentos para a compreensão mais efetiva da realidade.
O método de avaliação proposto nestas Diretrizes inclui observação e registro do processo de aprendizagem, com os avanços e dificuldades percebidos na apropriação do conhecimento pelos alunos. O professor deve avaliar como o aluno soluciona os problemas apresentados e como ele se relaciona com os colegas nas discussões em grupo. Como sujeito desse processo, o aluno também deve elaborar seus registros de forma sistematizada. As propostas podem ser socializadas em sala, com oportunidades para o aluno apresentar, refletir e discutir sua produção e a dos colegas. É importante ter em vista que os alunos apresentam uma vivência e um capital cultural próprio, constituído em outros espaços sociais além da escola, como a família, grupos, associações, religião e outros. Além disso, têm um percurso escolar diferenciado de conhecimentos artísticos relativos à Música, às Artes Visuais, ao Teatro e à Dança.
O professor deve fazer um levantamento das formas artísticas que os alunos já conhecem e de suas respectivas habilidades, como tocar um instrumento musical, dançar, desenhar ou representar. Durante o ano letivo, as tendências e habilidades dos alunos para uma ou mais áreas da arte também devem ser detectadas e reconhecidas pelo professor.
Esse diagnóstico é a base para planejar futuras aulas, pois, ainda que estejam definidos os conteúdos a serem trabalhados, a forma e a profundidade de sua abordagem dependem do conhecimento que os alunos trazem consigo. Essa é outra dimensão da avaliação, a zona de desenvolvimento proximal, conceito elaborado por Lev Semenovich Vigotsky que trabalha a questão da apropriação do conhecimento. Vigotsky argumenta que a distância entre o nível de desenvolvimento real, determinado pela capacidade de resolver um problema sem ajuda, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado pela resolução de um problema sob a orientação de um adulto ou em colaboração com outro colega, é denominado de zona de desenvolvimento proximal. Portanto, o conhecimento que o aluno acumula deve ser socializado entre os colegas e, ao mesmo tempo, constitui-se como referência para o professor propor abordagens diferenciadas. A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são necessários vários instrumentos de verificação tais como:
trabalhos artísticos individuais e em grupo;
pesquisas bibliográfica e de campo;
debates em forma de seminários e simpósios;
provas teóricas e práticas;
registros em forma de relatórios, gráficos, portfólio, áudio-visual e outros.
Por meio desses instrumentos, o professor obterá o diagnóstico necessário para o planejamento e o acompanhamento da aprendizagem durante o ano letivo, visando às seguintes expectativas de aprendizagem: • A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua relação com a sociedade contemporânea;
A produção de trabalhos de arte visando à atuação do sujeito em sua
realidade singular e social;
A apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas
diversas culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.

(Proposta Pedagógica Curricular - Colégio Zardo. 2012)


DIRETRIZ ESTADUAL










________________________________

QUESTÕES A SEREM RESPONDIDAS

1 - Para que serve a Avaliação na sua disciplina?

2 - O que precisa melhorar nos aspectos avaliativos de sua disciplina?


6 comentários:

  1. 1- Para que serve a avaliação na sua disciplina?
    Como a própria diretriz aponta: Verificação do desempenho do aluno com vistas ao desenvolvimento artístico e cultural deste. Serve também como um termômetro para que percebamos(se o aluno não alcançar os objetivos) o método que estamos usando no prcesso ensino-aprendizagem. A avaliação é sempre para melhorar o desempenho dos alunos e do professor neste processo.

    2-O que precisa melhorar nos aspectos avaliativos?
    Precisamos mudar a maneira de avaliar de forma que as atividades práticas tenham maior peso do que as atividades teóricas. A teoria é importante, porém os trabalhos prátics, em arte, são muito significativos. O sistema de avaliação no nosso PPP deve ser: 4,0 pontos obtidos por meio de provas teóricas e 6,0 pontos por meio de atividades práticas.
    Profa. Marilise Stival – Arte.

    ResponderExcluir
  2. Exatamente prof. Marilise.
    Excelente sua colocação sobre avaliação, pois não somente o valor da nota do aluno é o termômetro da aprendizagem e sim quesito para medirmos a metodologia em sala de aula que o professor apresenta e o aprendizado dos alunos.

    ResponderExcluir
  3. 1 - Para que serve a Avaliação na sua disciplina?
    Para se avaliar o desempenho do aluno, e sobretudo analisar se houve falhas no planejamento, poder rever o quê e como ensinar, assim sendo, é possível perceber a necessidade de uma mudança, inclusive motivar e conversar para que o estudante também perceba que ele pode melhorar.

    2 - O que precisa melhorar nos aspectos avaliativos de sua disciplina?
    A forma de avaliação atual do PPP para prova(conhecimento teórico): 4,0 e 6,0 para as atividades praticas e trabalho quando necessário.

    ResponderExcluir
  4. Boa tarde prof. Ana (acredito que seja você quem escreveu...rsrsr)
    Muito boa sua colocação sobre Avaliação.
    Agora lhe questiona se isso realmente acontece em nossa prática pedagógica?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Com certeza não acontece na totalidade, mas acredito que existem profissionais que já estão "refletindo" em mudanças e ja´estão saindo do comodismo, principalmente nos casos de alunos confirmados de uma atenção diferenciada, este avanço é possível se houver uma reciprocidade de ambas partes, pois a mudança muitas vezes pode ser feita, mas o resultado pode até piorar, mas temos que ter ousadia para chegar ao resultado satisfatório! Ana- Arte

      Excluir
  5. Professora, para mudança no PPP e na PPC, devemos fazer uma boa fundamentação teórica para fazermos a mudança. E agora é o momento.
    Estou a disposição para auxiliá-las no que for preciso.

    ResponderExcluir